segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Divulgação cruzeiro Antártica - Polarcanion/Pro-Oasis/Baleias



O grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande - FURG vinculados ao Instituto de Oceanografia e composto pelos professores doutores Eduardo R. Secchi, Rodrigo Kerr e Luciano Dalla Rosa, pelos pós-doutorandos Carlos Rafael B. Mendes, Márcio S. de Souza e Amabile Ferreira, pelos alunos de pós-graduação Arnaldo Russo, Carlos Fujita, Gabriela S. Pilo, Tiago S. Dotto, Marina Azaneu, Jeane P. Rodrigues e Ella S. Pereira, pelos oceanólogos Lorena L. Collares e Luciano Azevedo, e pelo aluno de graduação em Oceanologia Tiago Maximiano, estarão embarcando no navio polar da Marinha do Brasil "Almirante Maximiano" no próximo dia 04 de Fevereiro. O grupo executará suas atividades no entorno da Península Antártica, permanecendo a bordo por aproximadamente um mês.
Os pesquisadores da FURG e os demais que irão integrar a equipe embarcada fazem parte do Grupo de Oceanografia de Altas Latitudes (GOAL; www.goal.furg.br) e atuarão nas atividades dos projetos PRO-OASIS (Processos de enriquecimento de águas superficiais do oceano Austral e influências sobre o ecossistema marinho: dos produtores primários aos predadores de topo), POLARCANION (Circulação oceânica e Interações criosfera-oceano no entorno da Península Antártica: uma investigação das ligações entre processos costeiros e o oceano profundo) e BALEIAS (Diversidade e conservação de cetáceos antárticos: uso do habitat, variabilidade genética e monitoramento de poluentes) durante esta fase da XXXI Operação Antártica Brasileira (OPERANTAR).
O projeto de pesquisa PRO-OASIS, busca desenvolver durante a XXXI OPERANTAR a interligação de informações científicas compreendidas na relação dos produtores primários até os predadores de topo. A compreensão do paradoxo antártico (região de grande quantidade de nutrientes e baixas concentrações de clorofila-a), em específico nas imediações da Península Antártica, é ainda uma forçante nas pesquisas do GOAL, onde permanece a lacuna de conhecimento sobre o micronutriente ferro na região de estudo. Através de um experimento com três tratamentos diferentes, o grupo testará a influência do ferro em três regiões distintas (Estreito de Gerlache, Estreito de Bransfield e mar de Weddell) no que concerne à ecologia e fisiologia microbiana/fitoplanctônica durante a duração do experimento. Em breve, o endereço eletrônico www.prooasis.blogspot.com, manterá atualizado ao longo do desenvolvimento do cruzeiro, as etapas de realização dos experimentos e outras informações sobre o cruzeiro.
Em conjunto às atividades do PRO-OASIS, o projeto POLARCANION estará realizando estações oceanográficas para medições de parâmetros físicos e químicos, visando seus objetivos de monitoramento de longo prazo do escoamento de águas densas através dos cânions submarinos da região do Estreito de Bransfield e entorno da Península Antártica, e auxiliando na aquisição de amostras para os objetivos do projeto PRO-OASIS. Adicionalmente, com apoio conjunto do INCT da Criosfera, dois fundeios oceanográficos acoplados com equipamentos para medição da temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido e correntes oceânicas serão lançados nas águas profundas do Estreito de Bransfield. Estes instrumentos realizarão medidas contínuas ao longo do ano, com recolhimento previsto para a XXXII OPERANTAR em 2014.
       O projeto BALEIAS, por sua vez, tem como objetivo principal determinar a diversidade taxonômica e genética de cetáceos nas proximidades da Península Antártica. Especificamente, pretende-se estimar a variabilidade genética de cetáceos do presente e do passado; estabelecer conexões entre as baleias-jubarte que se alimentam nas proximidades da Península Antártica, nos Canais Foguinos e Estreito de Magalhães (Chile) e aquelas que se reproduzem nas costas Atlântica e Pacífica da América do Sul, por meio de abordagens múltiplas. Visa-se também compreender os padrões de uso do habitat pelas baleias, o qual será caracterizado com base nos dados oceanográficos, provenientes do PRO-OASIS e POLARCANION, bem como estimar e monitorar a concentração de poluentes, identificando as possíveis fontes."

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