quarta-feira, 4 de julho de 2018

Agrotóxicos: Projeto Veneno passa na Câmara!

Agrotóxicos: Brasil abusa no uso de agrotóxicos, vem aí o Projeto Veneno

Se somos ou não, campeões mundiais no uso de agrotóxicos, pouco importa. Diversas, das mais confiáveis fontes citadas neste post dizem que somos dos ‘maiores consumidores’. Para estas fontes, o Brasil é destaque, independe de ser, ou não, número UM. Isso é irrelevante. O que é incontestável, é que  “a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) afirma que 70% dos alimentos in natura consumidos no País estão “contaminados” por agrotóxicos.” Curiosamente, todos que comentaram este post procuram ridicularizá-lo. Põem a culpa no clima tropical, ou no tamanho da aérea cultivada. Alegam que o país usa agrotóxicos ‘normalmente’, sem excessos. Mas nenhum contesta a afirmação que agora repetimos: a “Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) afirma que 70% dos alimentos in natura consumidos no País estão “contaminados” por agrotóxicos.” Leia, em comentários, e confirme.

Aspirina e agrotóxicos

Como disse um dos leitores do post (ver em comentários) “se você tomar aspirinas em dosagens acima das recomendadas também se tornam venenos” com o que, concordamos. O fato é que parece que o País faz isso, ou a Abrasco não diria que ” 70% dos alimentos in natura consumidos no País estão ‘contaminados’ por agrotóxicos.” Ou seja, usar agrotóxicos, pesticidas, ou seja lá o nome que tiver, faz parte do agronegócio. Já, usá-los em demasia, que parece ser o nosso caso, transforma-os em veneno. Mas, sobre isso, não há uma contestação ao post (de novo, procure em comentários).

‘Agro é tech, agro é pop’?

E, aí, como ficam os defensores do ‘agro é tech, agro é pop‘? Por que será que o agronegócio chamou Nizan Guanaes para ‘trabalhar’ a imagem do setor na maior rede de TV do País, no horário mais nobre, antecedendo votação na Câmara que acaba de aprovar o Projeto Veneno?

Embaixador da ONU é chamado para trabalhar imagem

Pois é, se não sabia, fique sabendo que Nizan não é apenas um dos maiores publicitários brasileiros, dominando o cenário nas últimas duas décadas; ele também “apoiou um grande número de atividades de acordo com muitos dos objetivos e valores da UNESCO. Através de sua carreira e compromisso humanitário, Guanaes fez uma contribuição importante para o mandato da UNESCO no Brasil, e isso foi particularmente fortalecido após a criação da Associação de Empresários e Empresários Amigos da UNESCO em novembro de 2004. (site da UNESCO)” Por isso, desde 2011, é ‘Goodwill Amabassador’, da UNESCO.

‘The future is green and Blue’ (and full of pesticides…)

Ainda de acordo com a UNESCO, “em 2012 Nizan lançou a campanha ‘The  future is green and Blue’, durante Conferência da ONU do Desenvolvimento Sustentável, particularmente através da educação, respeito aos direitos humanos e o meio ambiente.” Seria interessante verificar o que acha a UNESCO sobre “70% dos alimentos in natura consumidos no País estão ‘contaminados’ por agrotóxicos.”

Passou o Projeto Veneno

Nizan, de fato, é um fenômeno. Em plena campanha do ‘agro é tech, agro é pop’ , durante a Copa do Mundo de futebol (concicidência de datas ou mero acaso?), passou na Câmara o Projeto Veneno.

Conheça o Projeto Veneno

Ora raios! Que diabo de projeto é esse? Ele propõe alterações na regulamentação de agrotóxicos. Hoje, fica a cargo de três ministérios: Saúde, Agricultura e Meio Ambiente. Querem passá-lo só para um, Agricultura. De uma demora de cinco anos (para a aprovação), passaria para dois.

Nomenclatura

De agrotóxicos, muda para pesticidas.

Quem defende?

Ruralistas e produtores rurais.

Quem critica?

Ambientalistas e Anvisa.

E o povo da Saúde?

A Anvisa diz que não há estrutura para fazer uma importante avaliação determinada pelo Projeto Veneno:  “produtos com características teratogênicas, ou seja, causadores de anomalias no útero e malformação de fetos”. Segundo o ‘PV‘, “deveriam ser proibidos apenas os que apresentarem risco inaceitável para seres humanos e meio ambiente.”
Quer dizer, então, que há risco aceitável para seres humanos e meio ambiente?

Mais de quatro horas de árduo debate…

Site BR18: “Foram mais de quatro horas de discussão, mas a Comissão Especial que discute as novas regras para o uso dos agrotóxicos aprovou o relatório do deputado Luiz Nishimori (PR-PR). Apelidado de “Projeto do Veneno” pela bancada ambientalista, o relatório oficial aprovado por 18 votos contra 9, sem ainda ter os destaques analisados.”

Mulheres peladas amenizaram votação…

“Segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo, o deputado César Halum (PRB-TO), por exemplo, se concentrava na foto de uma mulher seminua em seu celular. Flagrado pelo jornal, Halum tentou se justificar colocando a culpa no aparelho, que seria “invadido por besteiras” a todo momento. Enquanto isso, o deputado Victório Galli (PSL-MT) se divertia acompanhando o jogo entre Portugal e Irã pela Copa do Mundo.”

A voz do especialista Paulo Saldiva




Curiosamente, ninguém que contesta este post escreve rigorosamente nada sobre o que falam os médicos. Mas atacam com veemência ‘a ignorância’ do escriba…

Agrotóxicos e Câncer – Estudos Epidemiológicos, por Karen Friedrich

(Karen Friedrich- PHD Toxicologia e Saúde Pública, Departamento de Toxicologia, Instituo Nacional de Controle de Qualidade em Saúde- INCQS – FIOCRUZ. Jaguariúna, outubro, 2013.)
  • Infância – exposição pré-concepção, gestação ou pós-natal
  • Linfomas, leucemias, tumor de cérebro, tumor de Wilm, Linfoma non Hodkin, sarcoma de Ewing (50 estudos – Zahm; Ward’s 1998; Infante_Rivard; 2007 – revisões)
  • Adulta – exposição ocupacional
  • Câncer de pulmão, boca, fígado, próstata, mama, testículos, ovário, cérebro, tireóide,etc.
  • Algumas revisões: J Toxicol Environ Health B Crit Rev. 2012;15(4):238-63; CA Câncer Center J Clin.2013
  • Mar- Apr; 63(2):120-42; Scand J Work Enviran Health 2005;31 supply 1:9-17
Sobre isso também não há uma linha nos comentários.
A seguir, matéria original:

Dedo na ferida

Em artigo escrito para o Estadão, o jornalista Washington Novaes toca o dedo na ferida: apesar dos avanços no campo, o Brasil ‘esconde’ uma  liderança incômoda:  somos campeões no uso de agrotóxicos. De acordo com o jornalista, dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, informam que “28% das substâncias usadas por aqui não são autorizadas”. E agora, com o Plano Veneno, qual porcentagem será?
Ilustração: diarioliberdade.org.br

70% dos alimentos estão contaminados

Segundo Novaes,
"a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) afirma que 70% dos alimentos in natura consumidos no País estão “contaminados” por agrotóxicos."
E mais:
"o Brasil é o maior mercado de agrotóxicos do mundo, ultrapassando a marca de 1 milhão de toneladas por ano, o que equivale a um consumo médio de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante."

Agrotóxicos, tabu

Apesar do assunto interessar a cem por cento dos brasileiros, é quase um tabu. Poucas vezes a mídia lhe dá o devido destaque. Pressão dos ruralistas? Enquanto isso, o mundo discute abertamente a questão.
"Segundo a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU) e a OMS, é urgente diminuir o uso de praguicidas e substituí-lo pelo plantio direto nas lavouras, que reduz as pragas."
O uso excessivo de agrotóxicos também seria um tema relevante a ser debatido por ambientalistas e ruralistas, como prega o artigo Agenda Ambiental para o Desenvolvimento. Fica aqui registrado, apenas para que não saia da pauta.

O Mundo sabe e tira proveito

O sucesso do agronegócio brasileiro chama a atenção. Em abril de 2015, o El País publicou matéria de Marina Rossi, enfatizando que
"mais da metade das substâncias usadas aqui (agrotóxicos) é proibida em países da UE e nos USA"
O título da matéria já demonstra o impacto que ela pode ter nos mercados consumidores de nossos produtos:
"O Alarmante Uso de Agrotóxicos no Brasil atinge 70% dos alimentos"
No corpo do texto, a explicação para o alarme soar.
"Desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo de agrotóxicos. Enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial desse setor cresceu 93%, no Brasil, esse crescimento foi de 190%, de acordo com dados divulgados pela Anvisa"

Retificação importante sobre o Brasil e os agrotóxicos

Como este post provocou polêmica, como se vê abaixo nos ‘comentários’, decidimos pesquisar mais sobre o uso de agrotóxicos. Parece o samba do crioulo doido, mas vamos aos dados:
Se considerar a aplicação por área, segundo a FAO o Brasil é o terceiro.

 A FAO especifica quais categorias usadas e quantidades:
O tipo…

 Em valores absolutos de peso aplicado, o worldatlas.com diz que o Brasil é quinto:
Para o www.worldatlas.com somos o quinto maior consumidor de pesticidas.

Enquanto isso o Estadão afirma, com base em dados de instituições brasileiras, que o Brasil é o maior mercado de agrotóxicos do mundo.
Já o IBGE oferece tabelas com diversos dados de consumo de agrotóxicos,  seriam estes os “dados oficiais”. Interessante notar que os números do órgão não batem com os da FAO. A organização da ONU  mostra que nosso consumo teria sido de pouco menos de 400 mil toneladas (1º gráfico). No mesmo ano o IBGE afirma que foram 477.792, de qualquer maneira, são dados mais altos. Para finalizar, recentemente (maio, 2018) a rede Bandeirantes citou pesquisa cuja fonte não pegamos, dizendo que o Nº1 do mundo, em ‘aplicação por área’, seria a Holanda, o Brasil estaria em 6º lugar…

 

Os leitores e este post

A leitora Cayssa escreveu na seção ‘comentários’ (abaixo) que “também é importante sempre relembrar que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos em termos brutos, pois claro, olhe o tamanho do país, é óbvio que compraremos mais produtos agrotóxicos que outros territórios menores. O último levantamento da FAO feito em 2017 demonstrou que em termos relativos (quantidade de produto aplicado por área plantada), o Japão ficava em 1º lugar, seguido pelos EUA… o Brasil na 12ª posição. É preciso ter cuidado ao afirmar que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, pois esse tipo de afirmação fora de contexto só serve para prestar desinformação à população.”
E, para completar, enviou links com os dados que, mais uma vez, não batem com os aqui revelados…
Outros leitores também se manifestaram, muitos atacando o Mar Sem Fim, como se fôssemos nós os responsáveis.

O que podemos deduzir disso tudo?

Fica claro que, se não somos o Nº1, estamos entre os países que mais usam as substâncias, quanto a isso não resta dúvida. E elas, ao serem exageradas, são extremamente prejudiciais aos seres humanos e à saúde do planeta.
E voltamos aos números da Abrasco que abrem a matéria: “o Brasil é o maior mercado de agrotóxicos do mundo, ultrapassando a marca de 1 milhão de toneladas por ano, o que equivale a um consumo médio de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante.” Para os humanos ele aumenta a incidência de certos tipos de câncer, para o planeta contaminam o solo, e prejudicam lençóis freáticos. E para os oceanos e a vida marinha, são a causa das Zonas Mortas que não param de crescer.

Agente Laranja, há mais de 10 anos em análise, é autorizado no Brasil

O El País informa que
"O 2,4-D, por exemplo, é um dos ingredientes do chamado ‘agente laranja’, que foi pulverizado pelos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã, e que deixou sequelas em uma geração de crianças que, ainda hoje, nascem deformadas, sem braços e pernas. Essa substância tem seu uso permitido no Brasil e está sendo reavaliada pela Anvisa desde 2006. Ou seja, faz quase dez anos que ela está em análise inconclusa."
Obs: dada a repercussão deste post pesquisamos sobre o Agente Laranja. De acordo com o wikipedia ” é uma mistura de dois herbicidas: o 2,4-D e o 2,4,5-T. Foi usado como desfolhante pelo exército dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Ambos os constituintes do Agente Laranja tiveram uso na agricultura, principalmente o 2,4-D vendido até hoje em produtos como o Tordon.”

Embrapa: consumo de agrotóxicos cresceu 700% nos últimos 40 anos

A conceituada Embrapa, através do site Ageitec, também aborda a questão. Os dados são devastadores:
"anualmente são usados no mundo aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos. O consumo anual de agrotóxicos no Brasil tem sido superior a 300 mil toneladas de produtos comerciais. Expresso em ingrediente-ativo (i.a.), são consumidos anualmente cerca de 130 mil toneladas no país; representando um aumento no consumo de agrotóxicos de 700% nos últimos 40 anos, enquanto a área agrícola aumentou 78% nesse período."

Pouco importa a quantidade…

Por todos os números, e diferentes e críveis fontes, fica claro que o Brasil é um dos países que mais usa agrotóxicos. Até aí, nada de mais. O agronegócio vai bem, obrigado, e temos imensa área agrícola. Acreditamos que o mais importante nesta discussão são os dados da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que informa que “70% dos alimentos in natura consumidos no País estão ‘contaminados’ por agrotóxicos.” 
Sabe-se os malefícios que estes produtos causam à saúde humana. Ninguém duvida. O incrível nesta história, é que o país não tem um plano para superar o problema. Isso, sim, é muito grave. Pesquisamos e não encontramos respostas do governo sobre isso. Até quando comeremos veneno? Mas os agrotóxicos não causam problemas só à saúde humana…

O mar, e nossa saúde, pagam a conta

Os agrotóxicos, a falta de saneamento (no Brasil só 40% das residências têm saneamento), a poluição industrial, e até produtos que usamos no corpo, como cremes, remédios, e outros, têm quase sempre o mesmo destino: os mares. O que varia é a forma de chegada. No caso dos agrotóxicos, a via expressa são os rios que deságuam no mar; no caso dos remédios e cremes que usamos, somos nós mesmos os agentes quando frequentamos o litoral.
Rios deságuam no mar

90% da cadeia de vida marinha começa no litoral

O problema é  grave porque 90% da cadeia de vida marinha começa neste espaço de transição entre a terra, e a água, exatamente os mesmos locais onde vão parar os restos desta sopa mortal. Conseguimos a façanha de inverter o conceito do moto-perpétuo. Quanto mais poluímos este espaço, mais agredimos nossas entranhas porque a poluição volta pra dentro da gente.

A sociedade precisa deixar o papel de figurante e assumir o de protagonista

Além dos alimentos que vêm do campo, contaminados, há os que saem do mar com o mesmo problema. Ambos encontram seu destino final em nossos estômagos. Continuar este ciclo é no mínimo, estúpido. Sair dele, então, parece tarefa de gigante. Exige que a sociedade acorde e  reaja. Não pode ficar omissa. Ela precisa deixar o eterno papel  de figurante para assumir o de protagonista. Exigir seus direitos, participar dos debates, praticar cidadania, são algumas das ferramentas.

Nossa ação com agrotóxicos, e outras formas de poluição, atinge a Antártica

A bióloga Fernanda Imperatrice Colabuono, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), estudou os petréis-gigantes das ilhas Elefant, e Livingston, no arquipélago das Shetland do Sul, na Península Antártica, e confirmou, a partir de amostras de sangue,  a presença de diversas substâncias nocivas, entre as quais o DDT, pesticida banido nos Estados Unidos em 1972, quando se constatou que seu uso ameaçava a sobrevivência de diversas espécies de aves de rapina.
"Nos verões antárticos de 2011/2012 e 2012/2013, Colabuono coletou amostras de sangue de 113 indivíduos e constatou a presença de contaminantes orgânicos como bifenilos policlorados (PCBs), hexaclorobenzeno (HCB), pentaclorobenzeno (PeCB), diclorodifeniltricloroetano (DDTs) e derivados, o pesticida clordano (banido nos Estados Unidos em 1988) e o formicida Mirex (banido nos Estados Unidos em 1978 e recentemente no Brasil)"
Até nos locais mais profundos, como os 11 mil metros  na fossa das Marianas, foram encontrados em pequenos amphipodas, espécie de crustáceos, ‘concentrações extremamente altas’ de PCB (bifenilos policlorados), e PBDE (éteres difenílicos polibromados).

Os poluentes são cancerígenos

Segundo Colabuono, todos esses poluentes orgânicos são persistentes no meio ambiente, têm ação cancerígena, causam disfunção hormonal e problemas reprodutivos. Os resultados foram publicados num artigo em Environmental Pollution.

DDT só foi proibido no Brasil em 2009

O Brasil é atualmente o maior consumidor mundial de agrotóxicos. O uso do DDT só foi proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),  em 2009 – mas, como ele persiste no meio ambiente, sua presença ainda é detectada nos tecidos de animais como o petrel. A preocupação de Colabuono em acompanhar a vida de seus petréis-gigantes tem fundamento

O rei da contaminação costeira, são os pomposos “poluentes orgânicos persistentes”

Para se ter uma ideia de nossa ação, saiba que o rei da contaminação costeira, no mundo, são os pomposos “poluentes orgânicos persistentes“, como dizem os cientistas, ou, como explica o Professor Frederico Brandini, Diretor do IOUSP:
"cataflan, prozac, anticoncepcional, cafeínas, substâncias que a sociedade consume há décadas, que eliminam pela urina, que vão para os lençóis freáticos, e acabam parando no mar. Pior..não há bactérias capazes de degradarem estas substâncias que são oriundas de  loterias bioquímicas produzidas pelo homem…"

Moral da história

Somos todos responsáveis, temos a obrigação de deixar a menor pegada possível. Não é preciso lembrar que estamos aqui de passagem. Há muito o que fazer mas, um dos caminhos, é pressionar o poder público. Cobrar o Estado, que deve assumir sua parte. Nada contra o agronegócio, tão importante para o país. Mas também é preciso pressionar os ruralistas e, no caso da poluição por plástico,  a Abiplast, Associação Brasileira da Indústria do plástico. Ao mesmo tempo, é obrigatório que a população faça reciclagem. A ocupação da zona costeira não pode ficar refém dos caprichos da poluição e especulação imobiliária. Seria apequenar, abandonar, o bioma marinho.

Fonte: Mar Sem Fim


 









 

 

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