Foram identificadas mais de 200 bactérias com aplicação na medicina.
Uso excessivo de antibióticos fez surgir bactérias muito resistentes.
Exemplar de pinguim-papua é visto na Baía do Almirantado, região
onde está abrigada a Estação Antártica Comandante Ferraz (Foto: Eduardo
Carvalho/G1)
Cientistas chilenos estudam "superbactérias" extraídas da Antártica
que, por sua resistência a condições extremas, seriam chave para
derrubar a crescente resistência aos antibióticos, segundo pesquisa
apresentada nesta quarta-feira (20) em Santiago.
Após analisar 80 amostras de solo antártico, extraídas em duas viagens, em 2014 e 2015, foram identificadas mais de 200 bactérias de espécies como Pseudomonas e Staphylococcus, que têm "um amplo potencial de aplicação em medicina", explicou Maria Soledad Pavlov, doutorando em biotecnologia da Universidade Católica de Valparaíso e integrante da equipe de pesquisas.
Os organismos microbianos que "geram estratégias para competir e sobreviver" ao clima extremo do continente branco seriam a chave para a criação de "antibióticos que tenham capacidades antimicrobianas diferentes das atuais", o que permitiria quebrar a atual resistência de algumas bactérias.
"Estamos tentando gerar um produto biotecnológico interessante a partir destas bactérias antárticas, que possam suprir esta falta severa de antibióticos", disse Pavlov.
Resistência a medicamentos
Segundo o estudo, o uso excessivo de antibióticos provocou o aparecimento de bactérias resistentes, muito difíceis de controlar com os atuais medicamentos ou antibióticos convencionais.
A pesquisa chilena, desenvolvida com o apoio do Instituto Antártico Chileno (INACH), coletou amostras no arquipélago das Shetland do Sul e em setores continentais da Antártica, próximos às bases chilenas.
Na etapa inicial da pesquisa, Pavlov advertiu que seriam necessários 10 a 15 anos mais de estudos para poder usar o composto antimicrobiano gerado em medicina humana, enquanto que, para utilizá-lo em agricultura, o tempo diminui e seriam suficientes mais cinco anos de laboratório.
Fonte: G1 via France Presse, em 21/05/2015
Após analisar 80 amostras de solo antártico, extraídas em duas viagens, em 2014 e 2015, foram identificadas mais de 200 bactérias de espécies como Pseudomonas e Staphylococcus, que têm "um amplo potencial de aplicação em medicina", explicou Maria Soledad Pavlov, doutorando em biotecnologia da Universidade Católica de Valparaíso e integrante da equipe de pesquisas.
Os organismos microbianos que "geram estratégias para competir e sobreviver" ao clima extremo do continente branco seriam a chave para a criação de "antibióticos que tenham capacidades antimicrobianas diferentes das atuais", o que permitiria quebrar a atual resistência de algumas bactérias.
"Estamos tentando gerar um produto biotecnológico interessante a partir destas bactérias antárticas, que possam suprir esta falta severa de antibióticos", disse Pavlov.
Resistência a medicamentos
Segundo o estudo, o uso excessivo de antibióticos provocou o aparecimento de bactérias resistentes, muito difíceis de controlar com os atuais medicamentos ou antibióticos convencionais.
A pesquisa chilena, desenvolvida com o apoio do Instituto Antártico Chileno (INACH), coletou amostras no arquipélago das Shetland do Sul e em setores continentais da Antártica, próximos às bases chilenas.
Na etapa inicial da pesquisa, Pavlov advertiu que seriam necessários 10 a 15 anos mais de estudos para poder usar o composto antimicrobiano gerado em medicina humana, enquanto que, para utilizá-lo em agricultura, o tempo diminui e seriam suficientes mais cinco anos de laboratório.
Fonte: G1 via France Presse, em 21/05/2015
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