Complexo de US$ 110,5 milhões ficaria pronto em março de 2015.
É o 2º certame para nova base; 1º foi cancelado por falta de concorrentes.
Eduardo Carvalho, do G1 em São Paulo
A
Marinha do Brasil suspendeu a licitação para escolher a empresa que irá
construir a nova estação científica do país na Antártica, o que deve atrasar as
obras e a entrega do complexo, prevista inicialmente para março de 2015.
De acordo com a instituição, responsável pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar), o certame foi interrompido depois que duas das empresas concorrentes apresentaram recursos para continuar na disputa pelo contrato de US$ 110,5 milhões (R$ 343,3 milhões), valor estimado para a instalação da nova Estação Comandante Ferraz, na Baía do Almirantado.
A antiga base foi destruída por um incêndio
em 2012, que causou a morte de dois integrantes da Marinha. Módulos provisórios
foram instalados no local, com infraestrutura suficiente para receber 60
pessoas de uma só vez.De acordo com a instituição, responsável pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar), o certame foi interrompido depois que duas das empresas concorrentes apresentaram recursos para continuar na disputa pelo contrato de US$ 110,5 milhões (R$ 343,3 milhões), valor estimado para a instalação da nova Estação Comandante Ferraz, na Baía do Almirantado.
Com isso, as viagens de cientistas brasileiros até o território antártico tiveram continuidade, assim como seus trabalhos de pesquisa em temas como mudança climática e biodiversidade.
Módulo Antártico Emergencial foi erguido onde
funcionava o heliporto da estação Comandante
Ferraz (Foto: Divulgação/Marinha do Brasil)
Primeiro certame fracassou
Esse é o segundo processo licitatório aberto pela Marinha para essa finalidade. O primeiro, iniciado no fim de 2013 e encerrado em fevereiro de 2014, terminou sem a apresentação de propostas.
Esse é o segundo processo licitatório aberto pela Marinha para essa finalidade. O primeiro, iniciado no fim de 2013 e encerrado em fevereiro de 2014, terminou sem a apresentação de propostas.
Na
época, poderiam se credenciar apenas empresas nacionais ou estrangeiras que
firmassem parceria com organizações brasileiras.
Após o
fracasso, a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, a
Secirm, abriu em julho do ano passado uma nova etapa, desta vez
permitindo a participação de organizações com 100% de capital estrangeiro. A
inauguração foi adiada para março de 2016.
Em
janeiro deste ano, a Marinha emitiu parecer anunciando a escolha da empresa
Ceiec, da China, como a responsável pela construção da estação antártica. No
entanto, a OY FCR Finland, da Finlândia, e o consórcio Ferreira
Guedes/Tecnofast, do Brasil, apresentaram recursos contra a decisão, o que
forçou a suspensão da licitação.
Realização de visita técnica
Ao G1, a Marinha informou que a interrupção se deu para a realização de diligências nas duas empresas. Uma comissão verificaria se ambas atendem a requisitos de qualificação técnica e operacional do edital.
Segundo os militares, foram feitas visitas,
custeadas pelo governo, entre fevereiro e março.Ao G1, a Marinha informou que a interrupção se deu para a realização de diligências nas duas empresas. Uma comissão verificaria se ambas atendem a requisitos de qualificação técnica e operacional do edital.
Um relatório deve ser elaborado por uma comissão para auxiliar na escolha da empresa. Porém, segundo a Marinha, não há prazo para que o relatório fique pronto.
Com isso, segundo os militares, não é possível determinar uma data para que o contrato seja assinado entre o governo e a empresa escolhida.
A Marinha informa apenas que a construção tem prazo de execução de 540 dias corridos, período que pode ser estendido devido a "fatores supervenientes, como é o caso das peculiaridades do clima antártico".
Desta forma, a entrega da nova estação pode ocorrer apenas em meados de 2018.
O projeto executivo, escolhido em 2013 em um concurso promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, não deverá ser alterado.
Segundo o documento, o edifício principal da nova estação terá uma área total de 4.500 m² e as unidades isoladas, como as torres de energia eólica e a área para helicópteros, somarão outros 500 m².
Novo complexo deve substituir módulos emergenciais que foram instalados após incêndio (Foto: Estúdio 41 / Divulgação)
Veja o vídeo com o projeto das as novas instalações em
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/marinha-suspende-licitacao-para-construir-estacao-na-antartica.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário