(Foto: Greenpeace)
Campanha da ONU é lançada em Bali
Na Assembléia do Meio Ambiente das 
Nações Unidas em Nairobi, mais de 200 nações aprovaram uma resolução 
para eliminar a poluição plástica em nossos mares. Embora não seja um 
tratado jurídico, pode abrir caminho para um. A campanha  pede que 
governos criem políticas para redução do plástico. E solicita às indústrias
 que diminuam sua produção de embalagens. A campanha convoca os 
consumidores a mudar seus hábitos de descarte. No lançamento, o 
norueguês Erik Solheim, diretor-executivo da ONU Meio Ambiente disse:
"A poluição plástica está surfando em direção às praias indonésias, assentando no fundo do mar no Pólo Norte e subindo na cadeia alimentar até nossas mesas de jantar. Isso tem de acabar"
Mil mortes anuais de mamíferos marinhos
E além dos mamíferos marinhos, calcula-se que pedaços de plástico matarão mais de um milhão de aves marinhas. Sam Barratt, um dos líderes da campanha na ONU Meio Ambiente, declarou:
"A menos que mude a atitude dos cidadãos, não vamos conseguir eliminar a poluição no mar. É preciso ter claro que o que jogamos na praia, na rua, nos rios irá chegar ao mar. Entender que o oceano é um só e o estamos tratando com um lixão"
Países e organizações aderem à campanha da ONU
Até a Volvo Ocean Race aderiu. Na 
competição um dos barcos, o ‘Turn The Tide On Plastic’ está competindo 
 com uma forte mensagem de sustentabilidade que visa incentivar as 
pessoas a mudar seu comportamento no que diz respeito ao plástico nos 
oceanos. Eles se esforçam para liderar e inspirar mudanças duradouras no
 enfrentamento da crise da poluição pela qual estamos passando.
                Lixo plástico nos oceanos e tripulação do veleiro (Foto: http://cleanseas.org/volvo)
A campanha da ONU no Brasil
A redução do lixo marinho é alvo da 
campanha Mares Limpos, lançada em julho de 2017 pela Organização das 
Nações Unidas (ONU), no Rio de Janeiro. O objetivo é convencer pessoas e
 empresas a reduzirem o consumo de plásticos e evitar seu descarte. A 
representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamú, disse que a 
campanha terá duração de cinco anos e espera contar com parcerias 
governamentais e não governamentais  brasileiras.
“Tem que trabalhar na causa”
Um aspecto importante da campanha é conseguir colaboração de empresas para substituir ou reduzir o uso de plásticos em seus produtos. Denise Hamú disse queNão adianta a gente trabalhar só na consequência. Tem que trabalhar na causa. É claro que não são as empresas que jogam o lixo (nos mares), são os usuários, mas a gente precisa ter uma parceria em todo o ciclo da produção. Se a gente só limpar as praias, amanhã teremos elas sujas de novo
Lixo plástico nos Oceanos, uma ameaça global
Os cientistas que pediram um acordo 
internacional vinculativo disseram que o impacto dos plásticos oceânicos
 na biodiversidade, serviços ecossistêmicos, segurança alimentar e saúde
 humana o tornam uma ameaça global.
Empresas produtoras de plástico
As conversas da ONU com as empresas para
 que  substituam o plástico por produtos biodegradáveis já começaram, e 
está em curso um trabalho para mapear quais setores podem contribuir 
mais para a campanha.
‘Plástico não se limita às fronteiras de países’
Segundo a ONU, ‘o plástico não é 
limitado pelas fronteiras nacionais, porque ele migra através de 
correntes de água e ar e se instala em sedimentos bentônicos’, disseram 
 em artigo do Procedimento da Academia Nacional de Ciências. “Mais de 50
 por cento da área do oceano fica além da jurisdição nacional, incluindo
 as infames “manchas de lixo” presas por correntes marinhas onde o plástico se acumula”.
Campanha traz petição internacional
A campanha da ONU é acompanhada por uma petição internacional. Assine, faça sua parte!
Fonte: Mar sem Fim por João Lara Mesquita 


 



