Professor  Kerr informou que um dos tópicos levantados pelo IPCC (ou 
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), em 2004,  é a 
acidificação dos oceanos, que é algo que deve ser visto com cautela.
"Muito se fala sobre o aquecimento global, mas na costa brasileira, 
pouco se sabe sobre o fluxo de CO2", disse o professor Rodrigo Kerr, do 
Instituto de Oceanografia da Furg. 
Kerr é o coordenador do projeto Estarte-Sul, que tem o objetivo de 
investigar, de forma multidisciplinar, os processos físicos e 
biogeoquímicos controladores das trocas de carbono na interface ar-mar 
da região de plataforma e talude continental, da costa sul e sudeste 
brasileiro. "Nosso objetivo é saber se nessa região as águas estão 
captando ou emitindo CO2", explicou o professor.
Segundo Kerr, quando as águas absorvem o gás carbônico (CO2) há uma 
reação e os oceanos ficam mais ácidos. "Isso pode influenciar em 
questões sociais e econômicas. Não irá influenciar apenas nas espécies 
que habitam os oceanos, não sabemos ainda se são efeitos benéficos ou 
maléficos", destacou Kerr.
O professor informou que um dos tópicos levantados pelo IPCC (ou Painel 
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), em 2014,  é a 
acidificação dos oceanos, que é algo que deve ser visto com cautela. 
O projeto, coordenado pelo professor Rodrigo Kerr, está inserido nas 
iniciativas do Grupo Brasileiro de Pesquisa em Acidificação dos Oceanos 
(BrOA - http://www.broa.furg.br) e conta com apoio financeiro e 
logístico da Fapergs, do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação 
(MCTi) e da Marinha do Brasil.
No último dia 20 de outubro, pesquisadores do Instituto de Oceanografia 
da Furg e estudantes dos programas de Pós-Graduação em Oceanografia 
Biológica e Oceanografia Física, Química e Geológica, e do curso de 
Graduação em Oceanologia da Furg participaram de um cruzeiro 
oceanográfico em águas territoriais brasileiras. O cruzeiro, a bordo do 
NHo Cruzeiro do Sul - H38 da Marinha do Brasil, partiu do Rio de Janeiro
 (RJ)  e chegou em Rio Grande (RS). "Foi a primeira vez que fizemos esse
 cruzeiro monitorando os fluxos de CO2", revelou Kerr.
De acordo com Kerr, é importante ter uma linha de repetição de dados 
coletados para poder saber de que forma isso vai estar compromentendo o 
oceano. "É necessário no mínimo 10 anos para ter uma conclusão", 
enfatizou o professor.
"A única coisa que temos certeza hoje é que é necessário fazer o 
monitoramento dessas águas", concluiu Kerr, revelando que o 
monitoramento será anual, mas que o ideal é que fosse realizado de forma
 sazonal. 
Fonte: Jornal AGORA de 17 de novembro de 2014. acesso em
http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=3&n=65908

 
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