Era para ser uma operação de rotina em
Humaitá, a 675 quilômetros de Manaus. A Ouro Fino, que começou no dia 24
de outubro com participação do Ibama, ICMBio, Força Nacional, Marinha e
Exército, visava impedir o garimpo ilegal no Rio Madeira, em uma área
de proteção ambiental, a Floresta Nacional de Humaitá, sul do Amazonas. A
força tarefa deu resultados. Ela destruiu 20 balsas e apreendeu
várias outras, flagradas garimpando ilegalmente. E demonstrou a força
do garimpo ilegal na Amazônia.
A reação dos garimpeiros
Na sexta-feira, 27 de Outubro, atearam
fogo nos escritórios do Ibama, Incra e Instituto Chico Mendes (ICMBio). E
ainda tentaram atacar o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas
(Ipaam), que funciona no mesmo prédio do Incra.
Sede do ICMBio em chamas (FOTO: ICMBio)
Foi preciso reforçar a segurança em Humaitá por soldados do Exército e
Policiais Federais. Segundo o 4º Batalhão de Polícia Militar, que atua
no município, a situação foi controlada por volta das 23 horas de sexta.
Foram usadas bombas de efeito moral, gás e spray de pimenta. Durante a
ação, materiais foram arremessados contra a tropa.
Vandalismo em Humaitá (Foto: ICMBio)
Depois do ataque, funcionários do ICMBio e Ibama, que atuavam na cidade,
deixaram o município escoltados por policiais. Mas um grupo do ICMBio
dormiu no barco do Parna Humaitá, no Rio Madeira. No dia seguinte,
depois de resgatados, os vândalos colocaram fogo no barco.
O barco do PARNA Humaitá em chamas, obra do garimpo ilegal na Amazônia (FOTO: ICMBio)
O ECO: Políticos participaram dos ataques em Humaitá
O site O ECO diz que “o procurador da
República Aldo de Campos Costa diz já ter recebido evidências da
participação de políticos nos tumultos ocorridos, em Humaitá.”
O procurador disse que…"…já temos o nome inclusive de alguns agentes públicos envolvidos. São vídeos e áudios que populares enviaram tanto para a Polícia Militar quanto para o Ministério Público. Com esses elementos, nós vamos abrir uma investigação formal e, posteriormente, processar e responsabilizar os envolvidos…"
Vice- Governador culpa órgãos federais por tumulto
Ainda segundo O ECO, o vice- governador, Bosco Saraiva (PSDB), que também ocupa a Secretaria de Segurança, declarou que…"…membros do Ibama teriam ateado fogo, portanto extrapolado aquilo que era uma fiscalização, em balsas em que teriam residências sobre elas, que afetou muitas famílias"O procurador Aldo de Campos, rebateu irritado:
"…isso acaba configurando uma inversão de valores e, de certa forma, denota uma certa conivência por parte do poder público estadual com as atividades criminosas que estão sendo desenvolvidas na região do município de Humaitá"
Ousadia dos garimpeiros ilegais e o chororô pela RENCA
O desafio ao poder público fica claro em
mais esta ação dos garimpeiros ilegais. Foi por motivos como esse, a
destruição e ousadia imposta pelo garimpo ilegal, que o Governo Temer
pretendeu estabelecer as áreas de mineração na Renca, Reserva Nacional de Cobre e Associados, no
leste da Amazônia, confundida pelos babacas de plantão como Unidade de
Conservação. E foi violentamente atacado. Até a lindíssima Gisele
Bundchen veio emprestar seu chororô ‘pela destruição da Amazônia’.
Gisele, linda Gisele, fique onde está, fazendo editoriais de moda. É
melhor; você não se expõe ao ridículo…
Problemas do garimpo ilegal na Amazônia
“Essa atividade ilegal é altamente
impactante e causa graves danos ao meio ambiente e à saúde humana, além
do risco à navegação. Normalmente associado a diversos outros crimes
como contrabando e sonegação fiscal, o garimpo ilegal financia a
grilagem de terras e contribuiu para o aumento da violência no campo.
Este cenário exige atuação firme das instituições públicas.”
E agora, por que ‘artistas’, ‘intelectuais’ e ‘militantes’ não protestam?
A pergunta que fica é: por que agora,
com mais este ato de vandalismo, os ‘salvadores da floresta’ não
reagiram? As redes sociais estão ocas de protestos por este desacato e
consequente destruição do patrimônio público. Dois pesos, duas medidas;
burrice aguda?
Fontes: Oeco.org.br; uol.com.br; icmbio.gov.br.