O acervo da Fundação Oswaldo Cruz passará por processo de microscopia digital em alta resolução
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) 
digitalizará seu acervo científico, bibliográfico, museológico e 
arquivos e disponibilizará os arquivos para pesquisa online.
É o que prevê o projeto Preservo: 
Complexo de Acervos da Fiocruz, lançado oficialmente hoje (17), com 
apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social (BNDES), 
que viabilizou R$ 5 milhões em três parcelas.
Passarão pelo processo de microscopia 
digital em alta resolução as coleções de Febre Amarela e oito das 12 
coleções zoológicas da Fiocruz, além de obras raras da Biblioteca de 
Ciências Biomédicas e da Biblioteca de História das Ciências da Saúde.
Coordenador do projeto, Marcos José de 
Araújo Pinheiro explicou que o trabalho começou em 2010, com a 
organização e estruturação dos acervos.
Agora, com o aporte financeiro, serão 
mais 36 meses de trabalho. O material será disponibilizado para o 
público assim que for digitalizado.
“O projeto tem diversas dimensões. Uma é a
 parte teórica de conceituação, metodologia, documentos e ensino. A 
outra, de documentos de referência e preparação de manuais. A terceira, é
 para dotar de infraestrutura as edificações que guardam diferentes 
acervos da Fiocruz. A última, dá acesso a essas informações, por meio de
 plataformas de digitalização”, salientou Pinheiro.
Segundo ele, com isso um pesquisador ou 
cidadão comum poderá ter acesso, em qualquer parte do mundo, ao acervo 
biológico e fazer o cruzamento com as outras bases de dados, como as 
referências do acervo biográfico, arquivístico e de peças museológicas 
relacionadas.
O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, 
destaca que o projeto garante a memória da instituição e da produção 
científica brasileira, além de recuperar o legado histórico e torná-lo 
acessível à população. Ele lembra que a preservação do trabalho e a 
produção de acervos está impregnado na história da Fiocruz.
Para o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o acervo da Fiocruz é um dos mais importantes do país.
“O Instituto Oswaldo Cruz é um dos mais 
relevantes centros de ciência do Brasil, que prestou, ao longo de nossa 
história, inestimáveis serviços à população brasileira, desenvolvendo 
vacinas, medicamentos e, ainda hoje, é um dos principais núcleos de 
pesquisa científica. Preservar a memória documental e científica dos 
acervos biológicos representa uma obrigação da nossa sociedade”, 
ressaltou.
Os recursos são do Fundo Cultural do 
BNDES, repassados à Fiocruz por meio de projeto vencedor da quinta 
edição do Programa de Acervos do banco.

 
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