Tartaruga Mary River entrou para lista de répteis ameaçados. Compilação é organizada pela Sociedade Zoológica de Londres.
A tartaruga Mary River, da Austrália, entrou para a lista de répteis
ameaçados de extinção organizada pela Sociedade Zoológica de Londres. O
animal tem um visual que remete a um corte moicano de cabelo e consegue
ficar embaixo d'água por até 3 dias respirando através de seus órgãos
reprodutores.
Nativa da região de Queensland, onde vive apenas no rio Mary- de onde
vem seu nome- a tartaruga não tem pelos. Seu "cabelo" arrepiado é na
verdade alga: "Ela passa tanto tempo submersa que alguns indivíduos
acabam cobertos de algas e podem acabar com uns 'penteados' verdes
impressionantes", disse Gumbs.
Animal de estimação
Segundo o departamento de Meio Ambiente da Austrália, a queda no número
de animais se deu por causa da popularidade da tartaruga como animal de
estimação nos anos 70 e 80. O animal só foi reconhecido como uma
espécie distinta em 1994.
"A tartaruga Mary River leva um tempo excepcional para atingir a
maturidade sexual, com indíviduos que não acasalam antes dos 25 anos",
diz nota da Sociedade Zoológica de Londres.
A destruição do seu habitat natural, com a construção de barragens, e a
venda dos ovos para o mercado de animais de estimação tiveram impacto
na preservação da espécie.
Lista de répteis
"Os répteis costumam ser preteridos quando o assunto é conservação de
espécies se comparados com aves e mamíferos. Assim como tigres,
rinocerontes e elefantes, é vital que façamos o máximo para salvar estes
animais únicos. Muitos dos animais nesta lista são os únicos
sobreviventes de linhagens mais antigas", disse Gumbs.
A lista EDGE of Existence tem 100 répteis e mostra suas respectivas
condições de conservação. Criada em 2007, a lista já publicou anfíbios,
aves, corais e mamíferos. Agora, foca em répteis. Cada espécie ganha uma
classificação que analisa seu risco de extinção baseado em o quão
isolada está e quão única é a espécie. Atualmente, a tartaruga Mary
River ocupa o número 30 do ranking.
Fonte: G1 Natureza, em 12/04/2018
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