segunda-feira, 31 de julho de 2017

Primeiro navio de ensino do país será usado por alunos da Furg no Sul do RS

O primeiro navio de ensino do país chegou neste sábado (29) a Rio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul, onde será usado por universitários da área de ciências do mar da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). As aulas na embarcação devem começar em dois meses.
Com 32 metros de comprimento e capacidade para 26 tripulantes, o "Ciências do Mar I" servirá como laboratório para estudantes universitários do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná realizarem pesquisas em alto mar.
"Se constatou que havia a necessidade de meios flutuantes para capacitar os estudantes na área de Ciências do Mar. Foi feito um estudo sobre as embarcações disponíveis no país e se chegou à conclusão de que elas eram inadequadas para essa finalidade", explicou o oceanógrafo Luiz Carlos Krug.
As salas não têm os equipamentos de estudo, que serão levados por cada grupo de trabalho que ocupar a embarcação. "Pedimos para os estudantes operarem todos os equipamentos, manusearem os equipamentos, coletarem as amostras, saberem como se guarda as amostras e principalmente o ambiente a bordo. E eu posso garantir que ninguém no mundo faz isso", diz o oceanógrafo Danilo Calazans.
A reitora da instituição, Cleuza Dias, exaltou o uso da embarcação no ensino. "Queremos vivenciar essa experiência. Temos o compromisso de acompanhar os nossos estudantes na primeira saída", afirmou. 
Para os professores Luis Carlos Krug e Danilo Calazans, do Instituto de Oceanografia (IO) da FURG, que apresentaram o projeto à Reitoria e posteriormente ao MEC, o momento não poderia ser mais importante. Krug lembra que esse é o maior projeto que a universidade já comandou, pela abrangência e também pelos valores envolvidos, cerca de R$ 45 milhões entre os quatro navios. “E respondemos à altura”, afirmou, destacando o trabalho coletivo que permite a entrega do LEF ao mundo acadêmico e científico.
Conforme os professores, outro desafio começa agora, que é organizar a embarcação para as atividades de ensino no mar, cuidar da agenda entre universidades e da manutenção das embarcações. O MEC já destinou, este ano, R$ 10 milhões para o custeio do programa. “Temos que fazer valer o que a sociedade nos paga para formar novos profissionais”, dizem os docentes. O “Ciências do Mar I” será cadastrado junto às autoridades marítimas, para em seguida formar sua tripulação definitiva.

O LEF “Ciências do Mar”
Segundo o comandante do “Atlântico Sul”, Rafael Gautério da Silva, que acompanhou a primeira viagem do “Ciências do Mar I”, trata-se de uma boa embarcação, dentro da categoria e do objetivo ao qual se destina. “Se portou muito bem na viagem”, disse ele. O barco tem 32m de comprimento total (quatro a menos que o “Atlântico Sul”), é equipado com dois motores de 450 BHP de potência cada um, de fabricação nacional. Atinge velocidade máxima de 11,4 nós, podendo manter uma velocidade de cruzeiro de 10 nós, com grande economia de combustível.
Dispõe de dois laboratórios e instrumentos científicos, com receptores instalados em carenagens no fundo do casco, para pesquisas nas camadas submersas do oceano e o leito marinho. Possui cinco guinchos e um guindaste, de capacidades diferentes, destinados a lançar e recolher coletores de amostras e efetuar operações de pesca. Tem acomodações para 26 pessoas, entre alunos, professores e tripulantes.




Fonte: Site da Furg /G1 RS


quarta-feira, 26 de julho de 2017

Pesquisa analisa dados reprodutivos de tartarugas de couro no Espírito Santo



Lili e a Dermô

Uma pesquisa que durante duas temporadas reprodutivas monitoradas pelo Projeto TAMAR, de 2015 a 2017, marcou 21 fêmeas de tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) e acompanhou os ovos até o nascimento dos filhotes inicia a etapa de análise de dados. Termômetros instalados nos ninhos serviram para saber a temperatura durante a incubação, amostras de tecido e ovo coletadas terão análises de isótopos estáveis. As informações reunidas na tese de doutorado da bióloga Liliana Colman, com previsão de defesa no fim de 2018, vão contribuir para elucidar questões sobre ecologia alimentar e migrações das tartarugas de couro, a espécie de tartaruga marinha mais ameaçada de extinção.

O Projeto TAMAR no Espírito Santo protege as praias de desova de tartarugas marinhas, desde 1982. As análises em andamento e resultados preliminares da pesquisa indicam que o monitoramento sistemático realizado no estado a partir de 1988 mostra resultados positivos para a recuperação dessa espécie. Nos últimos 30 anos, mais de 130 fêmeas foram marcadas e 57.000 filhotes de tartaruga-de-couro foram protegidos pelo TAMAR. “Mesmo com tanto esforço, devido ao pequeno tamanho populacional e distribuição geográfica restrita das desovas da espécie, juntamente com a emergência de novas ameaças – desenvolvimento costeiro, interação com pescarias, mudanças climáticas e poluição marinha – a população de tartarugas de couro que desova no Brasil continua em perigo de extinção”, diz a Liliana.


https://www.youtube.com/watch?v=4dV8LYw2W3g


O estudo conta com a parceria do TAMAR no Espírito Santo e pesquisadores do Marine Turtle Research Group (MTRG), na University of Exeter no Reino Unido, com financiamento do Programa Ciência sem Fronteiras do Governo Federal.

A próxima etapa da pesquisa, a partir de outubro de 2017, em parceria com o Programa GEFMar do Ministerio do Meio Ambiente, vai estudar o deslocamento das tartarugas de couro através de monitoramento por satélite. Quatro fêmeas serão monitoradas para observação do uso de habitat durante o período reprodutivo, e para conhecer as rotas migratórias desde quando elas deixam as praias de desova, identificando áreas de maior susceptibilidade a ameaças como as interações com pescarias, maior perigo da atualidade à sobrevivência das tartarugas, além do desenvolvimento costeiro.

O Projeto TAMAR começou em 1980 a proteger as tartarugas marinhas no Brasil. Com o patrocínio da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental, hoje o projeto é a soma de esforços entre a Fundação Pró-TAMAR e o Centro Tamar/ICMBio. Trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. 

terça-feira, 25 de julho de 2017

Mexico protege seus corais: país lança seguro contra danos

Mexico protege seus corais. Esta é apenas mais uma prova da importância dos corais, e das ameaças que eles sofrem com o turismo desordenado, aquecimento dos Oceanos, a acidificação, que matou um terço dos corais da Grande Barreira; tempestades e furacões.
Para amenizar novos acidentes o México mostra pioneirismo ao segurar seus corais. Quem trouxe a notícia foi o the guardian.com.

Entenda como funciona o seguro

 

“Um trecho de recifes de corais ao largo da Cidade do México é o campo de testes para uma nova idéia que poderia proteger os ambientes sensíveis ao redor do mundo: o seguro”.

Foto: The Guardian


“Os recifes, ao largo da costa de Cancun, serão os primeiros a serem protegidos sob um regime de seguro pelos quais o prêmio será pago pelos hotéis locais e o governo. Dinheiro será liberado para pagar danos aos recifes caso sejam atingidos por furacões ou tempestades”.

 

A proteção à costa oferecida pelos recifes

 

Os benefícios dos recifes de coral não se restringem à vida marinha. Eles formam uma barreira protetora à costa em caso de tempestades com ondas grandes. Nestes casos, as ondas perdem impacto ao atingirem as barreiras de corais. Mas, se protegem a costa, perdem simultaneamente parte de sua estrutura nos casos de tempestades severas.

The Guardian explica que ” segundo a apólice de seguro de Cancun, feita pela companhia Swiss Re e a ONG The Nature Conservancy, as organizações de turismo locais serão as empresas que pagarão o prêmio. A área protegida pelo seguro tem 40 milhas de extensão, a um custo que vai de US$ 1 milhões de dólares, até US$ 7.5  milhões”.

“Se quaisquer tempestades destrutivas danificarem o sistema de recifes, a seguradora irá pagar um prêmio que pode oscilar entre   US $ 25 milhões, a US$ 70 milhões num dado ano”.

 

Como ‘curar’ os recifes em caso de tempestades

 

Sempre é bom lembrar que recifes de corais são animais. Por isso o termo ‘cura-los’ em caso de danos. The Guardian: “Quaisquer pagamentos serão usados para a restauração do recife, por exemplo através da construção de estruturas artificiais que podem aumentar a altura do recife em caso de danos causados por tempestades”.

E como fazer isso? The Guardian explica: “pedaços de corais danificados  podem ser removidos.  Eles descansam numa espécie de ‘UTI’ por um período de semanas ou meses, o que contribui para que os danos  regridam  até o ponto em que possam ser  recolocados no seu habitat natural”.

 

E quais as vantagens?

 

“As vantagens de tal restauração vão muito além de contribuir com a economia gerada pelo turismo. Os recifes proporcionam um bom freio natural  contra tempestades destrutivas. Eles são viveiros para peixes quando estão crescendo, e formam uma parte vital do ecossistema marinho. Sua saúde ou declínio  é vista como uma dos principais indicadoras do estado do meio ambiente global”.

 

O pioneirismo de Cancun pode ser um exemplo para o mundo

 

“O esquema de Cancun,  a ser executado pela Swiss Re e a Nature Conservancy, com o apoio do governo mexicano, é pensado para ser um dos primeiros no mundo a amarrar os benefícios ambientais e os “serviços ecossistémicos” fornecidos pelo  conjunto de características físicas, químicas e biológicas que influenciam a existência de uma espécie animal ou vegetal, firmando custos monetários e recompensas. Se der certo pode se tornar um modelo para projetos semelhantes no futuro, ligando a proteção e preservação do meio ambiente a pagamentos em caso de desastres”.

 

Parcerias Público Privadas

 

“As parcerias público-privadas são a chave”, disse Mark Tercek, executivo-chefe da Nature Conservancy, em uma entrevista com ao Guardian. “Tercek disse que o esquema Cancun vai dar um exemplo de parceria entre as empresas privadas, governos e empresas de seguros. E seria possível repicar o modelo mundo afora”.

Como se vê, não são apenas os ambientalistas brasileiros que pedem urgência às Parcerias Público Privadas para áreas protegidas. Enquanto no Brasil a ideia causa repulsa aos atrasados mentais (veja as mensagens recebidas pelo Mar Sem Fim ao post acima grifado), o Mexico sai na frente e põe em prática a ideia.

 

Manguezais, os próximos a receberem seguros

 

The Guardian diz que “a meta futura pelos produtos de seguro  poderiam ser manguezais, que também  protegem a costa contra  danos causados por tempestades, e estão sob ameaça idêntica aos corais. São destruídos para abrir caminho  ao crescimento de cidades costeiras, ou para agricultura. Para não citar as ameaças em razão das mudanças climáticas”.

FONTE: Mar Sem Fim


segunda-feira, 24 de julho de 2017

Tartarugas marinhas serão monitoradas na costa do ES atingida pela lama da Samarco

 

O estudo será realizado durante 5 anos em 156 km de praia, de Aracruz a Conceição da Barra. Possíveis danos provocados pela lama da Samarco serão avaliados. 

 

Filhotes de tartaruga da foz do Rio Doce, no Espírito Santo, em 2015 (Foto: Divulgação/ Arquivo Projeto Tamar)



As tartatugas marinhas que costumam visitar o litoral Norte do Espírito Santo serão monitoradas durante cinco anos, pelo projeto Tamar e pela Fundação Renova. O estudo será realizado em 156 km de praia, de Aracruz a Conceição da Barra. Possíveis danos aos animais provocados pela lama da barragem da Samarco serão avaliados. 

A ideia é avaliar aspectos como reprodução, alimentação e desova, por exemplo, para identificar se houve mudanças na dinâmica das tartarugas do litoral capixaba. 

Por serem espécies ameaçadas de extinção, podem ser mais sensíveis a mudanças no ambiente. Por isso, o resultado desse monitoramento é um indicador fundamental para avaliar as ações de reparação ambiental executadas pela Renova, após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, que levou lama com sedimentos de minério do Rio Doce até o mar. 

 Como será o estudo

 

Os trabalhos começam nos próximos dias e os primeiros resultados serão compartilhados com os órgãos ambientais seis meses após o início do estudo. 

O levantamento será realizado durante todo o ano e reforçado no período de desova das tartarugas, de setembro a março, quando o monitoramento ocorrerá durante o dia e também no período da noite.
Entre os locais monitorados estão áreas como Reserva Biológica de Comboios, a Terra Indígena de Comboios, Povoação, Monsarás, Cacimbas, Ipiranga, Ipiranguinha, Pontal do Ipiranga, Barra Seca/Urussuquara, Campo Grande, Barra Nova e Guriri. 

A execução das atividades irá mobilizar mão de obra local – pescadores e moradores tradicionais da costa – para detecção e monitoramento das fêmeas, ninhos e filhotes, levando em conta também o conhecimento tradicional da população. 

Todo o trabalho será supervisionado por técnicos e estagiários para possibilitar os estudos de distribuição espacial e temporal dos ninhos, proteção, identificação das espécies e avaliação do sucesso reprodutivo.
As equipes serão alocadas nas bases do Tamar ao longo da área a ser estudada e serão geridas pelos técnicos do Centro Tamar/Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 


 

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Imagem de satélite mostra movimento de iceberg gigante que se desprendeu da Antártica

Cientistas acompanham de perto deslocamento de um dos maiores blocos de gelo a se desprender do continente gelado.

Por BBC

(Foto: BBC/Deimos Imaging)


 O iceberg gigante que se desprendeu na Antártica na última semana continua se deslocando para o mar aberto. Imagens de satélite mostram uma fenda entre o bloco de gelo de seis mil quilômetros quadrados, batizado de A-68, e a plataforma gelada Larsen C. 

O satélite Deimos-1 capturou a imagem na sexta-feira (14), o que não é fácil nesta época do ano na Antártica, por causa de suas longas noites de inverno cobertas de nuvens. A espaçonave que conseguiu avistar o iceberg usou radares e sensores infravermelhos para superar essa limitação.  


(Foto: BBC)

 

Até agora, o bloco de gelo, que tem uma área um pouco maior que o Distrito Federal e é um dos maiores já registrados, está se comportando como esperado por cientistas. Em teoria, ele deveria deslizar para o mar pelo declive formado pela ação de águas empurradas contra a costa pelos ventos do Mar de Weddell.
Mas por conta da força de Coriolis, produzida pela rotação da Terra, o iceberg é empurrado para a esquerda - o lado contrário -, e isto deve manter o bloco relativamente próximo à fronteira do continente gelado. 

Na imagem do satélite Deimos, parece que um bloco de "gelo permanente" (a área de mar congelada ao longo da costa), antes grudado ao iceberg, agora se soltou. Este gelo permanente é consideravelmente mais fino que o bloco principal e tem poucos metros de espessura (enquanto que o iceberg tem 200 metros a mais). 

Imagem térmica mostra linhas que representam água mais quente que o gelo e o ar e sugere que a camada de gelo permanente se desprendeu do iceberg (Foto: Nasa/Aqua/Modis)

Thomas Rackow e colegas do Instituto Alfred Wegener, do Centro Helmholtz para Pesquisa Marinha e Polar, está acompanhando de perto o movimento do bloco. 

Eles recentemente publicaram uma pesquisa na qual modelaram o deslocamento de icebergs nas águas da Antártica - levando em conta os diferentes fatores que agem sobre objetos grandes e pequenos. Existem basicamente quatro "rodovias" pelas quais os icebergs viajam, dependendo de seu ponto de origem. 

O A-68 deve seguir pelo caminho rumo à costa leste da Península Antártica, desde o Mar de Weddell até o Atlântico. 

"Ele deve provavelmente seguir um curso rumo ao nordeste, em direção mais ou menos ao Mar da Geórgia e às Ilhas Sandwich do Sul", afirmou Rackow à BBC News. "Será muito interessante ver se o iceberg se movimentará como esperado, comprovando os modelos atuais e nossa compreensão da física". 


Simulação de caminhos do iceberg: bloco de pequeno a médio (Classes 1-3) geralmente tem duração de dois anos; os grandes (Classes 4-5) geralmente desaparecem depois de dez anos (Foto: Rackow Et Al)


Agências de pesquisa polar já estão discutindo as oportunidades científicas que surgem do desprendimento do iceberg. 

Cientistas querem entender qual efeito a quebra do bloco de gelo deve ter sobre as áreas remanescentes da cobertura gelada. Dez por cento da área do Larsen C foi removida com a quebra do iceberg, e essa perda pode mudar a forma como as tensões e forças internas da plataforma de gelo irão se configurar e agir. 

Há várias fissuras ao norte, em um ponto conhecido como Elevação de Gelo Gipps. Essas fissuras estão estáticas há muito tempo e são mantidas por uma faixa de gelo relativamente macia e maleável. 

Pesquisadores querem ver se o rompimento da A-68 irá alterar o status dessas fissuras.

Há ainda pesquisas fascinantes para serem feitas no fundo do mar quando o iceberg se deslocar totalmente da plataforma. Fissuras anteriores levaram, por exemplo, à descoberta de novas espécies de animais. 


(Foto: BBC)


FONTE: G1/NATUREZA


quinta-feira, 20 de julho de 2017

Vídeo sobre a pesca do Bonito Listrado

Trabalho realizado, via convenio, entre o Instituto de Oceanografia da FURG e a Indústrias Alimentícias Leal Santos Ltda. Para assistir ao vídeo basta clicar na imagem abaixo:


https://www.youtube.com/watch?v=uiiWPS4fi4o


Este vídeo apresenta a captura de Bonito-listrado (uma espécie de atum, o atum da latinha) sendo capturado pelo método de Vara-e-Isca Viva. Nós desenvolvemos uma parceria onde o conhecimento de oceanografia completou a habilidade de pesca da empresa, para produzir pescado por um método considerado sustentável e com 35% menos emissão de Gases de Efeito Estufa com a redução de 35% no consumo de combustível. Este produto é ambientalmente mais amigável do que o outro método de pescar o mesmo peixe, com cerco.

FONTE: You Tube

terça-feira, 18 de julho de 2017

Baleias maiores animais do planeta, mas como conseguiram?


Baleias maiores animais do planeta. Como conseguiram a façanha? Quem responde é o New York Times: “as baleias Fin podem ter 140 mil libras. As Francas sobem na escala, para  200 mil libras. E a grande mãe de todos elas, a baleia azul, pode atingir 380 mil libras – tornando-se o maior animal que já viveu.
“Mas durante o tempo que as baleias nos impressionaram com o seu grande tamanho, as pessoas se perguntaram…”

 

“Como elas se tornaram tão colossais?”

Essa  não foi o Times que respondeu, mas um estudo que o jornal norte- americano  comentou, publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.
“Uma equipe de pesquisadores investigou o gigantismo em baleias, leviatãs da alimentação de filtro que incluem baleias azuis, baleias Francas e baleias Fin. Os mamíferos marinhos tornaram-se ‘tamanho Jumbo’ em período relativamente recentemente, disseram. Somente nos últimos 4,5 milhões de anos”. A causa?


Baleias: maiores animais do planeta. FONTE: NYT

 
Bem, o que faz uma pessoa ser gorda, se não comer compulsivamente?
Será? Você quer dizer, pura gula?
Vejamos…

 

Mudança climática permitiu que comessem compulsivamente

NY Times: “as baleias têm uma história evolutiva interessante. Elas começaram como mamíferos castrados, há cerca de 50 milhões de anos. Ao longo de vários milhões de anos,  desenvolveram barbatanas e se tornaram criaturas marinhas. Entre cerca de 20 milhões e 30 milhões de anos atrás, algumas dessas baleias antigas desenvolveram a capacidade de filtrar-alimentação, o que significava que poderiam engolir enxames de pequenas presas em um único e gigantesco ‘golpe de garganta’. Mas mesmo com essa capacidade de alimentação, as baleias permaneceram apenas moderadamente grandes por milhões de anos”.

 

De repente bum!

Mas, de repente,” boom “-  nós as vemos muito grandes, como baleias azuis…
Foi o que disse Nick Pyenson, curador de mamíferos marinhos fósseis no Museu Nacional de História Natural da Smithsonian Institution e autor do artigo. Ele acrescentou: É como ir de baleias do tamanho das minivans a mais de dois ônibus escolares

 

Um modelo estatístico, museu de baleias fossilizadas e 4,5 milhões de anos

New York Times: “o Dr. Pyenson e seus colegas mediram mais de 140 espécimes do museu de baleias fossilizadas e, em seguida, conectaram esses dados em um modelo estatístico. Ele mostrou que várias linhagens distintas de baleias  se tornaram gigantes ao mesmo tempo, independentemente uma da outra. Começando cerca de 4,5 milhões de anos atrás, as baleias azuis gigantes apareciam em oceanos em todo o mundo ao lado de Francas e das baleias Fin”.

 

…e placas de gelo do Hemisfério Norte, o que têm a ver com isso?

“Os pesquisadores suspeitaram que ocorreu uma mudança ambiental durante esse período. Após alguma investigação, eles descobriram que esse período de tempo coincidiu com o começo precoce do período em que  as placas de gelo cobriram cada vez mais o Hemisfério Norte”.

 

Agora começamos a entender: escoamento das geleiras, nutrientes e efeito cascata…

NYT: “o escoamento das geleiras teria levado nutrientes como o ferro para  águas costeiras. Os intensos ciclos de surgimento sazonais teriam provocado que a água fria submergisse, trazendo material orgânico para a superfície. Juntos, esses efeitos ecológicos trouxeram grandes quantidades de nutrientes para a água em momentos e lugares específicos, o que gerou um efeito  cascata na rede alimentar do oceano”.
É mole, então foi assim?

Baleias: maiores animais do planeta. FONTE: NYT


 

Multidões de zooplanctons e krills se deleitam…

” Multidões de zooplânctons e de krill se reuniam para se deleitar com os nutrientes. Eles formariam manchas densas que poderiam ter muitas milhas de comprimento e largura, por mais de 20 metros de espessura. Os oceanos…

 

Os Oceanos tornaram-se buffets gigantes

O Times diz que “os oceanos se tornaram gigantescos buffets, ‘tudo-que- você-pode-comer’, para as baleias”.
Mas…tem sempre um ‘mas’ nas charadas. E apareceu um cara do contra…

 

Comida abundante não leva a nada… não mesmo?

“Comida abundante em todos os lugares não vai te levar baleias gigantes”, disse Graham Slater, biólogo evolutivo da Universidade de Chicago e autor principal do estudo.
“Como os ciclos ecológicos que alimentam as explosões de krill e zooplâncton ocorrem sazonalmente, Dr. Slater disse que as baleias precisavam migrar milhares de milhas de uma mancha de alimentos para outra. Os ancestrais de baleias maiores, que tinham tanques de combustível maiores, tiveram uma melhor chance de sobreviver às longas migrações sazonais para se alimentar. Enquanto as baleias  menores acabaram extintas”.

 

‘Se as manchas de alimentos não fossem tão distantes…’

…disse ele, “as baleias teriam crescido até um certo tamanho de corpo que fosse confortável para esse ambiente, mas elas não seriam as gigantes que vemos hoje”.
“Uma baleia azul é capaz de se mover muito mais com  menos energia do que uma baleia pequena”, disse  Slater. “Tornou-se muito vantajoso ser grande para  se deslocar para longas distâncias”.

Baleias: maiores animais do planeta. FONTE: NYT


 

Aplausos para o estudo…

“Richard Norris, paleobiologista da Scripps Institution of Oceanography, chamou o estudo de “um bom trabalho” e disse que confirmou a compreensão atual dos cientistas sobre as mudanças nos oceanos ao longo do tempo”.

 

Vivemos um momento especial

“Quando pensamos sobre o que o planeta tem sido  em sua longa história, uma baleia de 10 milhões de anos atrás era um tipo de animal diferente do que temos agora”, disse Norris. “Então, em certo sentido, vivemos em um momento especial onde podemos desfrutar a majestade de animais realmente grandes lá fora, no oceano”.



FONTE: Mar sem Fim

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Trabalho de acadêmica da Oceanologia em evento internacional




A acadêmica do curso de Oceanologia da FURG, Walkiria Salvadori Olsen, teve sua Monografia selecionada para para participar do Regional Sea Level Changes and Coastal Impacts (http://www.sealevel2017.org/). 

Walkiria recebeu bolsa integral financiada pela World Meteorological Organization.

O evento ocorreu em Nova York, na Universidade de Columbia, entre os dias 10 e 14 de julho.

O trabalho, intitulado "QUANTIFICANDO A INFLUÊNCIA DOS SANGRADOUROS NA RESPOSTA COSTEIRA EM CENÁRIOS DE ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO MAR NO LITORAL DO RIO GRANDE DO SUL", teve a orientação da Profa. Dra. Salette Amaral de Figueiredo.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Estudo revela custo para preservação de anfíbios da Mata Atlântica

O bolsista de doutorado pleno no exterior pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Felipe Siqueira Campos acaba de publicar um artigo na revista científica Science Advances - título disponível no acervo do Portal de Periódicos. O estudo revela que a proteção da biodiversidade de anfíbios na Mata Atlântica que estão fora de Unidades de Conservação custaria U$ 26,5 milhões (cerca de R$ 88 milhões) por ano.

A análise fornece estimações econômicas para representar componentes de biodiversidade. “Usando anfíbios como alvo de conservação, realizamos um projeto inovador mostrando que os modelos de priorização focados em diversidade funcional, filogenética e taxonômica podem incluir valores de custo-efetivo de terras. Nesse contexto, selecionamos novas áreas prioritárias para conservação na Mata Atlântica brasileira, com enfoque em espécies ameaçadas, áreas protegidas e seus respectivos valores econômicos de terra”.
O mapeamento apresentado no estudo indica que a maior diversidade funcional e filogenética de anfíbios a Mata Atlântica está na porção leste do bioma, da região central em direção ao nordeste. As áreas consideradas de mais alta prioridade estão principalmente nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. A Mata Atlântica abriga mais da metade dos anfíbios encontrados no Brasil, mas apenas 12,9% dela está preservada.
Felipe Siqueira Campos atualmente está no último ano do doutorado pela Universidade de Barcelona (UB). O artigo também é assinado pelos pesquisadores Ricardo Lourenço de Moraes, do Departamento de Ecologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Mirco Solé, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), e Gustavo A. Llorente, do Departament de Biologia Evolutiva, Ecologia i Ciències Ambientals da UB.

De acordo com os autores, a principal mensagem do estudo é que os custos econômicos de terra podem servir como um mecanismo eficaz de pagamento por serviços ambientais. “Nossas descobertas fornecem outras medidas efetivas de conservação baseadas em áreas que estabelecem novas prioridades para a avaliação da biodiversidade na Mata Atlântica, validando uma nova abordagem para investigações econômicas de terras para outras regiões ricas em espécies.”
Experiência no exterior
Sobre a experiência do doutorado pleno no exterior, Felipe destaca a possibilidade de intercâmbio e cooperação científica. “Durante os quase quatro anos de estudo fora do Brasil, eu tive a oportunidade de trabalhar e discutir projetos científicos com grandes pesquisadores renomados que vivem ou estavam de passagem por Barcelona, entre os quais eu pude compartilhar ideias, realizar cursos científicos e agregar vários conhecimentos relacionados com minha linha de pesquisa. Em função de estar inserido no âmbito acadêmico da Universidade de Barcelona, tive a oportunidade de participar de cinco grandes congressos europeus”, conta.
Dentro do Departamento de Biologia Evolutiva, Ecologia e Ciências Ambientais da UB, o local diário de trabalho do bolsista, o pesquisador brasileiro participa de um grupo de pesquisa em herpetologia liderado pelo dr. Gustavo A. Llorente. “Neste grupo, além da produção científica individual de cada um, trabalhamos constantemente com revisão e discussão de manuscritos científicos, os quais são geralmente produzidos por membros ou demais colaboradores do nosso grupo”, explica.
O ingresso neste coletivo foi fator de aumento da produtividade e de novos trabalhos, afirma Felipe. “A participação no conceituado grupo de pesquisa refletiu diretamente na minha eficiência de produtividade científica, o que certamente facilitou o processo de publicação em importantes revistas científicas. Além disso também ter me proporcionado o privilégio e a oportunidade de trabalhar como revisor de importantes periódicos científicos bastante conceituados, como Journal of Herpetology, Biodiversity and Conservation, anais da Academia Brasileira de Ciências, Herpetology NotesZootaxaNeotropical Biology and CoservationZookeysNorth-Western Journal of ZoologyInternational Journal of Biodiversity and ConservationJournal of Environmental Management e Italian Journal of Zoology.”

O bom trabalho realizado fez com que Felipe fosse pessoalmente convidado para ser membro associado da Asociación Española de Ecología Terrestre (AEET) e da British Ecological Society (BES). “Até o momento, informo que já produzimos um material de alta relevância científica. Agradeço muito em nome de todos meus co-autores a atenção e colaboração da CAPES, que, apesar da atual e acentuada crise política no Brasil, vem disponibilizando o suporte financeiro necessário para o desenvolvimento da minha pesquisa. Portanto, a colaboração da CAPES foi de fundamental importância para a realização desta pesquisa, refletindo em um conhecimento especializado e na produção de uma ciência qualitativa aplicada às estratégias prioritárias para um efetivo planejamento sistemático em conservação da biodiversidade brasileira”.

Acesse o artigo Cost-effective conservation of amphibian ecology and evolution. Pelo Portal de Periódicos, acesse a revista científica Science Advances na opção Buscar periódico.

Fonte: Alice Oliveira dos Santos via Notícias, Divulgação Científica do Portal Periódicos CAPES

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Polvos podem alterar suas sequências genéticas

                               Flickr/National Marine Sanctuaries

Os cefalópodes sempre chamaram atenção. Seja pelo cérebro gigante e pelos tentáculos capazes de abrir potes, em prática que tornou famoso o polvo alemão Paul por acertar resultados da Copa do Mundo de 2010, pelas lulas, que podem se comunicar mudando de cor, ou os chocos (também chamados de sépias ou sibas), com habilidades de camuflagem incomparáveis. Mas estudos, agora, mostram que eles são capazes até de alterar suas sequências genéticas.
Em abril de 2017, foi publicado na revista científica norte-americana Cell um estudo conduzido por pesquisadores do Laboratório Biológico Marinho em Massachusetts, nos Estados Unidos, e da Universidade de Tel Aviv, em Israel, apontando que os cefalópodes podem realizar mudanças em mais da metade de seu genoma.
Para entender o que fazem os polvos, é necessário saber a diferença entre DNA e RNA. DNA é uma cadeia presente em todas as células do organismo (com exceção das células vermelhas do sangue) que contém as informações genéticas, determinando cor dos olhos, tom da pele e predisposição a alguma doença, por exemplo. Já o RNA atua como se fosse um mensageiro, transporta instruções do DNA para as células produzirem proteínas.
Os cefalópodes se diferenciam porque nem sempre induzem mutações diretamente do DNA; eles editam grande parte desse RNA armazenado em células cerebrais. Em outras palavras, não seguem o DNA “ao pé da letra” e o RNA pode fazer alterações genéticas diferentes das que haviam sido previamente comandadas pelo DNA.
Os cientistas já sabiam dessa capacidade, mas o estudo publicado neste ano tinha como objetivo determinar com qual frequência esses animais a usavam. E é bastante: eles podem alterar cerca de 60% de seu genoma, enquanto nos serem humanos, por exemplo, essa mutação chega a apenas 1%.
“Com os cefalópodes, esse processo não é uma exceção. É regra que se ocorra essa edição”, disse o biofísico e coautor do estudo, Eli Eisenberg, da Universidade de Tel Aviv, indicando que a maioria dessas alterações genéticas ocorre no sistema nervoso, sugerindo que isso contribua no nível de inteligência deles – antes, imaginava-se que essas mudanças serviam “só” para ações como adaptação a temperaturas.
Kazuko Nishikura, professora do Instituto Wistar, da Filadélfia, nos Estados Unidos, considera “extraordinária” a capacidade de manipulação genética dos cefalópodes. “Podemos aprender muito com o cérebro dos polvos”, disse ela ao New York Times.

Aliens
                               Flickr/National Marine Sanctuaries
Os cefalópodes vêm intrigando tanto os cientistas atualmente que o zoólogo britânico Martin Well chegou a classificá-los como alienígenas, exatamente por conta da peculiaridade de seu genoma em comparação a qualquer outro animal conhecido no planeta.
Mas, apesar de ser algo aparentemente invejável, essa capacidade de alteração genética pode trazer um prejuízo evolutivo. Cientistas indicam que, se o RNA é editado, o DNA não sofre mutações, e aponta-se exatamente a mutação do DNA como forma de evolução e adaptação dos seres para sobreviver e procriar.
“Os cefalópodes pagam um preço, que é diminuir a evolução do seu genoma. Provavelmente, na evolução das espécies, eles acabaram escolhendo editar o RNA, e, talvez, os vertebrados preferiram evoluir seu genoma”, explicou o biofísico Eli Eisenberg.
Fonte: Yahoo Notícias por William Correia


quarta-feira, 12 de julho de 2017

Livros doados e incorporados ao acervo da biblioteca em julho


Princípios de Oceanografia Física de Estuários - 2.ed. 2012

Taxonomy of economic seaweeds: with reference to some Pacific and Caribean species


Aquaculture for the developing countries : a feasibility study


Management of artificial lakes and ponds 

Coastal ecosystems : ecological considerations for management of the costal zone

Reproduction of marine invertebrates
 Penaeid shrimps : their biology and management

Mass cultivation of invertebrates : biology and methods


Modern methods of aquaculture in Japan

Prawn culture : scientific and practical approach

Marine ecology : a comprehensive, integrated treatise on life in
oceans and coastal waters  v.3pt.1


Ecology : the experimental analysis of distribution and abundance

Marine fisheries ecosystem : its quantitative evaluation and management


Principles and practices of pond aquaculture

Macmillan dictionary of life sciences

Fish and shellfish farming in coastal waters

Fishes of the world 

The biology of estuaries and coastal waters

Biological oceanographic processes

Ecology, utilization and management of marine fisheries

Dicionário etimológico e circunstanciado de biologia

Fish and invertebrate culture : water management in closed systems

Aquaculture economics : basic concepts and methods of analysis