Cientistas
afirmam que aquecimento global é responsável pelo crescimento acelerado
de musgos na Península Antártica. Fenômeno se intensificou nos últimos
50 anos.
A Antártica está ficando mais verde devido aos efeitos do aquecimento
global, afirmam cientistas num estudo publicado nesta quinta-feira (18)
na revista especializada "Current Biology".
O aumento da temperatura teve um efeito dramático no crescimento de
musgos no extremo norte da Península Antártica, disse um dos autores do
estudo, o cientista Matt Amesbury, da Universidade de Exeter, na
Inglaterra.
"Se isso continuar, e por causa da área crescente de terra livre de
gelo por causa do desaparecimento das geleiras, a Antártida será mais
verde no futuro", acrescentou o pesquisador.
Há quatro anos, os pesquisadores britânicos verificaram mudanças sem
precedentes nos musgos do extremo sul da Península Antártica. Segundo
Amesbury, o novo estudo mostra que o fenômeno ocorre em toda a
península, que é a parte mais setentrional da Antártida e fica
relativamente perto da América do Sul.
Amesbury e seu colegas analisaram amostras de solo coberto por musgos,
recolhidas nas ilhas Elefante, Ardley e Green, numa distância de 640
quilômetros. Nessa região está a camada de musgos mais grossa e antiga
da Antártica, que só tem 0,3% de cobertura vegetal.
As amostras permitiram aos cientistas entender melhor a evolução do
clima na região e o crescimento das plantas nos últimos 150 anos. A
análise mostrou que o crescimento claramente se acelerou nos últimos 50
anos.
A Península Antártica é uma das regiões mais afetadas pelo aquecimento
global. A temperatura média no continente subiu 0,5 grau Celsius por
década desde os anos 1950. Chuvas e ventos são mais frequentes hoje.
O diretor do projeto de pesquisa, professor Dan Charman, disse que os
ecossistemas na Antártica vão se alterar profundamente com a constante
elevação das temperaturas. "Vamos observar como a Antártica vai se
tornar cada vez mais verde, a exemplo do que já observamos no Ártico",
disse.
Fonte: G1 Natureza via Por Deutsche Welle
Nenhum comentário:
Postar um comentário