Descargas elétricas para capturar os peixes: a nova ameaça
A técnica caça os peixes com impulsos
elétricos, através da utilização de arrasto de vara, redes seguradas por
uma estrutura rígida que consegue apanhar peixes. Neste caso a rede é
substituída por uma rede elétrica. Para o diretor da associação Bloom,
Frédéric Le Manach
"a técnica é muito eficaz, mas transforma o oceano num deserto"
Expandir o número de arrastões na Europa: o povo tá maluco mesmo…
Ao reverem o regulamento das medidas
técnicas, 23 deputados aprovaram um compromisso político para expandir o
número de arrastões na Europa. Esse acordo permite equipar cinco por
cento da frota com “técnicas inovadoras, que agora incluem a pesca
elétrica”.
Petição contra a pesca elétrica na Europa da Bloom ultrapassou as 84 mil assinaturas antes da votação que resultou a favor da expansão da pesca elétrica
No Mar do Norte, o limite já foi
alterado. Passou para os 100 por cento, permitindo aos holandeses
equipar a frota com redes de arrasto elétricas.
Frédéric Le Manach explica na página oficial da associação que isto
"…é um escândalo do ponto de vista ambiental e social, não há justificação para se apoiar uma posição tão escandalosa a favor de um pequeno número de industriais holandeses…"
Na Europa, a pesca elétrica foi proibida em 1998
Na Europa, a pesca elétrica foi proibida
em 1998, no âmbito de derrogações concedidas pela Comissão Europeia.
Ainda assim, é autorizado a cada Estado-membro cinco por cento de cada
frota de arrastões elétricos para uma prática no Mar do Norte.
Queixa contra a Holanda
A Bloom apresentou à Comissão das Pescas
uma queixa contra a Holanda. Ela explicou que a frota holandesa equipou
28 por cento dos navios com arrastões elétricos ilegais. Ou seja, 84
navios foram munidos com redes elétricas numa frota que tem 304
embarcações, conforme o Le Monde. Alguns navios alemães e britânicos
também utilizam o equipamento.
A queixa foi apresentada com base nas licenças ilegais.
As empresas de pesca industrial dos
Países Baixos são as mais poderosas na Europa. Elas tentam mudar os
regulamentos de proibição de pesca elétrica, procurando uma maior
permissividade.
A associação Bloom quer acabar com “a pesca destrutiva” que tem impactos ambientais.
Problemas ambientais da pesca elétrica
Para as associações ambientais estas
medidas enfraquecem a legislação em vigor. Já o presidente da Comissão
das Pescas afirma que estão aregulando “rigorosamente a pesca elétrica”
sem abrir “qualquer porta para a sua extensão”.
Os defensores da técnica explicam que
uma rede de arrasto mais leve consome metade do combustível de uma rede
de arrasto tradicional e é menos prejudicial para o fundo do mar.
Queixa contra a Holanda
Ainda não está sendo avaliado o impacto
da pesca elétrica para as espécies marinhas. No entanto, segundo a
Bloom, “muitos relatórios afirmam que o peixe capturado em redes de
arrasto mostram queimaduras, contusões e deformações do esqueleto após a
eletrocussão”.
Cientistas e políticos pedem à Europa para proibir pesca elétrica
Em 2016, o Conselho Internacional para a
Exploração do Mar comunicou que deve haver precaução devido a impactos a
longo prazo. Alguns cientistas e políticos, indicou o Le Monde, pediram
à Europa para proibir uma técnica “ameaçadora para os seres humanos”,
segundo as palavras utilizadas pela ex-ministra do ambiente francesa
Ségolène Royal.
As medidas ainda serão analisadas em
sessão plenária do Parlamento Europeu, pois segundo a ex-ministra
colocam em causa uma possível “banalização das redes de pesca elétricas”
na Europa, indo contra aos objetivos de desenvolvimento sustentável
adotados pelas Nações Unidas.
França, Brasil e Estados Unidos proíbem este tipo de pesca. Assista vídeo da www.francetvinfo.fr/ sobre mais esta cretinice.
Fonte: Mar sem Fim via https://www.francetvinfo.fr/economie/emploi/metiers/agriculture/la-peche-electrique-une-pratique-tres-controversee-en-europe_2481975.html.
Brut : pêche électrique
Brut : pêche électrique
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