O primeiro navio de ensino do país chegou neste sábado (29) a Rio
Grande, no Sul do Rio Grande do Sul, onde será usado por universitários
da área de ciências do mar da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
As aulas na embarcação devem começar em dois meses.
"Se constatou que havia a necessidade de meios flutuantes para
capacitar os estudantes na área de Ciências do Mar. Foi feito um estudo
sobre as embarcações disponíveis no país e se chegou à conclusão de que
elas eram inadequadas para essa finalidade", explicou o oceanógrafo Luiz
Carlos Krug.
A reitora da instituição, Cleuza Dias, exaltou o uso da embarcação no
ensino. "Queremos vivenciar essa experiência. Temos o compromisso de
acompanhar os nossos estudantes na primeira saída", afirmou.
Para os professores Luis Carlos Krug e Danilo Calazans,
do Instituto de Oceanografia (IO) da FURG, que apresentaram o projeto à
Reitoria e posteriormente ao MEC, o momento não poderia ser mais
importante. Krug lembra que esse é o maior projeto que a universidade já
comandou, pela abrangência e também pelos valores envolvidos, cerca de R$ 45 milhões
entre os quatro navios. “E respondemos à altura”, afirmou, destacando o
trabalho coletivo que permite a entrega do LEF ao mundo acadêmico e
científico.Conforme os professores, outro desafio começa agora, que é organizar a embarcação para as atividades de ensino no mar, cuidar da agenda entre universidades e da manutenção das embarcações. O MEC já destinou, este ano, R$ 10 milhões para o custeio do programa. “Temos que fazer valer o que a sociedade nos paga para formar novos profissionais”, dizem os docentes. O “Ciências do Mar I” será cadastrado junto às autoridades marítimas, para em seguida formar sua tripulação definitiva.
O LEF “Ciências do Mar”
Segundo o comandante do “Atlântico Sul”, Rafael Gautério da Silva, que acompanhou a primeira viagem do “Ciências do Mar I”, trata-se de uma boa embarcação, dentro da categoria e do objetivo ao qual se destina. “Se portou muito bem na viagem”, disse ele. O barco tem 32m de comprimento total (quatro a menos que o “Atlântico Sul”), é equipado com dois motores de 450 BHP de potência cada um, de fabricação nacional. Atinge velocidade máxima de 11,4 nós, podendo manter uma velocidade de cruzeiro de 10 nós, com grande economia de combustível.
Dispõe de dois laboratórios e instrumentos científicos, com receptores instalados em carenagens no fundo do casco, para pesquisas nas camadas submersas do oceano e o leito marinho. Possui cinco guinchos e um guindaste, de capacidades diferentes, destinados a lançar e recolher coletores de amostras e efetuar operações de pesca. Tem acomodações para 26 pessoas, entre alunos, professores e tripulantes.
Fonte: Site da Furg /G1 RS
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