quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Memórias do gelo: geleira da Bolívia levada para Antártica? Entenda o que está por trás

Memórias do gelo, geleira da Bolívia agora na Antártica, mostra esforços dos cientistas para  “estudar e preservar o material antes que as geleiras desapareçam por causa das mudanças climáticas.”
O motivo? Patrick Ginot, um dos glaciólogos que trabalha no projeto, respondeu:
"Nós queremos guardar esse tipo de amostras de geleiras porque elas são uma enciclopédia sobre o clima e o meio ambiente"

De La Paz, na Bolívia, para a Antártica: 18 mil anos de história estocadas

“A amostra mais recente foi coletada por uma equipe internacional de pesquisadores na geleira Illimani,  a cerca de 80 quilômetros de La Paz, capital da Bolívia.”
                                Geleira Illimani, Bolívia. (Foto: BBC)
Porque “as geleiras acumulam camadas de neve durante milhares de anos. O Illimani, por exemplo, tinha acumulados 18 mil anos de gelo.”

Na Antártica?

“A Antártida é o lugar óbvio para acolher as amostras. Mesmo caso seja mantido o aumento das temperaturas globais, ela irá se manter fria por muito tempo.”

Geleira Illimani, quanto foi extraído?

“Para extrair o gelo, a mais de 6,2 mil metros de altura,  pesquisadores utilizaram uma broca que lhes permitiu retrirar dois cilindros, um de 137 metros e outro de 134.”

Antes que seja tarde demais, e elas desapareçam

“Segundo a equipe, as geleiras que estão a menos de 5,5 mil metros vão desaparecer completamente nos próximos 20 anos, caso isso ocorra, haveria um degelo mais pronunciado e se perderia muito da informação contida no gelo.”

Da Bolívia, França, Rússia e Nepal, para a base  franco-italiana na Antártica

“Uma biblioteca está começando a tomar forma na base franco-italiana Concordia, na Antártida. Ela não terá livros, mas amostras de gelo de todas as geleiras ameaçadas do mundo.”
 
                                Concordia, Antártica. (Foto: qbtu waitingfortwinotter3)

Kilimanjaro, a última geleira da África

Simões lembra que “os nossos colegas estarão coletando testemunhos dos Himalaias, na Ásia, e até mesmo do Kilimanjaro, que é a última geleira a sobreviver na África. Nós queremos recolher um testemunho antes que ela desapareça de vez.”

Memórias do gelo: Brasil faz parte do projeto

O site mcti.gov.br diz que “o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) da Criosfera integra o esforço global para salvar o registro de mudanças ambientais contido em amostras de gelo.”
O coordenador do INCT da Criosfera, Jefferson Simões, explica: “Apesar da impressão geral de que todas as geleiras do mundo estão desaparecendo, somente 1% a 2% delas sofre esse processo de fato, exatamente nas regiões tropicais e subtropicais, além de algumas na zona temperada. Ou seja, no caso da América do Sul, nos Andes peruanos e bolivianos, as geleiras guardam o registro ambiental da Amazônia. Então, a ideia básica é guardar parte desses testemunhos para serem analisados pelas gerações futuras…”

As testemunhas…

 “Os cilindros, conhecidos como testemunhos de gelo, guardam o registro preciso de como era o clima da Terra no passado.”
“Estudando-os, é possível saber exatamente qual era a composição da atmosfera séculos e milênios atrás, com precisão anual: afinal, uma geleira é formada pela lenta deposição e compactação de camadas de neve do inverno.”

Fontes: Mar sem Fim via BBC, mcti.gov.br, unisinos.br

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Ameaças às Unidades de Conservação da Amazônia: semana decisiva

As Unidades de Conservação do Brasil enfrentam uma semana decisiva.  Nesta quarta (16/8), duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADINs) – 4717 e 3646 – que tratam dos atos de criação, recategorização, ampliação, redução  dessas áreas protegidas serão analisadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Mas há mais. O deputado Mauro Pereira (PMDB/RS) coloca em votação na quarta-feira, 16, na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, novo parecer da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, alterada por pressões dos ruralistas no Congresso.
As duas medidas podem provocar retrocesso, intimidar a criação de novas Unidades de Conservação. Prenuncio de mau tempo?

Reação às medidas


Braulio Dias, professor de ecologia, ex-secretário executivo da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica, escreveu na Folha de S. Paulo. Para ele, é “preocupante a pressão contra áreas protegidas propostas no Congresso Nacional…”
Braulio cita as ADINs “ligadas aos  quilombolas e dos povos indígenas, a ADIN 4717, que trata da alteração dos limites dos parques nacionais da Amazônia, dos Campos Amazônicos e Mapinguari, das florestas nacionais de Itaituba I, Itaituba II e do Crepori e da Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós, trazidas pela MP 558/2012”.
E conclui: ” outra ação trata da pretensa inconstitucionalidade da criação de unidades de conservação via decreto”.
Ele se refere a ADIN 3646, de Luiz Henrique da Silveira (PMDB), cuja intenção é declarar a inconstitucionalidade do art. 22 da Lei do Sistema Nacional de Unidade de Conservação, que pretende tornar inconstitucional o artigo na lei do SNUC que permite que o Executivo crie, amplie e recategorize áreas protegidas por decreto.
“Esperamos que o STF saberá defender os interesses da coletividade e os preceitos da Constituição Federal”, disse Barulio.
O professor teme o uso das MPs “para alterar os limites e categorias de unidades de conservação. Isso coloca em xeque o conjunto dessas áreas…”
O site O Eco lembra que “a ADIN de Henrique Silveira, transfere para o poder legislativo a competência para criar Unidades de Conservação.” E lembra,  “das 328 áreas protegidas federais, apenas 5 foram criadas pelo Congresso Nacional.

Licenciamento Ambiental em xeque

A presidente do Ibama, Suely Araújo,criticou o novo parecer da Lei Geral do Licenciamento Ambiental que, segundo ela, “anula uma série de temas nos quais havia acordo firmado previamente entre o Ministério do Meio Ambiente e a bancada ruralista, podendo levar a uma guerra ambiental entre os Estados da federação”.
Suely afirmou:
"Há, ainda, pontos com problemas sérios na versão do relator datada de 08/08/2017. Há imprecisões e omissões, bem como retrocessos em relação à legislação em vigor. Se a lei for aprova da com esses problemas, consideramos que será gerada insegurança jurídica, colidindo com os objetivos da Lei Geral"

ICMBio

Suely Araújo teme outro aspecto do parecer. O texto define como “não vinculante” a manifestação do ICMBio em relação ao empreendimento situado nem florestas protegidas o que pode gerar o esvaziamento das atribuições do Instituto Chico Mendes,  que fiscaliza as unidades de conservação federais. E criticou:
"Considera-se que essa situação configura um retrocesso inaceitável em relação às regras atualmente em vigor. Não se pode pretender impor ao órgão responsável pela UC um empreendimento que colida com sua gestão"

Ameaças às Unidades de Conservação: ambientalistas reagem

Amigos da Terra, Coalizão Pró-UCs, Greenpeace Brasil, ISA, Imazon, Ipam, SOS Mata Atlântica, TNC Brasil e WWF Brasil – divulgaram nota técnico-jurídica sobre essas ações.
“O Brasil vive na atualidade uma ofensiva sem precedentes às Unidades de Conservação. São inúmeros casos com pleitos para desafetar ou reduzir o tamanho de áreas ou diminuir o ‘status’ de proteção de Unidades de Conservação, além de projetos de lei e outras proposições legislativas destinadas a desconstituir o Sistema Nacional de Unidades de Conservação”.
Para Paulo Affonso Leme Machado, especialistas em Direito Ambiental,
"Há um grave risco ambiental na utilização de medidas provisórias para alterar ou suprimir uma unidade de conservação. A medida provisória tem eficácia imediata, ainda que deva ser convertida em lei, se aprovada no Parlamento. Contudo, há de ser avaliado que há efeitos de uma medida provisória que podem ser irreversíveis para o meio ambiente que se quer proteger"

Perigo das medidas: aumento do desmatamento


Na visão dos ambientalistas as medidas favorecem o desmatamento nas UCs, que tem aumentado. Depois de uma difícil queda até 2012, as taxas tornaram a subir.

 Para a ação de Henrique Silveira os ambientalistas pedem que seja declarada  “a improcedência dos pleitos lançados pelo Governador do Estado de Santa Catarina.” E para as medidas provisórias, “que sejam declaradas inconstitucionais”.
Está nas mãos do STJ.
Fontes: Mar SEm Fim via O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Eco, socioambiental.org

Aquecimento global: novo estudo preocupa + 5ºC neste século

Aquecimento global. A matéria chegou ao Brasil pela Deutche Welle, e diz que “pesquisadores afirmam que há apenas 5% de chance de aquecimento global não ultrapassar a meta de 2 graus Celsius, estabelecida pelo Acordo de Paris.”

Aquecimento global: 90% de chances de a temperatura aumentar entre 2 e 4,9 graus Celsius


O estudo, da Universidade de Washington, foi publicado pela revista Nature em junho de 2017. Pesquisadores dizem “que existe 90% de chances de a temperatura global aumentar entre 2 e 4,9 graus Celsius ainda neste século – ou seja, aquém da meta fixada pelo Acordo de Paris.”
                       É urgente diminuir as emissões. (Foto: Conserve Energy Future)

Adrian Raftery, diretor da pesquisa, informou:
"A nossa análise mostra que o objetivo de 2 graus apresenta um melhor cenário"
Para Raftery, “essa meta só será alcançada com esforços grandes e sustentáveis realizados durante os próximos 80 anos.”

Programa ambiental das Nações Unidas

A Deutche Welle destaca que, ” de acordo com o programa ambiental das Nações Unidas, cerca de 54 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa são emitidos por ano, principalmente pela queima de combustíveis fósseis. A ONU estima que essas emissões deveriam ser reduzidas para 42 bilhões de toneladas até 2030 para frear o aquecimento global abaixo dos 2 graus.”

Como chegaram à conclusão?

Estudando três aspectos importantes: “a população mundial, o PIB per capita, e a quantidade de carbono emitida por cada dólar de atividade.”

Aumento da população: impacto inferior

A DW diz que “a grande surpresa foi o fato de que o aumento da população terá um impacto inferior ao esperado. A expectativa é de que o crescimento aconteça, principalmente, na África, que utiliza menos fontes de combustíveis fósseis.”

Preocupação principal

O estudo diz  que o “xis” do problema está mesmo  “na intensidade das emissões de carbono, porque a velocidade de diminuição deste valor será crucial para determinar o futuro do aquecimento global.”

Universidade do Colorado

A DW cita outro estudo, da Universidade do Colorado, também repicado em número da Nature, junho de 2017.  Ele  “afirma que se o ritmo das emissões nos próximos 15 anos for mantido, o mais provável é que o aumento da temperatura seja de 3 graus. A pesquisa analisou a capacidade dos oceanos de absorver o carbono, o desequilíbrio energético e o comportamento das partículas finas na atmosfera.”
Robert Pincus, um dos autores, destacou:
"Esta análise é fundamental para nos entendermos e para que os políticos percebam quanto tempo temos antes de o planeta alcançar determinado limite"

Como contribuir?

Tempos sombrios pela frente…Todos teremos que dar alguma contribuição. Uma forma simples é usar menos os automóveis. Dar e usar carona, simplificar roteiros, evitar desperdício.
                           Use menos, já é um começo. (Foto: New Scientist)

Já é um começo. Como diz o programa ambiental das Nações Unidas “o principal problema é queima de combustíveis fósseis”.
(foto de abertura: Conserve Energy Future)

Fonte: João Lara Mesquita via Mar sem Fim

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Barco de pesquisa e limpeza, financiado por milionário, promete ser o maior do mundo

Barco de pesquisa e limpeza. O cara começou  como pescador. Depois, numa sensacional ascensão, tronou-se bilionário perfurando petróleo. O norueguês  Kjell Inge Røkke agora quer ajudar os oceanos. A notícia saiu pelo site norueguês www.aftenposten.no. Fomos atrás de uma tradução.

Barco de pesquisa e limpeza terá 181 metros, e equipamentos de ponta

O  colossal super iate de pesquisa  está programado para ser lançado no verão de 2020. E dará aos pesquisadores ferramentas com que eles jamais teriam sonhado.

Os equipamentos de bordo permitirão fazer medições da atmosfera. Ou até a 6.000 metros abaixo da superfície do mar – incluindo até 20 metros abaixo do assoalho marinho.

Mini submarinos e drones a bordo

Mini-submarinos e drones, aquáticos e aéreos, também estarão no navio que ainda terá um auditório e sete laboratórios.

Coletando cinco toneladas de plástico por dia, com até 60 pesquisadores a bordo

Mas esta será sua capacidade mais emblemática. Talvez a mais urgente, quando se quantifica a bárbara quantidade de plástico que anualmente vai parar nos oceanos. A Onu diz que, “entre 22% e 43% do plástico usado no mundo inteiro é descartado em aterros (Produção mundial: 310 milhões de toneladas)”, e a Ellen MacArthur Foundation alerta que “pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico- equivalentes a um caminhão de lixo por minuto vazam para os oceanos todos os anos“.

Novas manchas no Ártico e no Pacífico

Para piorar, uma nova mancha de plástico foi descoberta no Ártico. E, numa área remota do Pacífico, também foi achada outra mancha de plástico, lixo humano e químico. O tamanho da nova prova de nossa omissão é estimado em 386,100 milhas quadradas, quatro vezes o tamanho do Reino Unido, ou uma 1,5 vezes o tamanho do Texas.
O super iate do ex-pescador Kjell Røkke será capaz de coletar e derreter até cinco toneladas de plástico todos os dias sem emissões nocivas.

Quem é Kjell Inge Røkke?

Dono de 67%  das ações públicas da Aker, um conglomerado  de transporte marítimo e de perfuração offshore. Rokke começou a vender peixe de um barco em Seattle antes de retornar à sua Noruega. Ali construiu uma frota e ganhou reputação como investidor corporativo implacável.
Em 2016, sua companhia diminuiu a exposição ao setor vendendo sua participação na empresa de pesca Havsfisk, o que o tornou ainda mais rico. Seu patrimônio, de acordo com a Forbes, é de US$ 2. 7 bilhões.

“O mar me deu grandes oportunidades. Sou grato por isso “

Foi o que declarou Røkke. Ele está financiando  o projeto  de seu próprio bolso, pagando uma soma desconhecida para a compra e manutenção da embarcação, bem como mantendo uma tripulação de 30 pessoas. A equipe de pesquisa poderá contar com até 60 pessoas.
Cientistas e pesquisadores marinhos serão convidados a estudar e inovar em questões como mudanças climáticas, sobrepesca, poluição  e extração, de acordo com a proprietária Rosellinis Four-10, uma subsidiária da empresa familiar Røkke TRG.

E o cara fez bem feito!

De acordo com VARD, a fabricante, “o desempenho ambiental era importante no projeto da embarcação. O REV será equipado com um “sistema de leme de recuperação de energia, motores de velocidade média, um sistema de propulsão diesel-elétrico de transmissão direta com pacote de bateria e um sistema de limpeza de exaustão”. Um sistema de gerenciamento de energia também ajudará a equipe a diminuir a pegada de carbono”.
 

“Quero devolver à sociedade a maior parte do que ganhei”

Røkke disse à publicação Aftenposen de Oslo: “Quero devolver à sociedade a maior parte do que ganhei. Este navio faz parte disso … o mar cobre 70% da superfície da Terra e não é muito pesquisado “.

Assista ao vídeo

https://vimeo.com/215656214
 



quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Falta fiscalização nas Unidades de Conservação federais

Fiscalização no litoral brasileiro: um tremendo fiasco

Há muito o Mar Sem Fim denuncia a falta de fiscalização no litoral brasileiro. Nossa zona costeira está ao Deus- dará. Parece mentira, mas o Ibama tem apenas três barcos para fiscalizar os mais de 7.000 Km do litoral. Esta é mais uma prova  da incapacidade do Ministério do Meio Ambiente que ignora o litoral. As Unidades de Conservação federais marinhas não têm barcos! Como é possível fiscalizar sem eles??

 Balneário do Hermenegildo, RS. Casas foram construídas em cima de dunas, o que é proibido. As dunas ficaram impedidas de repor a areia da praia. As casas serão tragadas, questão de tempo.

Sem fiscalização nas Unidades de Conservação federais marinhas, sobram aberrações

Sem fiscalização acontecem aberrações como esta: arrasto na zona de arrebentação! Litoral norte paulista.

É por este motivo que a especulação imobiliária  aproveita a fraqueza e destrói os mais importantes ecossistemas como manguezais, que são aterrados para a carcinicultura, no Nordeste; ou para a construção de novos bairros das cidades costeiras, ou mesmo hotéis, condomínios, e marinas, nas outras regiões.
Carcinicultura no vale do Jaguaribe, Ceará. Onde se vê tanques de criação, havia um pujante manguezal.

Dunas e falésias também são destruídas, ou banalizadas, por construções fora da Lei. E até costões rochosos “estão à venda” por criminosos. E  isso também acontece nas (des)protegidas UCs federais marinhas.
 fiscalização no litoral: o cúmulo do absurdo: costão à venda. Ilhabela, litoral norte paulista.


fiscalização no litoral: é proibido ocupar falésias. Mas no Brasil, os ricos podem…

A falta da fiscalização, nas Unidades de Conservação federais marinhas, e a pesca

Outro problema causado pela ineficiência do Ministério do Meio Ambiente, o Ibama, e o ICMBio, diz respeito à pesca. Os defesos não são respeitados, barcos passam a rede de arrasto na zona de arrebentação; não se respeita o tamanho mínimo das espécies. Mas, quem somos nós  pra dizer isso? Ouça o depoimento dos próprios gestores.

fiscalização no litoral: os pescadores artesanais também têm sua parcela de culpa. Sem fiscalização eles praticam absurdos como este: rede na arrebentação. Praia do Cassino, RS.

O Governo Federal não tem condições de suportar as Unidades de Conservação: é preciso mudar o modelo “duela a quem duela”

Os depoimentos que você verá, são mais uma  prova  que o nosso modelo de UCs é falido. O Governo Federal não tem a menor condição de suportar as Unidades de Conservação. Além do Brasil estar quebrado, graças à corja PeTralha e suas duas (des)administrações, faltam investimentos na saúde, educação, segurança, infra-estrutura, saneamento básico, entre tantos outros. E além disso, foi aprovada na Câmera, a PEC do teto de gastos. Isso quer dizer que, se este ano o governo investiu pouco no meio ambiente, no próximo investirá menos ainda.
Mesmo que queira, o Governo Federal não terá dinheiro suficiente. Antes, será preciso uma drástica reforma na Previdência, especialmente a dos funcionários públicos, estes “brasileiros de primeira classe” com seus privilégios que o resto da nação é obrigada a pagar. O único modo é ter coragem, e mudar o modelo. Vejo algumas opções: estimular ainda mais as RPPNs (vide o exemplo da RPPN Salto Morato, um exemplo a ser seguido), fazer Parcerias Público Privadas, e passar as UCs com potencial turístico para a iniciativa privada. Algumas têm grande potencial para receber público como, entre outras, os muitos (e abandonados) Parques Nacionais Marinhos. Com o dinheiro arrecadado talvez fosse possível investir nas outras que não têm este potencial, como as ESECs, Rebios, Monas, etc.

Fonte: João Lara Mesquita via Mar Sem Fim

 


terça-feira, 1 de agosto de 2017

Processo Seletivo 2018 - Flyers

                                 Fonte: Secretaria do IO/FURG