quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Peixes mortos aparecem em 10 km de praia do litoral de SP


Especialistas acreditam que peixes tenham sido descartados
após pesca de arrasto em Ilha Comprida. 

 Peixes apareceram em vários balneários de Ilha Comprida
Foto: Cristian Negrão/Arquivo pessoal

Milhares de peixes mortos apareceram em pelo menos 10 km das
praias de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo, desde a última
segunda-feira (17). A suspeita dos biólogos é que os animais foram
descartados após serem capturados em pesca de arrasto.
Equipe da prefeitura e ONGs ligadas ao meio ambiente estiveram no
local para uma vistoria. Segundo o biólogo Cristian Negrão, trata-se
de um "cordão de aproximadamente 10 km" de peixes mortos.
"As embarcações que fazem pesca de arrasto costumam descartar os
peixes que não têm valor comercial. Seria, no mínimo, interessante
conversar com os pescadores para que os peixes fossem doados para
comunidades carentes ou até mesmo incluídos na merenda escolar, claro
que com todo respaldo de órgãos ambientais e devidos cuidados para
o consumo", comentou Negrão.
O G1 apurou que nos últimos dias que foi constatado grande número de
embarcações próximas à costa de Ilha Comprida. A Polícia Militar
Ambiental recebeu denúncias a respeito do caso e está monitorando a
situação.  
Peixes mortos em Ilha Comprida, SP — Foto: Cristian Negrão/Arquivo pessoal    
 Fonte: G1 Santos em 19/12/2018

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Equipe SIMCosta/FURG emite nota técnica sobre aparecimento de lama na praia do Cassino

O Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SIMCosta/FURG), através do Programa de Monitoramento do Sítio de Despejo e Área Adjacente do Material Dragado do Canal de Acesso ao Porto do Rio Grande, emitiu nota técnica sobre as possíveis causas do aparecimento do bolsão de lama detectado no último dia 20 de novembro. O documento tem por objetivo esclarecer todos os setores envolvidos nas operações da dragagem do canal de acesso ao Porto do Rio Grande.
Confira a nota no anexo abaixo.

Nota Técnica

Fonte: Site da Furg

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Cientistas mais influentes de 2018 podem ser acessados pelo Portal de Periódicos da CAPES


A Clarivate Analytics, editora parceira da CAPES e que faz parte do acervo do Portal de Periódicos, publicou recentemente um ranking aguardado por quem se dedica à carreira científica: a lista de pesquisadores altamente citados em 2018 (Highly Cited Researchers 2018 – HCR). Em seu quinto ano, a análise reconhece cientistas em âmbito internacional, selecionados por seu desempenho em pesquisa, demonstrado pela produção de artigos que se classificam no top 1% por citações em seus campos de estudo. A lista tem como base os registros da plataforma Web of Science.
Aproximadamente seis mil pesquisadores foram listados – cerca de quatro mil em campos específicos e dois mil em campos cruzados. Embora nenhum brasileiro tenha ingressado no ranking de 2018, os usuários da comunidade acadêmica do país têm acesso a conteúdos dos cientistas altamente citados por meio do Portal de Periódicos da CAPES. Uma das formas de pesquisar resultados diretamente pelo Portal de Periódicos é na opção buscar assunto, onde é possível inserir, entre outros termos para consulta, o nome do autor.
Mais sobre a Highly Cited Researchers 2018
Entre os principais destaques do ranking, estão os seguintes dados:
– Os Estados Unidos abrigam o maior número de HCRs, com 2.639 autores. O Reino Unido possui 546. A China está avançando rapidamente, com 482;
– A China superou a Alemanha, alcançando o terceiro lugar na lista;
– A Universidade de Harvard mantém sua posição na lista como primeira colocada;
– A lista deste ano continua a reconhecer pesquisadores cujos registros de citação os posicionam nos mais altos níveis de influência e impacto. Foram selecionados 17 ganhadores do Prêmio Nobel, incluindo dois anunciados em 2018: James P. Allison (Fisiologia ou Medicina) e William D. Nordhaus (Ciências Econômicas);
– Os pesquisadores altamente citados representam mais de 60 países. Entretanto, mais de 80% deles são dos 10 países listados na tabela abaixo e 70% dos primeiros cinco.
“O avanço do esforço científico representa uma atividade crítica para instituições de pesquisa individuais e nações inteiras. A HCR 2018 ajuda a identificar os pesquisadores que tiveram o maior impacto na comunidade de pesquisa, medidos pela taxa de citação dos seus trabalhos pelos outros e que contribui muito para avançar a fronteira e levar o conhecimento e as inovações para sociedade – contribuições que tornam o mundo mais saudável, seguro, rico e sustentável”, indicou Annette Thomas, CEO do grupo de Pesquisa Científica e Acadêmica da editora.
O resumo executivo e a lista da Highly Cited Researchers de 2018 estão disponíveis no endereço eletrônico https://clarivate.com/hcr/.
Fonte: Blog da UCS via Portal de Periódicos da CAPES

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Projeto Tubarões de Mochila é apresentado na escola Sesquinho

O projeto de extensão "Tubarões de Mochila", do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), visitou esta semana a Escola de Educação Inicial Sesquinho (Sesc/Rio Grande). Esse foi apresentado recentemente no Colégio Marista São Francisco e tem como objetivo visitar as escolas de Educação Inicial da nossa cidade, levando às crianças a oportunidade de conhecer as espécies de tubarões e raias que habitam o ecossistema costeiro do sul do Brasil, especialmente aquelas que correm perigo de extinção.
O "Tubarões de Mochila" inclui um teatrinho de fantoches e uma exposição itinerante de material biológico, instrumentos que ensinam as crianças que é preciso conhecer para proteger e que, quem ama, protege. O projeto é coordenado pela professora Maria Cristina Oddone, especialista em Chondrichthyes (tubarões, raias e quimeras) e conta com a participação de alunos dos cursos de Ciências Biológicas Licenciatura e Bacharelado da FURG.





Fonte: Site da Furg

Comunidades pesqueiras trocam conhecimentos em visita a instalações da FURG

Voltado para os envolvidos com a atividade pesqueira, o Fórum Soluções para a Pesca proporcionou a cooperativas da pesca local a oportunidade de visitar e participar de oficinas dentro do ambiente acadêmico da FURG. Realizado na quinta-feira, 6, nos prédios da Escola de Química e Alimentos (EQA) e do Instituto de Oceanografia (IO), o evento reuniu dezenas de trabalhadores artesanais de Rio Grande e região.
O Fórum foi realizado em virtude da conclusão das atividades dos projetos Desenvolvimento e Validação de Produtos Obtidos a Partir de Resíduos da Indústria Pesqueira na Região Sul-RS, e Fortalecimento da Atividade Pesqueira na Região Sul. Ambos estão inseridos no Polo de Modernização Tecnológica do Litoral Sul – Setor Pesqueiro, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do RS (SDECT) e financiado pela SDECT através de recursos financeiros do Banco Mundial.
O vice-reitor da FURG, Danilo Giroldo, disse se sentir honrado em marcar presença em um evento de tamanha importância. “O saber acadêmico só faz sentido quando entendemos e compartilhamos as atividades de vocês, pescadores, para que possamos estabelecer parcerias a fim de gerar desenvolvimento social”, explicou. “Os resultados que já foram obtidos são excelentes, e o potencial de geração de novos resultados é ainda maior”, completou o vice-reitor.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Eduardo Secchi, afirmou que é obrigação da universidade “produzir pesquisa de qualidade, interagir com a comunidade e agregar valor aos recursos humanos”.
O professor Ednei Primel, da Escola de Química e Alimentos (EQA), recebeu o grupo pela manhã, apresentando a infraestrutura e os laboratórios do prédio. Divididos em dois grupos, os pescadores participaram das oficinas Tratamento de Efluentes, Produção de Quitina e Quitosana a Partir da Casca de Camarão, e Produção e Refino de Óleo de Peixe e Gelatina – do Resíduo ao Produto de Alta Qualidade.
De acordo com o presidente da Associação dos Pescadores e Aquicultores da Praia do Cassino (APAAC), Luiz Carlos Pereira, as atividades foram muito boas. “Os pesquisadores nos mostraram caminhos excelentes para a geração de emprego e renda. Na crise em que nos encontramos, buscar essas melhorias voltando-se ao meio ambiente é essencial. Tudo será aproveitado, nada será descartado na natureza. São projetos que precisam de mais viabilidade, para que o povo consiga alcançar conhecimento”, avaliou.
Para a pescadora Juliana Garcia, da Vila Santa Isabel, em Arroio Grande, o óleo bruto ou refinado que será produzido na colônia trará muitos ganhos. “Vamos seguir trabalhando, aproveitando cada vez mais o óleo e o resíduo do peixe. Os recursos que devem vir servirão para manter a cooperativa e a própria comunidade”, disse.
Após as saídas de campo, foi planejado o futuro das atividades do Polo Pesqueiro Inovador através da discussão coletiva em plenária.

Incentivos e fortalecimento
O projeto Fortalecimento da Atividade Pesqueira na Região Sul tem como objetivo fortalecer a atividade pesqueira da região sul através da qualificação do pescado produzido, do desenvolvimento e/ou aperfeiçoamento de metodologias para a produção de gelatina, filmes biopoliméricos e óleo de alto valor agregado, a partir dos resíduos de pescado, e do auxílio às cooperativas na implementação e/ou melhoria no sistema de tratamento do efluente gerado.
Já o projeto Desenvolvimento e Validação de Produtos Obtidos a Partir de Resíduos da Indústria Pesqueira na Região Sul – RS tem por objetivo incentivar a inovação na economia da pesca através do desenvolvimento e da validação de produtos derivados do resíduo da atividade pesqueira, da interação entre universidade e comunidade para transferência de tecnologia, e da capacitação dos pescadores para a diversificação da produção atrelada ao pescado.
Os dois projetos envolvem pesquisadores da EQA e do IO da FURG, e têm também a participação do Núcleo de Desenvolvimento Social e Econômico (Nudese) e de cooperativas de pescadores artesanais, que vêm sendo inseridas gradativamente no ambiente acadêmico.






























Fonte: Site da FURG

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Litoral da Noruega ameaçado por submarino nazista

Litoral da Noruega ameaçado por submarino nazista carregado com mercúrio

 “Em 9 de fevereiro de 1945, nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial, o submarino alemão U-864 navegava pelo litoral da Noruega carregado de insumos para fabricar equipamentos bélicos. Inclusive chumbo, aço e 65 toneladas de mercúrio. Sua missão, a Operação César, era chegar até o Japãoaliado da Alemanha, com o objetivo de fortalecer o arsenal japonês na guerra. A tripulação do U-864 era de 73 pessoas, incluindo cientistas que trabalhavam para o regime nazista e que iriam transferir seu conhecimento aos japoneses. Mas a operação fracassou.” Assim a BBC.com inicia seu relato sobre mais uma bizarra descoberta. Ela é fruto do devaneio de gerações que nos antecederam. Não, o problema não é só a nossa geração. Outras, que nos antecederam, deram enorme contribuição. A saber:
Um modelo de sub-nau submarino U-864 (imagem do YouTube).

Único registro de afundamento de um submarino por outro submarino

E prossegue a BBC: “Um submarino britânico, o HMS Venturer, conseguiu interceptar o U-864 e o torpedeou. Todos os ocupantes morreram. O ataque entrou para a história como o único episódio da guerra em que um submarino submerso conseguiu destruir outro também no fundo do mar. Em 2003, passados 58 anos do episódio, a Marinha norueguesa encontrou os destroços do U-864, a duas milhas náuticas de distância da ilha Fedje. E a descoberta trouxe preocupações para as autoridades do país.”
A ilha Fedje em vermelho.

Milhares de garrafas de mercúrio

Em março de 2003, o caça-minas da Marinha Real NorueguesaKNM Tyr, alertado por pescadores, encontrou o naufrágio. Em 2005 mandaram um ROV fazer uma vistoria geral. Ele encontrou mais 107 fragmentos de embarcação na área, provavelmente partes da seção central explodida. Uma das garrafas de aço foi recuperada. Sua parede original de 5 milímetros (0,20 pol) de espessura foi corroída, deixando em uma espessura de 1 milímetro (0,039 pol) de aço. O mercúrio, 65 toneladas,  contido em 1.857 garrafas de aço enferrujadas localizadas na quilha da embarcação, estava vazando e atualmente representa uma grave ameaça ambiental, devido ao potencial envenenamento por mercúrio.
As garrafas enferrujadas. Foto: BBC.com  

Envenenamento por mercúrio

É dos mais terríveis que se possa imaginar. Recentemente o Mar Sem Fim abordou o tema porque há frequentes registros de casos de seres humanos que se intoxicam ao comer certos peixes, como o atum, predadores, e frutos do mar em demasia. Em estágio grave a doença mata, e deixa sequelas, filhos de contaminados podem nascer deformados física, e mentalmente. A síndrome foi batizada como ‘doença de Minamata‘, para que não esqueçamos o que aconteceu no passado, e foi duríssimo.

Como lidar com o mórbido achado?

O site www.timesofisrael.com diz que: “ O jornal de Oslo Dagbladet o chamou de “bomba secreta do veneno de Hitler”. O site acrescenta que, “embora apenas quatro quilos de mercúrio tenham vazado até o momento, até mesmo isso causou níveis elevados de mercúrio no lodo ao redor dos destroços, bem como nos peixes da região. A pesca não é permitida nas águas próximas.”  A BBC confirma a contaminação: “Um estudo do Instituto Nacional de Investigação sobre Nutrição e Alimentos Marinhos concluiu que os peixes que haviam sido expostos a sedimentos da área do submarino tinham níveis mercúrio quatro vezes mais altos que os peixes de outras áreas do litoral da Noruega.
Esta imagem é real, e da BBC.com

Como se livrar do abacaxi sem causar mais problemas?

Depois de muito estudo as autoridades norueguesas chegaram à conclusão que uma operação de resgate (içamento) pode resultar em um derramamento catastrófico. Em vez disso, os destroços serão enterrados sob um “sarcófago”, semelhante ao que foi erigido em Chernobyl para conter o desastre nuclear de lá. O projeto começará no próximo ano e terminará em 2020. Espera-se que ele custe mais de US $ 32 milhões, informou o Times de Londres.

Fonte: Mar Sem Fim