terça-feira, 30 de abril de 2013

Treinamento do Portal de Periódicos Capes em Porto Alegre




A Capes oferece treinamento no uso do Portal de Periódicos a professores, pesquisadores, funcionários e alunos de graduação e pós-graduação das instituições participantes. Durante os eventos são realizadas apresentações sobre o Portal e palestras sobre o conteúdo assinado pela Capes, ministradas por representantes de editoras e sociedades científicas.

O próximo treinamento está agendado para o mês de maio na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, em Porto Alegre. A notícia está na página principal do sítio eletrônico do Portal de Periódicos Capes, logo abaixo do título “Treinamentos”. 

O interessado em participar do curso deverá realizar sua inscrição conforme abaixo:
1º) Acesse o Portal Periódicos Capes www.periodicos.capes.gov.br  
2º) Faça o cadastro no MEU ESPAÇO.
3º) Na página inicial do portal, acesse TREINAMENTOS, depois Treinamento do Portal de Periódicos - UFRGS .
4º) Através do cadastro no MEU ESPAÇO, é possível realizar a inscrição clicando no botão SOLICITAR INSCRIÇÃO que aparece em cor de laranja.
5º) Ou acesse diretamente:  http://www.periodicos.capes.gov.br.ez40.periodicos.capes.gov.br/?option=com_ptreinaments&mn=72&smn=82&cid=215

Confira abaixo maiores detalhes e programação do evento.

Data: 14.05.13 e 15.05.13
Local: Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Endereço: Rua Sarmento Leite, 245 - Porto Alegre/RS CEP: 90.050-170

Programação Treinamento Portal de Periódicos/Capes-2013 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS 

14/05

9h-10h30 - Portal de Periódicos da Capes 

10h30-10h40 - Intervalo 

10h40-12h - Portal de Periódicos da Capes 

12h-14h - Almoço 

14h-16h - Scopus (Multidisciplinar) (Elsevier) 

Compendex (Ciências Exatas e da Terra e Engenharias) (Elsevier) 

16h-16h10 - Intervalo 

16h10 -17h30 - Web of Science (Multidisciplinar) (Thomson Reuters) 

Endnote Web (Ciências Exatas, Engenharias, Biologia, Administração, Economia) (Thomson Reuters) 


15/05

8h30-10h - Reaxys (Ciências Exatas e da Terra, Biológicas, Ambientais, Saúde, Agrárias, Engenharias) (Elsevier) 

10h-10h10 - Intervalo 

10h10-12h - SciFinder Web (Ciências Exatas e da Terra, Biológicas, Ambientais, Saúde, Agrárias, Engenharias) (Systems Link) 

12h-14h Almoço 

14h-15h50 - Primal Pictures (Ciências Biológicas, Anatomia, Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Educação Física) (DotLib) 

Micromedex (Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Medicina, Farmácia e Farmacologia) (DotLib) 

15h50-16h - Intervalo 

16h- 17h30 - CABI- Compendium (Ciências Agrárias, Zootecnia, Medicina Veterinária) (DotLib) 

Moderm Language Association (MLA) – (Linguística, Letras e Artes) (DotLib) 

Qualquer dúvida sobre o treinamento na UFRGS poderá ser esclarecido com a bibliotecária Simone T. Przybylski, responsável pelo Portal Periódicos Capes na FURG, através do e-mail sib.portal@furg.br. 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD)




A Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) tem por objetivo integrar, em um único portal, os sistemas de informação de teses e dissertações existentes no país e disponibilizar para os usuários um catálogo nacional de teses e dissertações em texto integral, possibilitando uma forma única de busca e acesso a esses documentos.

O IBICT coleta e disponibiliza apenas os metadados (título, autor, resumo, palavra-chave etc) das teses e dissertações, sendo que o documento original permanece na instituição de defesa. Dessa forma, a qualidade dos metadados coletados e o acesso ao documento integral são de inteira responsabilidade da instituição de origem.

Tecnologia

A BDTD utiliza as tecnologias do Open Archives Initiative (AOI) e adota o modelo baseado em padrões de interoperabilidade consolidado em uma rede distribuída de bibliotecas digitais de teses e dissertações.

Nessa rede, as instituições de ensino e pesquisa atuam como provedores de dados e o IBICT opera como agregador, coletando metadados de teses e dissertações dos provedores, fornecendo serviços de informação sobre esses metadados e expondo-os para serem coletados por outros provedores de serviços, em especial pela Networked Digital Library of Theses and Dissertation (NDLTD), da Virginia Tech University http://www.ndltd.org

A BDTD opera em dois níveis de integração. Para instituições que já possuem um repositório de teses e dissertações usando tecnologia própria, o IBICT apóia tecnicamente na implementação do Protocolo OAI-PMH para que opere sobre o repositório local e gere registros de metadados em XML/mtd-br. No caso das instituições que desejam implantar suas bibliotecas digitais e se integrar à BDTD, o IBICT desenvolveu o Sistema TEDE, disponível para download em http://tedesite.ibict.br. O sistema gera bibliotecas digitais de teses e dissertações institucionais. É distribuído pelo IBICT, gratuitamente, em um pacote contendo o Sistema TEDE, a metodologia de implantação, os manuais operacionais e de usuário, a documentação e treinamento.

Ferramenta de Busca

Permite ao usuário consultar o repositório BDTD para realizar buscas simples ou avançadas, recuperando resultados resumidos ou detalhados e ter acesso ao repositório de origem da tese ou dissertação para leitura, impressão ou download do arquivo.

Para acessar a BDTD clique aqui: http://bdtd.ibict.br/

Fonte: IBICT

Teses e Dissertações em Acesso Aberto




Open Access Theses and Dissertations - OATD pretende ser o melhor recurso para encontrar teses e dissertações publicadas em acesso aberto em todo o mundo. Os Metadados são oriundos de mais de 600 faculdades, universidades e instituições de pesquisa. 

O OATD conta com mais de 1,5 milhão de teses e dissertações em seu índice, sendo que aproximadamente 262 mil dos itens são em português.

A iniciativa é do diretor de tecnologia da biblioteca da Wake Forest University, Thomas Dowling.

Acesse a OATD em: http://oatd.org/

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Projeto de universidade monitora golfinhos em Rio Grande, no RS


Projeto Botos da Lagoa envolve biólogos, oceanógrafos e alunos da FURG. Animais podem chegar a 4 metros de comprimento e pesar até 300 quilos.



O encontro das águas da Lagoa dos Patos com as do Oceano Atlântico, em Rio Grande, na Região Sul do Rio Grande do Sul, tornou-se um território sagrado para diversas espécies. É nesta região que vive um grupo de cerca de 90 golfinhos. Também chamados de botos, desde 1974 eles são identificados e monitorados por pesquisadores da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), que tentam preservar a espécie, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV.

O projeto Botos da Lagoa envolve biólogos, oceanógrafos e alunos da universidade. Desde 2005, o trabalho é feito ate três vezes a cada mês. Trata-se de um grande esforço para ajudar na preservação da espécie conhecida como nariz-de-garrafa.

Os animais parecem pequenos quando vistos de longe, mas podem chegar a quatro metros de comprimento e pesar até 300 quilos. O oceanógrafo Rodrigo Cesar Genoves é um dos participantes do projeto e, desde 2004, percorre o local monitorando a vida e os hábitos de espécie.

“Nosso intuito é sempre monitorar porque é uma região de alto impacto. Há um grande tráfego de navios e muitas indústrias associadas à área costeira. Monitorando esses animais, podemos usá-los como um fator de proteção, porque são animais carismáticos. Então, utilizando esses indivíduos, podemos proteger todo esse ambiente de uma maneira fácil”, explica Genoves.

O estuário oferece aos golfinhos fartura de alimentos, mas também uma grande ameaça: as redes de pesca. “A população que reside no estuário se mantém constante ao longo dos anos. Nós estimamos por volta de 84 indivíduos. Porém, muitas mortes têm ocorrido devido à pesca. Algumas também por mortalidade natural. Isso tem nos preocupado bastante nos últimos anos”, acrescenta o oceanógrafo.

O principal objetivo do monitoramento é a contagem de animais, mas outros dados importantes são coletados, como as marcas nas nadadeiras dorsais, que funcionam como uma identidade de cada mamífero. Vento, frio e o movimento rápido dos golfinhos exigem habilidade e um olhar muito atento dos pesquisadores.

É no laboratório do Museu Oceanográfico da Furg que as imagens coletadas em campo são analisadas. Um dos golfinhos observados tem uma marca bem específica causada por redes de pesca. É um velho conhecido dos pesquisadores. “A parte da frente da dorsal do animal ficou presa. Ele continuou nadando e foi cortando”, explica Genoves.

Entretanto, a área não oferece apenas ameaças. Dos 15 quilômetros quadrados em que os botos transitam, pelo menos 10 km são preservados por lei. É a Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre, onde os golfinhos dividem espaço com outros moradores. Localizado nos molhes da cidade de São José do Norte, na divisa com Rio Grande, o espaço é um santuário de espécies marinhas.

O coordenador do Museu Oceanográfico de Rio Grande, Lauro Barcellos, acompanha há 40 anos uma realidade que muda lentamente. “Hoje nós temos um espaço onde esses animais podem descansar e cumprir os seus ciclos de vida. Os botos já têm um lugar bastante protegido, em que não é permitida a colocação de redes, porque, como se sabe, elas têm dizimado muito a população dos mamíferos marinhos, não só aqui nessa região, mas no mundo inteiro”, diz o oceanógrafo e coordenador.

Para os especialistas que dedicam a vida à preservação dos golfinhos e de outras espécies marinhas, a consciência da população é uma aliada fundamental. “Nós precisamos permitir que os botos consigam viver, precisamos que os peixes continuem existindo, precisamos que os leões marinhos continuem descansando, porque tudo isso está relacionado com a nossa sobrevivência. Enquanto isso não estiver claro, enquanto isso não for assumido como um compromisso de cada cidadão, teremos sempre dificuldades enormes pra que a vida se perpetue para as próximas gerações”, conclui Lauro Barcellos.




Fonte: G1

Baleias 'ensinam' indivíduos da mesma espécie a caçar, diz estudo




Estudo publicado nesta quinta-feira (25) na edição online da revista “Science” sugere que um grupo de baleias-jubarte, forçado à adaptação para buscar alimento, desenvolveu uma técnica de caça que foi transmitida para diferentes indivíduos da mesma espécie.

Segundo os cientistas da Universidade St. Andrews, isto teria começado na década de 1980, na região de New England, nos Estados Unidos. Devido ao declínio de peixes arenque na região, alimento favorito desses mamíferos aquáticos, as baleias passaram a empregar uma metodologia que passou a ser utilizada por uma maior quantidade de indivíduos que viviam em uma mesma área.


O método consiste em a jubarte bater de uma a quatro vezes sua cauda na água antes de mergulhar completamente.O movimento forma uma rede de bolhas de ar na água que, especulam os cientistas, obrigaria os peixes a rumarem para a superfície do mar.

De acordo com o estudo, ao rumarem para a superfície os peixes estariam tentando se afastar das baleias, mas apenas estariam facilitando “o ataque” desses mamíferos.


Transmissão de conhecimento

De 1980 até 2007, observações feitas mostraram que cerca de 280 baleias, de um grupo de 700 animais, passaram a empregar a mesma metodologia para caçar na área próxima ao Santuário Marinho Stellwagen Bank.

O artigo sugere que essas informações comprovam o conceito de aprendizagem em rede dos animais, por meio da observação feita por um espécime. Segundo os pesquisadores envolvidos, a convivência entre indíviduos facilitaria a transmissão.

O estudo compara o método das baleias ao modo de aprendizagem empregado por humanos, que se adaptam a diferentes grupos e regras de convívio social também com a ajuda da observação.




quarta-feira, 24 de abril de 2013

Professor do IO é um dos escolhidos para receber a Medalha Biologia Marinha Brasil


O professor Jorge Pablo Castello do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (IO/FURG) foi um dos escolhidos pelos associados da Associação Brasileira de Biologia Marinha (ABBM) para receber a Medalha Biologia Marinha Brasil. O prêmio é uma distinção criada pela ABBM para prestigiar pesquisadores que tenham oferecido grandes contribuições ao desenvolvimento da Biologia Marinha no Brasil ao longo de suas carreiras. Entre elas: descobertas, desenvolvimento de métodos, formação de recursos humanos qualificados, liderança científica e/ou administrativa em suas instituições, publicações e divulgação da biologia marinha à sociedade.

A entrega da medalha ocorrerá no dia 21 de maio, às 19h, durante o 4º Congresso Brasileiro de Biologia Marinha que será realizado entre os dias 19 e 23 de maio em Florianópolis – SC (http://www.abbm.net.br/congressos-da-abbm/cbbm). O professor Jorge Pablo Castello também foi convidado pela associação para proferir uma palestra representativa sobre a trajetória profissional dele.

Outras informações pelo site da ABBM www.abbm.net.br

terça-feira, 23 de abril de 2013

A preciosa lama do mar




Por Carlos Fioravanti
Revista Pesquisa FAPESP – Do Alpha-Crucis – O mar está agitado e o navio balança muito nesta manhã de segunda-feira, 25 de fevereiro. As ondas entram no convés. Quatro homens de capacete branco e cobertos de água salgada puxam o cabo de aço com uma estrutura piramidal que oscila antes de assentar na superfície vermelha do convés. A pirâmide metálica finalmente traz 12 cilindros transparentes com uma amostra generosa da lama a 121 metros de profundidade, ao largo da ilha de São Sebastião, litoral norte paulista. Na tentativa anterior, a 47 metros, os cilindros trouxeram apenas água e areia, sem a desejada lama que 19 pesquisadores do Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo buscaram durante nove dias em um cruzeiro no navio de pesquisa oceanográfica Alpha-Crucis.

Cada um por vez, Edilson de Oliveira Faria, Marcelo Rodrigues, Rodolfo Jasão Dias e Gilberto Dias carregam os cilindros e os depositam em uma caixa plástica. A lama que trazem é fina, grudenta, verde-escura, de cheiro desagradável. “É perfeita!”, comemora Till Hanebuth, professor da Universidade de Bremen, Alemanha, sentindo-a entre os dedos.

“O que é apenas lama para a maioria das pessoas tem muito significado para nós”, diz Michel Mahiques, diretor do instituto e coordenador científico da primeira parte da expedição, de 20 a 24 de fevereiro, centrada na identificação de lugares para a coleta de sedimentos em diferentes profundidades, realizada nos quatro dias seguintes.

“É o sedimento lamoso, como chamamos, que vai fornecer os melhores registros da história climática, ambiental e evolutiva de uma região.” Em estudos anteriores, as análises de sedimentos ajudaram a definir a variação do clima dos últimos 10 mil anos no litoral paulista e dos níveis de poluentes em Santos e em Iguape nos últimos 100 anos.

Por definição, essa massa de modelar que vem do fundo do mar é uma mistura de grãos com diâmetro inferior a 62 micrômetros, menor que o da areia. “Partículas de rochas ou de sal, restos de esqueletos, qualquer material pode formar a lama”, diz Samara Goya, técnica do IO e professora universitária em Santos. “A lama funciona como uma esponja, atraindo elementos químicos ou organismos dispersos na água. A areia tem uma estrutura fixa e não atrai outros materiais.”

O objetivo da viagem é identificar depósitos ou fluxos de lama, cujos elementos devem ajudar a reconstituir o ambiente e o clima regional, as correntes marinhas e a evolução do oceano Atlântico Sudoeste nos últimos 7 mil anos. O cruzeiro faz parte de um dos projetos apoiados pela Pró-Reitoria de Pesquisa por meio do programa Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAPs) e reúne pesquisadores do IO, do Instituto de Geociências e do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.

“Esta é a nossa primeira expedição de cunho essencialmente geológico que ultrapassa os limites da plataforma continental desta região”, diz Michel, que prefere ser chamado pelo primeiro nome. Até agora, por falta de equipamentos adequados, era possível coletar sedimentos no máximo a 150 metros de profundidade.

“O Alpha-Crucis nos permite ir mais longe, mais fundo e com mais conforto que o Besnard”, ele diz, referindo-se ao navio Professor Besnard, desativado desde 2008. No dia 28, depois de percorrer quase 2 mil quilômetros, o Alpha-Crucis atracou em Santos, ao lado do antigo navio, com centenas de amostras de sedimentos de até 1.400 metros de profundidade.

“De onde vêm os sedimentos encontrados ao norte de São Sebastião? Não sabemos”, inquieta-se Michel. Os rios que deságuam nessa região são pequenos e aparentemente incapazes de transportar tanta areia e lama. Ao sul, a situação parece mais clara. Em trabalhos anteriores, Michel e outros pesquisadores do Instituto Oceanográfico concluíram que o rio da Prata, a quase 2 mil quilômetros de distância, deve ser a principal fonte da lama que chega até o sul da ilha de São Sebastião, empurrada pelas correntes marinhas.

De imediato, o mapeamento do fundo do mar realizado nos primeiros quatro dias de viagem forneceu indicações sobre a estabilidade do assoalho marinho, essencial para a extração de petróleo e gás natural, e sobre a possibilidade de escorregamentos de depósitos de sedimentos, que podem gerar tsunamis. Em 2002, uma massa enorme de sedimentos escorregou e empurrou o mar da costa da ilha de Stromboli, na Itália, causando um tsunami e agravando os efeitos de uma erupção vulcânica. Aparentemente, essa possibilidade é remota no litoral paulista.

Com base nas informações sobre o fundo do mar, Michel concluiu que uma hipótese sobre a movimentação de sedimentos da costa para o oceano neste trecho do litoral, que ele havia apresentado em 2004 com base em amostras de superfície, poderia estar mesmo correta.

“Agora estamos vendo efetivamente a migração de sedimento da costa para o fundo”, comenta. “Passamos por uma série de vales e canais, alguns com 5 quilômetros de largura e 160 metros de profundidade, que podem ter a função de receber e distribuir sedimentos.” Os gráficos sobre a variação da espessura e da consistência das camadas de areia e lama indicavam que o talude – a região mais profunda além da plataforma continental – tinha a forma de um anfiteatro, com o palco nas regiões mais profundas, como ele havia previsto.


Portal do Livro Aberto


Já está no ar o Portal do Livro Aberto, que tem por objetivo reunir, divulgar, preservar e dar visibilidade a publicações oficiais em ciência, tecnologia e inovação. Projeto viabilizado por meio de apoio financeiro da Finep, o portal é mais um serviço do IBICT aberto à sociedade, e que hoje conta com a parceria de diferentes órgãos dos poderes Executivo e Legislativo.

Nessa primeira fase, estão contempladas publicações sobre temas atuais como: Tecnologias da Informação e Comunicação, Fármacos e Complexo Industrial da Saúde, Petróleo e Gás, Complexo Industrial da Defesa, Aeroespacial, Nuclear, Biotecnologia, Nanotecnologia, Energia Renovável, Biodiversidade, Mudanças Climáticas, Oceanos e Zonas Costeiras Popularização da C,T&I, Melhoria e Ensino de Ciências, Inclusão Produtiva e Social e Tecnologias para Cidades Sustentáveis.

Em uma segunda fase, serão incluídas publicações oficiais em temas tratados em políticas de ciência e tecnologia de períodos anteriores, assim como aqueles tratados nas demais políticas públicas que tenham interface com a ciência e tecnologia em geral.

Acesso ao Portal do Livro Aberto: http://livroaberto.ibict.br 

Fonte: IBICT

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Estudo propõe monitoramento dos ecossistemas costeiros marinhos





Pesquisadores de países latino-americanos – incluindo o Brasil – e europeus publicaram um artigo na revista Global Change Biology no qual dão uma série de recomendações para o desenvolvimento de uma agenda científica e política sobre os impactos das mudanças ambientais e climáticas globais e regionais em ecossistemas costeiros marinhos na América Latina.

De acordo com os autores, na região há uma grande variedade de habitats bentônicos (formados por organismos que vivem nos substratos marinhos), muitos dos quais com grande biodiversidade e prioritários para ações de conservação (hotspots). Entre eles, há enormes camadas de rodolitos (recifes de algas calcárias), além de manguezais, bancos de gramíneas marinhas e recifes de coral no oceano Atlântico Tropical com um grande número de espécies endêmicas (próprias).

Esses habitats marinhos são extremamente importantes para os moradores de áreas costeiras da América Latina, que dependem da qualidade ambiental marinha para o desenvolvimento de atividades econômicas como a pesca e o turismo.

Segundo os autores do estudo, é preciso protegê-los, principalmente em um momento de rápidas mudanças ambientais e climáticas e ante problemas sociais, como a urbanização descontrolada na região, que se somam a pressões como poluição aquática, sobrepesca e perda ou fragmentação de habitats.

“Há vários grupos que estudam os impactos das mudanças climáticas, em especial no Brasil. Mas isso não ocorre na mesma escala em outros países das Américas do Sul e Central”, disse Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) e primeiro autor do artigo, à Agência FAPESP.

Turra coordena atualmente a Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros(ReBentos), apoiada pela FAPESP no âmbito de um acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para consolidação do Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (Sisbiota).
Vinculada à Sub-Rede Zonas Costeiras da Rede Clima (MCT) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC), o objetivo do projeto, lançado no início de 2011, é instituir uma rede integrada de estudos dos habitats bentônicos do litoral brasileiro a fim de detectar efeitos das mudanças ambientais regionais e globais sobre esses organismos e iniciar uma série histórica de dados sobre a biodiversidade bentônica na costa brasileira.
“A ideia é estabelecer sítios de monitoramento ao longo da costa brasileira, a serem observados durante muito tempo”, explicou Turra. A rede reúne 120 bentólogos de 14 estados brasileiros, voltados ao estudo dos impactos das mudanças ambientais e climáticas em habitats costeiros marinhos.
Na avaliação de Turra e de outros autores do artigo, a ReBentos e outras redes similares na América Latina, como o Grupo Sul-Americano de Pesquisa de Ecossistemas Costeiros (Sarce), representam iniciativas de monitoramento contínuo de habitats de ecossistemas costeiros marinhos que devem ser replicadas em outros países da região, para preencher lacunas críticas no conhecimento sobre o impacto das mudanças climáticas.
“A aplicação sistemática de protocolos padronizados de monitoramento, adaptados para cada habitat, escala, nível de organização e diferentes condições oceanográficas é essencial para documentar a degradação, fragmentação ou perda de habitats costeiros marinhos”, destacam os autores no artigo.
“É preciso espalhar essas ações experimentadas e testadas a outros países da região por meio de projetos locais já em curso e construir uma base de dados com acesso aberto a informações sobre o estado atual e previsões de mudanças em habitats em níveis local, regional e global”, indicam.

Áreas prioritárias de ação
Segundo os autores do estudo, os esforços iniciais de monitoramento de habitats costeiros devem ser centrados em locais que já sofrem pressões prejudiciais imediatas, como os recifes de coral do Caribe nos quais se registra o branqueamento (morte dos pólipos responsáveis pela formação do recife), associado ao aquecimento dos oceanos.
Já a acidificação (diminuição do pH e aumento da acidez) dos oceanos não só ameaça degradar as maiores camadas de rodolitos do mundo, existentes na costa brasileira, mas pode reduzir a capacidade de organismos marinhos, como crustáceos, mexilhões e ostras, de produzirem conchas – colocando em risco a aquicultura e a segurança alimentar de comunidades ribeirinhas, salientam os autores.
Os pesquisadores fazem a ressalva, no entanto, de que são necessários estudos para comprovar a associação desses problemas ambientais às mudanças climáticas.
“Discutimos essas questões teoricamente, porque ainda não temos muita base do diagnóstico inicial – o chamado baseline – dos ecossistemas marinhos para entender como eles eram e constatar as mudanças pelas quais passam. Por isso, precisamos acompanhar esses organismos por muito tempo”, disse Turra.
Outra preocupação dos especialistas é o impacto de eventos climáticos extremos – que tendem a ser mais frequentes com as mudanças climáticas globais – sobre ecossistemas marinhos (como manguezais) com papéis importantes na proteção da linha de costa, sujeitas ao regime de marés e à energia das ondas.
Os pesquisadores chamam a atenção para a necessidade de um sistema de alerta a eventos climáticos extremos em comunidades costeiras – mais expostas às intempéries da natureza.
“O aumento da frequencia e da magnitude de tempestades associado com a elevação da energia das ondas do mar pode comprometer a linha de costa e causar impactos em edificações e construções. Um exemplo disso, embora não comprovadamente associado às mudanças climáticas, foram os impactos sofridos pelo Porto de Itajaí, em Santa Catarina, em 2008”, exemplificou Turra.

Contribuição para o AR5
O artigo publicado na Global Change Biology é resultado do workshop “Evaluating the sensitivity of Central and South American benthic communities to global environmental change”, realizado no fim de abril de 2012, em Ilhabela, no litoral de São Paulo, sobre como os países das Américas Latina e Central devem se preparar para as mudanças ambientais globais.
Organizado por Flávio Berchez, professor do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), membro da ReBentos e um dos autores do artigo, por Turra e outros pesquisadores, o workshop reuniu cientistas de dez países latino-americanos e de três países europeus.
“Estudiosos dos ecossistemas marinhos apontam a falta de pesquisas na América Latina com abordagens importantes, como as destacadas no artigo, para se chegar a conclusões sobre os impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas, como outros países já fazem”, contou Marcos Silveira Buckeridge, professor do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da USP. “Por conta disso, sugeri o workshop e que o evento resultasse em um artigo reunindo essas informações para reportá-las ao IPCC.”
Buckeridge é um dos relatores do capítulo 27 do próximo relatório do Painel Intergovernamental de Ciências Climáticas (IPCC) – o AR5 –, previsto para ser publicado em 2014. O capítulo trata dos efeitos das mudanças climáticas nas Américas Latina e Central.
De acordo com Buckeridge, o artigo será submetido à avaliação dos relatores do capítulo 27 do AR5 na próxima reunião do grupo de cientistas, em julho na Eslovênia.
O artigo Global environmetnal changes: setting priorities for Latin American coastal habitats(doi: 10.1111/ gcb.12186), de Alexander Turra e outros, pode ser lido em onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/gcb.12186/abstract

Fonte: Agência FAPESP, por Elton Alisson


Professor de Oceanografia da Bangor University realiza palestra na FURG


O professor sênior e diretor do curso de Oceanografia da Bangor University, Ian McCarthy, realizará palestra nesta quarta-feira (17), às 16h30min, na sala Estuários do Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro. A palestra trata da realização de estudos internacionais e será ministrada em inglês para todas as áreas do conhecimento.

Fundada em 1884, a Universidade Bangor (Bangor University) recebe mais de 9 mil estudantes e possui 26 escolas acadêmicas, agrupadas em seis faculdades: de Artes e Humanas, Business, Ciências Sociais e Direito, Educação, Ciências Naturais, Saúde e Ciências Comportamentais e Física e Ciências Aplicadas. Localizada na cidade de Bangor, no norte do País de Gales, a universidade tem diversas instalações e recursos, incluindo um navio para pesquisas no oceano, laboratórios de nanotecnologia e um centro ambiental. Confira o cartaz da palestra abaixo.


Fonte: Página da FURG

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Marinha finaliza obra de estação brasileira provisória na Antártica


A Marinha do Brasil finalizou na última semana de março a construção de um complexo provisório na Antártica que vai abrigar cientistas e militares na Estação Comandante Ferraz. Os chamados Módulos Antárticos Emergenciais (MAEs) substituem a infraestrutura destruída por um incêndio em fevereiro de 2012 que causou a morte de dois militares.

O início da construção foi acompanhado pelo G1, que acompanhou uma expedição da Marinha feita entre 03 e 12 de fevereiro rumo ao continente gelado. A viagem integrava a 31ª edição da Operação Antártica (Operantar).

Segundo a instituição, os módulos são compostos por seis dormitórios, uma enfermaria, uma cozinha, além de refeitório, escritório e um laboratório. Há ainda dois contêineres destinados para o tratamento de esgoto, três para geração e distribuição de energia e mais um para o fornecimento de água potável.
Direto da Antártica, o comandante Paulo César Galdino de Souza, chefe da Estação Comandante Ferraz, disse ao G1 por telefone que ele e mais um grupo de 14 militares já estão abrigados na construção, que foi finalizada em 25 de março.

Galdino está na estação desde novembro passado, quando foi iniciada a remoção dos destroços, e deve permanecer até novembro de 2013. Segundo a Marinha, foram retiradas cerca de 800 toneladas de material afetado pelo incêndio do ano passado, que foram trazidos ao Brasil pelo navio Germânia para ser descartados.

“Durante o tempo que ficarmos aqui, vamos fazer a manutenção dos módulos, monitorar a geração de energia, de água, e fazer parte da presença do Brasil na Antártica. Neste período [o chamado inverno antártico], nenhum navio virá aqui, já que o mar congela. Os suprimentos são lançados de paraquedas com a ajuda de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)”, explicou o militar.



Reconstrução

Entre novembro de 2012 e março de 2013, cerca de duzentos homens, sendo cem em terra, trabalharam diariamente no processo de desmontagem da antiga estação e construção do MAE. O conjunto de contêineres abrigará pesquisadores e militares por um período mínimo de cinco anos, até que saia do papel o projeto do novo complexo brasileiro no continente.

A obra foi realizada onde funcionava o heliporto da estação. De fabricação canadense, os módulos foram adquiridos por licitação emergencial e custaram R$ 14 milhões, montante que serviu para cobrir os produtos e a operação logística.

O novo abrigo foi montado na África do Sul e no Canadá, sendo unificado posteriormente em Buenos Aires, na Argentina. De lá, foi levado de caminhão até Punta Arenas, no Chile, onde embarcou no navio San Blás até a estação brasileira no continente gelado.

De acordo com a Marinha, a nova construção tem um sistema mais eficaz contra incêndio.

O comandante Paulo César Galdino de Souza, chefe da Estação Comandante Ferraz, explica que, além de portas corta-incêndio, foram instalados na cozinha do módulo e na casa de máquinas, onde estão os geradores que funcionam com um diesel especial para uso no frio, dispositivos para extinção de incêndio que podem ser acionados remotamente. Há ainda no local conexão à internet, acesso à telefonia móvel e à TV a cabo.

Os MAEs poderão ser reaproveitados pelo governo brasileiro na Antártica após a construção do novo complexo, que substituirá a estação destruída.

O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), que com a Marinha organiza um concurso público para escolher o melhor projeto de arquitetura destinado à construção da nova estação militar e científica do país no Polo Sul, divulgou nesta semana que contabiliza o envio de 74 projetos. O vencedor deve ser anunciado ainda este mês.

Segundo a Marinha, a reconstrução está prevista para começar no verão de 2013/2014. A nova infraestrutura destinada aos militares e cientistas brasileiros deve ter cerca de 3.300 m² de área construída e capacidade para abrigar até 65 pessoas por vez. O investimento será de R$ 100 milhões.

Incêndio destruiu parte de pesquisas

De acordo com o coordenador de projetos científicos do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), Jefferson Simões, 40% das investigações brasileiras realizadas na estação foram destruídas pelo incêndio.
Com o fim da construção da instalação provisória, é provável que as pesquisas sejam integralmente retomadas no próximo verão, de 2013 para 2014.

As investigações científicas realizadas pelo Brasil na Antártica podem ajudar no serviço de meteorologia, na previsão de frentes frias e no impacto que elas causam em atividades agropecuárias do país.

Ao mesmo tempo, os estudos ajudam a entender os efeitos da mudança climática global, provocada pelo excessivo lançamento de gases causadores do efeito estufa, responsáveis por aquecer o planeta e provocar um acelerado degelo da região.

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), são atendidos atualmente 21 projetos de pesquisa. Entre 2000 e 2012, foram destinados ao Proantar pela pasta de ciência o montante de R$ 144 milhões.


Fonte: G1

Degelo antártico no verão está mais rápido que em 600 anos, diz estudo




O degelo da Antártica durante os verões está dez vezes mais rápido atualmente do que há 600 anos, aponta um estudo internacional publicado neste domingo (14) na revista “Nature Geoscience”.

Ainda segundo a publicação, o derretimento do gelo se acelerou nos últimos 50 anos.

Para obter detalhes a respeito das transformações na Antártica, os cientistas perfuraram calotas da ilha James Ross, no norte do continente, a 364 metros de profundidade. O objetivo era medir as temperaturas de centenas de anos que ficaram registradas no gelo.

De acordo com a agência de notícias France Presse, os cientistas verificaram que camadas sucessivas nas amostras revelaram um movimento de degelo e congelamento.

“Constatamos que há 600 anos as condições eram mais frias na Península Antártica e havia uma menor quantidade de gelo derretido”, explicou Nerilie Abram, da organização britânica British Antarctic Survey. “Naquela época, a temperatura era, aproximadamente, 1,6º C menor do que as temperaturas registradas no fim do século 20. Além disso, quantidade de neve que derretia a cada ano e depois voltava a congelar era de 0,5%. Hoje, essa quantidade de neve que derrete a cada ano é dez vezes maior”, complementa Abram.

Embora as temperaturas tenham aumentado ao longo de centenas de anos, o degelo na Antártica foi intensificado a partir da metade do século 20, aponta o estudo. Isto significa que, segundo os cientistas, o aquecimento do continente antártico alcançou um nível crítico que mesmo as ligeiras elevações de temperatura podem causar uma forte aceleração no degelo.

Fonte: G1









segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ferramenta auxilia a identificar revistas para publicação de artigos


Agência FAPESP – A escolha de um periódico para publicar um trabalho representa a maior dificuldade enfrentada hoje por pesquisadores da China – país que registra uma das maiores taxas de crescimento de produção científica no mundo – durante o processo de preparação de artigos científicos.
A constatação é de uma pesquisa realizada com 333 cientistas chineses que publicam regularmente pela Edanz Group – consultoria que auxilia pesquisadores de países não falantes de língua inglesa a obter a aceitação de publicação de seus textos em revistas internacionais.
Ao serem questionados sobre qual o principal obstáculo que identificam durante a redação de um artigo científico para publicação, 118 pesquisadores chineses responderam que era escolher uma revista científica.
Outros 70 participantes da pesquisa afirmaram ter dificuldade de expressar claramente suas ideias em inglês – a língua “oficial” da ciência. Já 73 pesquisadores chineses indicaram ter problemas para compreender a orientação do periódico para os autores. E 63 disseram ter dificuldade para formatar seus artigos de acordo com as diretrizes para os autores.
“Identificar um periódico para publicar seus artigos ainda representa um problema para pesquisadores não só da China, mas também de outros países”, disse Daniel McGowan, diretor científico da Edanz Group.
McGowan participou, no dia 21 de março, do workshop “How to Write for and Get Published in Scientific Journals – Conselhos práticos de como publicar exitosamente seguindo normas internacionais na área de comunicação científica”, realizado pela FAPESP e pela Springer Brasil.
A fim de facilitar esse processo de identificação de periódicos, a empresa lançou uma ferramenta gratuita, disponível na internet, que identifica boas opções de revistas para publicação de artigos científicos específicos.
Ao digitar o resumo, ou frases-chave (ou amostra do texto no campo principal do programa), ela fornece uma lista de periódicos que publicam em áreas relacionadas ao tema da pesquisa relatada no artigo.
Os usuários do serviço podem refinar os resultados da busca com base em critérios que julgam ser importantes para publicações nas quais gostariam de publicar seu artigo, como frequência de publicação, fator de impacto e modelo de publicação e até acesso aberto.
O programa também fornece informações básicas sobre as publicações indicadas e uma lista de artigos relacionados ao tema pesquisado que a revista científica tenha publicado recentemente.
Com base nesse conjunto de informações, resta ao usuário visitar o site das publicações pelas quais se interessou para sacramentar a decisão de onde apresentar seu artigo.
“Muitos pesquisadores não levam em conta o perfil de leitor de uma determinada publicação ao submeter um artigo, por exemplo, o que é uma questão importante, que pode determinar a aceitação ou rejeição do artigo”, disse McGowan.
Avaliação
Uma das dicas dadas pelo especialista à plateia que lotou o auditório do Espaço Apas, foi basear a seleção de um periódico para publicar em uma avaliação honesta de seu artigo – incluindo aspectos relacionados à novidade apresentada pela pesquisa, à sua relevância e aos possíveis impactos na área.
“É preciso avaliar os reais avanços apresentados por suas pesquisas em comparação com o que já foi publicado”, disse McGowan. Para estimar o apelo da pesquisa, devem ser questionadas quais as reais aplicações da descoberta e se elas se estendem a outras áreas.
“Na área médica, por exemplo, algumas das questões possíveis para avaliar a relevância de um estudo científico são: quão comum é o problema ou a doença pesquisada? Ela atinge uma população específica ou é restrita a uma determinada região geográfica?”, afirmou McGowan.
De acordo com o especialista, parte das razões para a rejeição de um artigo pelas revistas científicas está relacionada a requisitos desconhecidos do periódico, problemas com as citações, fundamentação, objetivo e apresentação de dados da pesquisa, além de gramática e estilo de redação pobre e escolha inapropriada do periódico. 

Fonte: Por Elton Alisson - Agência FAPESP

Convite para Palestra "Circulação costeira do Atlântico Sudoeste a partir de altimetria por satélite"

O Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Física, Química e Geológica convida para palestra:

Tema: Circulação costeira no Atlântico sudoeste a partir de altimetria por satélite
Palestrante: Dr. Martin Saraceno (Universidade de Buenos Aires)
Data: 09/04/2013 (Terça-feira)
Local: Sala 3105 - Pavilhão 3 - FURG Campus Carreiros
Horário: 15 h.


Sea surface height variability in the southeastern South American continental  shelf between 27º S e 40º S

Dr. Martin Saraceno
Centro de Investigaciones del Mar y la Atmosféra (CIMA/COCINET - Universidad de Buenos Aires), DCAO/FCEN, UMI IFAECI/CNRS
Faculdad de Ciencias Exactas y  Naturales, Universidad de Buenos Aires
Intendente Güiraldes 2160,  Ciudad Universitaria, Pabellón II, 2do piso
Ciudad Autonoma de Buesnos Aires, C1428EGA, Argentina

Abstract:

Recent improvements in satellite data correction terms are encouraging studies of the remote sensed Sea Surface Height (SSH) progressively closer to the coast and over shallow continental shelves. In this presentation I will describe and discuss the SSH trend and variability at seasonal and interannual times scales in the South American continental shelf influenced by Río de la Plata estuary and the Patos Lagoon fresh water. Results show that, at those scales, altimetry data compare very well to in-situ observations. The spatio-temporal coverage of the gridded altimetry SSH data allows to identify several variability patterns in the region and the associated physical processes. On seasonal times scale, the combination of the solar radiation and wind forcing cycles accounts for up to 98% oh the variability. Seasonal wind's variability is responsible for a difference of up to 20 cm between the southern (Argentinean) Río de la Plata estuary coast and the Uruguayan and southern Brazilian coasts. On interannual time scales, positive/negative SSH anomalies are highly correlated with El Niño/La Niña events. Finaly, a significant positive trend of up to 5 mm yr-¹ is found in all the study area except in the region around the Patos Lagoon (Brazil) and part of Rìo de la Plata. Besides, the local relevance of the results, this study indicate that satellite altimetry data are accurate enough to unveil SSH spatio-temporal patterns close to the coast and over continental shelves in the mentioned time scales.




terça-feira, 2 de abril de 2013

Curso sobre Cultivo de Camarões Marinhos será realizado em abril


A edição de 2013 do curso "Cultivo de Camarões Marinhos em Sistema de Bioflocos", ministrado pela equipe do Projeto Camarão, da Universidade Federal do Rio Grande, ocorrerá entre os dias 23 e 25 de abril de 2013. O encontro, que tem como público alvo produtores e empresários do ramo, será realizado na Estação Marinha de Aquacultura da FURG.

Assim como nas duas edições realizadas no final de 2012, o curso contará com aulas teóricas e práticas, englobando os pontos-chave para o entendimento do cultivo. Inscrições e demais informações devem ser solicitadas somente pelo e-mail projetocamaraobft@gmail.com. As vagas são limitadas.


Plâncton marinho pode absorver duas vezes mais carbono

Trabalho publicado recentemente na Nature Geoscience demonstra que organismos planctônicos que vivem perto da superfície são mais ricos em carbono do que previamente assumido. Isso significa que esses organismos podem incorporar muito mais gás carbônico, e em épocas de aquecimento global, representa uma captura muito maior de CO2. O trabalho mostra uma clara tendência latitudinal na quantidade de carbono das células de plâncton.  

O artigo, intitulado "Strong latitudinal patterns in the elemental ratios of marine plankton and organic matter" está disponível em:



1 milhão de observações nos oceanos

Em 1999, um pequeno grupo de oceanógrafos traçou um plano para criar uma matriz de perfiladores para monitorar o estado dos 2 km superficiais do oceano global. O objetivo inicial era manter uma rede de 3.000 unidades, em áreas livres de gelo, fornecendo dados em tempo real e de alta qualidade para sustentar uma nova geração de modelos climáticos e oceânicos. O programa foi chamado Argo.

Ao final de 2007, a meta de 3.000 flutuadores foi atingida. E, ao final de 2012, a marca simbólica de 1 milhão de perfis foi alcançada, apesar da crise econômica mundial.

Flutuadores Argo reúnem perfis de temperatura e salinidade (juntamente com informações sobre o movimento da água subterrânea) à impressionante taxa de 1 perfil aproximadamente  a cada 4 minutos (360 perfis por dia ou 11 mil por mês).

Para colocar essa conquista em contexto, desde o início da oceanografia de mar profundo, no final do século 19, os navio recolheram pouco mais de meio milhão de perfis de temperatura e salinidade a uma profundidade de 1 km, e apenas 200 mil a 2 km.

Em sua curta vida, o conjunto de dados Argo tornou-se um pilar essencial para a modelagem do clima e dos oceanos, e para nossa compreensão dos oceanos e do seu papel no clima da Terra. E, o mais importante, é que todos os dados Argo são disponibilizados gratuitamente.

Informações adicionais em:
http://www.ioc-goos.org/index.php?option=com_content&;view=article&id=396%3Aargo-collects-its-one-millionth-observation&catid=1%3Alatest-goos-news&Itemid=48&lang=en%20



Professora do IO - FURG participa do Seminário Interno do Programa Nacional de Dragagem II

Professora Elisa Helena Fernandes (IO - FURG) participou do Seminário Interno SEP/PR- Programa Nacional de Dragagem II, organizado pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República, nos dias 20 e 21 de março de 2013, em Brasília. O desenvolvimento do Programa Nacional de Dragagem II tem como objetivo principal garantir o aprofundamento, manutenção das profundidades alcançadas e da sinalização náutica por um período de até 10 anos. No evento foram discutidos temas relevantes como levantamentos hidrográficos, questões ambientais, modelos de contratação e gerenciamento de obras, dentre outros.