"O Navio de Pesquisa
Hidroceanográfico (NPqHo) Vital de Oliveira - H 39, é o terceiro navio a
ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Capitão-de-Fragata
(post-mortem) Manuel Antônio Vital de Oliveira, morto na Guerra do Paraguai em 2 de
fevereiro de 1867, no bombardeio a Curupaiti, a bordo
do Monitor Encouraçado Silvado, do qual era Comandante.
A aquisição do navio oceanográfico está embasada em Protocolo de Intenções celebrado entre Ministério da Defesa, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marinha do Brasil, Petrobras S.A., Vale S.A. e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, bem como em Acordo de Cooperação dele decorrente. O navio conta com equipamentos científicos de ponta, cinco laboratórios, sendo 2 molhados e 3 secos, 1 ROV (Veiculo de Operação Remota) para operar até 4.000 m de profundidade.
O Vital de Oliveira desembarcou de
Singapura rumo ao Rio de Janeiro em 2015. Aproveitando esse trajeto, o MCTIC compôs um
grupo de pesquisadores que, desde a Cidade do Cabo, realizaram testes de
equipamentos e coleta de dados, alguns deles inéditos para o Atlântico Sul, em
diversas áreas da oceanografia. Levou-se em consideração aspectos como a plena
utilização dos equipamentos de coleta automática instalados no navio, bem como
o mínimo necessário de estações de coleta "in situ", para validação
destes dados e obtenção de variáveis essenciais dos oceanos, para a compreensão
de sua dinâmica e de seus processos.
Do ponto de vista científico, buscou-se aproveitar o trajeto para obter dados que caracterizam as trocas (massa, quantidade de movimento e energia) na interface oceano-atmosfera e a dinâmica do carbono Oceano Atlântico. Cabe destacar, pelo ineditismo, o estudo de seis vórtices de mesoescala, capazes de transportar massa, momentum, energia e as características químicas das águas do seu local de origem, desempenhando um papel importante no balanço de calor, na circulação geral dos oceanos e nos processos biológicos. Tais vórtices cruzam todo o Atlântico Sul, impactando as águas costeiras do Brasil. Essa expedição foi cunhada pelos cientistas como FORSA - Following Ocean Rings in the South Atlantic."
Fonte: Secretaria do IO/FURG
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