Zonas Mortas no mar
Este é mais
um dos sérios problemas que os oceanos enfrentam: as zonas mortas no mar
são áreas sem oxigênio suficiente para que haja vida. Elas estão
aumentando. De acordo com artigo publicado na Science,
em junho de 2008, elas afetam uma área de 245 mil quilômetros quadros.
O autor do artigo é o mesmo entrevistado deste vídeo super resumido:
Robert Diaz, professor do Instituto de Ciências Marinhas, Virginia, USA.
Ele explica que estas áreas estão espalhadas tanto em mar aberto como
em regiões costeiras.
Causas das Zonas Mortas: esgotos, fertilizantes e agortóxicos
As
causas são muitas: a mais comum é o despejo de esgotos não tratados,
junto com fertilizantes usados na agricultura. Ambos provocam um
aumento rápido de certos tipos de algas. Quando elas chegam ao leito
marinho as bactérias que as decompõe consomem todo o oxigênio existente
neste processo, de tal forma que outras formas de vida não conseguem
sobreviver no espaço.
Qual o tamanho das zonas mortas no mar?
De um, até centenas, de quilômetros quadrados. A maior zona morta, diz o professor, fica no Mar Báltico.
Mar Báltico (fonte: guiageo-europa.com)
Diaz explica que os motivos que levaram a esta Zona Morta são acões na
zona costeira do Báltico, aliado a pouca circulação da água deste mar
‘quase fechado’. Outras enormes Zonas Mortas ficam no Golfo do México,
em razão da agricultura no vale do Mississipi; e na foz do rio Yang Tsé, na China.
Youg Tsé, China (foto:portaldotrono.com), poluído pelo despejo de 33 bilhões de toneladas de ‘águas residuais’.
Índico e Pacífico também têm Zonas Mortas
Robert
Diaz conta que o Índico e o Pacífico também têm imensas Zonas Mortas
mas, nestes casos, produzidas por processos naturais. O professor
prossegue explicando que as mudanças climáticas, e consequênte
aquecimento global, contribuem para que elas aumentem, e proliferem,
ainda mais.
Depois de explicar sobre as zonas mortas em águas profundas, Diaz diz que “
há três coisas que podemos fazer para minimizar o problema: a primeira é melhorar a eficiência de nosso sistema de agricultura desenvolvendo plantas que não necessitem a quantidade de fertilizantes que usamos hoje. A segunda seria ‘poupar’ (com menos agricultura) as áreas costeiras. E a terceira, mudar nossos hábitos alimentares substituindo carne por vegetais, já que grande parte dos fertilizantes é usado para produzir comida para animais.
Para
encerrar o Mar Sem Fim lembra que, no Brasil, apenas 40% de todo o
esgoto produzido recebe algum tipo de tratamento, normalmente o
primário, que não resolve totalmente a questão. Para piorar, o Brasil é campeão mundial no uso de agrotóxicos. Sim, temos zonas mortas na costa brasileira. Voltarei ao tema em breve.
Assista a entrevista em https://youtu.be/OJEWP0MlI5c
Fonte: João Lara Mesquita via Mar sem Fim
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