O estudo será realizado durante 5 anos em 156 km de praia, de Aracruz a Conceição da Barra. Possíveis danos provocados pela lama da Samarco serão avaliados.
As tartatugas marinhas que costumam visitar o litoral Norte do Espírito
Santo serão monitoradas durante cinco anos, pelo projeto Tamar e pela
Fundação Renova. O estudo será realizado em 156 km de praia, de Aracruz a
Conceição da Barra. Possíveis danos aos animais provocados pela lama da
barragem da Samarco serão avaliados.
A ideia é avaliar aspectos como reprodução, alimentação e desova, por
exemplo, para identificar se houve mudanças na dinâmica das tartarugas
do litoral capixaba.
Por serem espécies ameaçadas de extinção, podem ser mais sensíveis a
mudanças no ambiente. Por isso, o resultado desse monitoramento é um
indicador fundamental para avaliar as ações de reparação ambiental
executadas pela Renova, após o rompimento da barragem da Samarco em
Mariana, que levou lama com sedimentos de minério do Rio Doce até o mar.
Como será o estudo
Os trabalhos começam nos próximos dias e os primeiros resultados serão
compartilhados com os órgãos ambientais seis meses após o início do
estudo.
O levantamento será realizado durante todo o ano e reforçado no período
de desova das tartarugas, de setembro a março, quando o monitoramento
ocorrerá durante o dia e também no período da noite.
Entre os locais monitorados estão áreas como Reserva Biológica de
Comboios, a Terra Indígena de Comboios, Povoação, Monsarás, Cacimbas,
Ipiranga, Ipiranguinha, Pontal do Ipiranga, Barra Seca/Urussuquara,
Campo Grande, Barra Nova e Guriri.
A execução das atividades irá mobilizar mão de obra local – pescadores e
moradores tradicionais da costa – para detecção e monitoramento das
fêmeas, ninhos e filhotes, levando em conta também o conhecimento
tradicional da população.
Todo o trabalho será supervisionado por técnicos e estagiários para
possibilitar os estudos de distribuição espacial e temporal dos ninhos,
proteção, identificação das espécies e avaliação do sucesso reprodutivo.
As equipes serão alocadas nas bases do Tamar ao longo da área a ser
estudada e serão geridas pelos técnicos do Centro Tamar/Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
FONTE: G1 / NATUREZA
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