sexta-feira, 24 de março de 2017

Programa Brasil Ciência - Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira



"O Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) Vital de Oliveira - H 39, é o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Capitão-de-Fragata (post-mortem) Manuel Antônio Vital de Oliveira, morto na Guerra do Paraguai em 2 de fevereiro de 1867, no bombardeio a Curupaiti, a bordo do Monitor Encouraçado Silvado, do qual era Comandante.

A aquisição do navio oceanográfico está embasada em Protocolo de Intenções celebrado entre Ministério da Defesa, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marinha do Brasil, Petrobras S.A., Vale S.A. e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, bem como em Acordo de Cooperação dele decorrente. O navio conta com equipamentos científicos de ponta, cinco laboratórios, sendo 2 molhados e 3 secos, 1 ROV (Veiculo de Operação Remota) para operar até 4.000 m de profundidade. 

O Vital de Oliveira desembarcou de Singapura rumo ao Rio de Janeiro em 2015. Aproveitando esse trajeto, o MCTIC compôs um grupo de pesquisadores que, desde a Cidade do Cabo, realizaram testes de equipamentos e coleta de dados, alguns deles inéditos para o Atlântico Sul, em diversas áreas da oceanografia. Levou-se em consideração aspectos como a plena utilização dos equipamentos de coleta automática instalados no navio, bem como o mínimo necessário de estações de coleta "in situ", para validação destes dados e obtenção de variáveis essenciais dos oceanos, para a compreensão de sua dinâmica e de seus processos.

Do ponto de vista científico, buscou-se aproveitar o trajeto para obter dados que caracterizam as trocas (massa, quantidade de movimento e energia) na interface oceano-atmosfera e a dinâmica do carbono Oceano Atlântico. Cabe destacar, pelo ineditismo, o estudo de seis vórtices de mesoescala, capazes de transportar massa, momentum, energia e as características químicas das águas do seu local de origem, desempenhando um papel importante no balanço de calor, na circulação geral dos oceanos e nos processos biológicos. Tais vórtices cruzam todo o Atlântico Sul, impactando as águas costeiras do Brasil. Essa expedição foi cunhada pelos cientistas como FORSA - Following Ocean Rings in the South Atlantic."

Fonte: Secretaria do IO/FURG

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