O degelo da Antártica durante os verões está dez vezes mais
rápido atualmente do que há 600 anos, aponta um estudo internacional publicado
neste domingo (14) na revista “Nature Geoscience”.
Ainda segundo a
publicação, o derretimento do gelo se acelerou nos últimos 50 anos.
Para obter
detalhes a respeito das transformações na Antártica, os cientistas perfuraram
calotas da ilha James Ross, no norte do continente, a 364 metros de
profundidade. O objetivo era medir as temperaturas de centenas de anos que
ficaram registradas no gelo.
De acordo com a
agência de notícias France Presse, os cientistas verificaram que camadas
sucessivas nas amostras revelaram um movimento de degelo e congelamento.
“Constatamos
que há 600 anos as condições eram mais frias na Península Antártica e havia uma
menor quantidade de gelo derretido”, explicou Nerilie Abram, da organização
britânica British Antarctic Survey. “Naquela época, a
temperatura era, aproximadamente, 1,6º C menor do que as temperaturas
registradas no fim do século 20. Além disso, quantidade de neve que derretia a
cada ano e depois voltava a congelar era de 0,5%. Hoje, essa quantidade de neve
que derrete a cada ano é dez vezes maior”, complementa Abram.
Embora as
temperaturas tenham aumentado ao longo de centenas de anos, o degelo na
Antártica foi intensificado a partir da metade do século 20, aponta o estudo.
Isto significa que, segundo os cientistas, o aquecimento do continente
antártico alcançou um nível crítico que mesmo as ligeiras elevações de
temperatura podem causar uma forte aceleração no degelo.
Fonte: G1
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