O Farol de Alexandria, o maior porto do mundo antigo
Os faróis sempre foram amigos dos 
navegantes, especialmente antigamente quando não havia a tecnologia hoje
 disponível. Era através deles que os navegadores  confirmavam sua 
posição no mar. Até hoje  são indispensáveis à navegação. O mais 
icônico, e primeiro,  é o Farol de Alexandria, considerado uma das sete 
maravilhas do mundo antigo.
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| O Farol de Alexandria (ilustração: revista galileu) | 
Segundo o wikipedia ” o Farol da Alexandria foi  construído pelo Reino 
Ptolomaico  entre 280 e 247 a.C. na cidade de Alexandria, pelo arquiteto
 grego Sóstrato de Cnido. Ele tinha entre 120 e 137 metros de altura e 
era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Funciona a base de fogo.
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| Alexandria, ilustração: | 
 Por muitos séculos foi uma das estruturas mais altas do 
mundo. Danificado por três terremotos  entre os anos de 956 e 1323, 
tornou-se uma ruína abandonada.
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| A marca azul sinaliza Alexandria. | 
Carl Sagan lembra que “o mundo 
mediterrâneo daquela época era famoso pela navegação marítima. 
Alexandria era o maior porto do globo.”
O Farol da Alexandria sobreviveu até a idade média
“Até 1480, era a terceira maravilha antiga sobrevivente (depois do Mausoléu de Helicarnasso e da Grande Pirâmide de Gizé,
 única que se mantém em pé até os dias de hoje), quando então a última 
de suas pedras remanescentes foi usada para construir a Cidadela de 
Qaitbay  no mesmo local.
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| Alexandria hoje. Imagem: http://www.pageshalal.fr. | 
Em 1994,  arqueólogos 
franceses descobriram parte dos restos do farol no Porto Oriental de 
Alexandria. Em 2015, o Ministério de Estado das Antiguidades do 
Egito planejou transformar as ruínas submersas da antiga Alexandria, 
incluindo as de Faros, em um museu subaquático. Em maio do mesmo ano, o 
Comitê Permanente do Egito para Antiguidades anunciou planos de 
reconstruir o monumento.
Alexandre, O Grande, fundou Alexandria
Ainda segundo o wikipedia, “Faros  era 
uma pequena ilha localizada na margem ocidental do Delta do Nilo. Em 332
 a.C., Alexandre fundou a cidade de Alexandria em um istmo oposto a 
Faros.”
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| Alexandria | 
Alexandria e Faros foram conectadas depois por um molhe que media mais de 1200 metros e era chamado de Heptastadion.
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| O Farol de Alexandria. | 
O Farol da Alexandria, fundado no séc. III a.C, tinha alcance de 47 Km!
Depois que Alexandre morreu de uma 
febre, aos 32 anos, o primeiro Ptolomeu (um dos generais de Alexandre) 
anunciou-se rei em 305 a.C. e comissionou a sua construção pouco depois.
 O edifício foi terminado durante o reinado de seu filho, o segundo 
Ptolomeu. Levou doze anos para completar. Judith McKenzie escreve que
"…as descrições árabes do farol são notavelmente consistentes, embora tenha sido reparado várias vezes, especialmente após danos causados por terremotos. A altura que dão varia apenas 15%, de 103 a 118 metros, em uma base de cerca de 30 metros quadrados…"
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| Alexandre. Ilustração: www.allposters.com/. | 
Alexandria em seu apogeu
“Era uma cidade cosmopolita, cheia de 
sábios, e com a maior biblioteca do mundo antigo. Um de seus diretores 
foi o astrônomo, historiador, geógrafo, filósofo, poeta, crítico teatral
 e matemático, Eratóstenes. Ele foi o primeiro a medir a circunferência 
da Terra em 40 mil kms.
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| Ilustração: www.alamy.com/. | 
De acordo com Carl Sagan, professor de astronomia e ciências espaciais, 
em Cornel,  “a proposta tem uma margem de erro de apenas uns poucos por 
cento, uma realização notável para a época, 2.200 anos atrás.” Para ele 
“foi em Alexandria que começaram a aventura intelectual que nos trouxe 
às margens do espaço.”
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| Ilustração: anphilipus. | 
A cidade de Alexandria
Diz Sagan, “sua população era de uma 
diversidade maravilhosa. Soldados macedônios, depois romanos, sacerdotes
 egípcios, aristocratas gregos, marinheiros fenícios, mercadores judeus,
 visitantes da Índia e da África Subsaariana- todos, exceto a vasta 
população de escravos – viveram juntos e em harmonia e respeito mútuo 
durante a maior parte do período de grandeza de Alexandria.”
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| Farol e a cidade. Ilustração:www.dailymail.co.uk. | 
Alexandria, e o primeiro sino de mergulho do mundo
“A cidade foi fundada por Alexandre, O 
Grande, e construída por seu ex-guarda-costas. Alexandre estimulava o 
respeito por cultura estrangeiras e uma mente aberta na busca do 
conhecimento.” Segundo a tradição ele desceu no fundo do Mar Vermelho, 
no primeiro sino de mergulho do mundo.”
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| Ilustração de sino de Alexandre | 
Um elefante de presente para Aristóteles
“Alexandre coletou formas de vida 
exóticas, entre as quais um elefante para seu professor, Aristóteles. 
Sua cidade foi construída numa escala pródiga para ser o centro mundial 
do comércio, da cultura e do conhecimento. Foi agraciada com grandes 
avenidas com trinta metros de largura, arquitetura e estatuária 
elegantes, o túmulo monumental de Alexandre e um enorme farol na ilha de
 Faros, uma das sete maravilhas do mundo antigo.”
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| Ilustração: www.allposters.com/. | 
“Mas o grande prodígio de Alexandria era
 sua biblioteca e museu (literalmente, uma instituição dedicada às 
especialidades das nove Musas) a ela associado. Dessa lendária 
biblioteca, a maior parte do que sobrevive é seu anexo, o porão úmido do
 Serapeu…ela foi o primeiro real instituto de pesquisa na história do 
planeta. Os sábios da biblioteca estudavam todo o cosmos.”
A biblioteca de Alexandria
Ainda de acordo com Carl Sagan, ” o 
coração dela era sua coleção de livros. Seus organizadores passavam um 
pente-fino em todas as culturas e línguas do mundo. Enviavam agentes ao 
estrangeiro com a missão de comprar bibliotecas. Navios comerciais 
atracados em Alexandria eram revistados pela polícia- não à procura de 
contrabando, mas de livros.”
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| Ilustração:/www.thinglink.com. | 
“É difícil fazer uma estimativa, mas 
parece provável que a biblioteca contivesse meio milhão de livros, cada 
um deles um manuscrito num rolo de papiro.”
E conclui o professor: “a civilização 
clássica que os criara se desintegrou e a própria biblioteca foi 
destruída de maneira deliberada…”
O Farol de Alexandria desapareceu 20 anos antes da ‘descoberta’ do Brasil
“O farol foi gravemente danificado por 
um terremoto de 956 e novamente em 1303 e 1323. Finalmente o restante da
 estrutura desapareceu em 1480, quando o então Sultão do Egito, 
Qaitbay , construiu uma fortaleza medieval na plataforma do local do 
farol usando algumas das pedras caídas”.
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| Um dos documentos da biblioteca. Foto: | 
Navegadores que provavelmente usaram o Farol de Alexandria
Assírios, e depois os babilônios e fenícios – os grande navegadores da época. Mas também persas, gregos, egípcios e romanos.
O período de apogeu dos fenícios,
 povo descendente dos cananeus, foi entre 1.200 a.C. até 800 a C. . 
Localizados numa estreita faixa de terra, pobre, compreendida entre as 
montanhas do Líbano e o Mediterrâneo Oriental, a sua situação geográfica
 condicionou a sua principal atividade: o comércio marítimo. A madeira 
de cedro, existente em abundância nas florestas do Líbano, permitiu-lhes
 criar uma frota que dominava grande parte do comércio do Mediterrâneo. Egípcios também usaram farol.
O Farol de Alexandria hoje
Em 1968 o farol foi redescoberto. A UNESCO patrocinou uma expedição para
 enviar uma equipe de arqueólogos marinhos, liderada por Honor Frost, 
para o local.
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| Seria Alexandria? Foto:http://www.lefigaro.fr. | 
 Ela confirmou a existência das ruínas que envidenciam o farol. Seria a parte da cidade? Assista ao vídeo e saiba mais:
 Conheça alguns dados do Farol mais incônico do mundo:
Fonte: Mar Sem Fim 


 
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