| Foto: Lara Nasi/Secom | 
De acordo com os números divulgados, aponta-se, portanto, que o Brasil ocupa a 13ª posição no mundo – quando em termos de produção de artigos e revisões de pesquisa. A avaliação realizada tem por base o conteúdo indexado na plataforma Web of Science. No relatório, o país ficou atrás de potências científicas como a Índia (10º) e a Coreia do Sul (12º), por exemplo. No entanto, ficou à frente de outras, como a Rússia (15º) e a África do Sul (21º).
O documento aponta ainda que, observado apenas o período referente a 2018, foram publicados mais de 50 mil artigos com autoria de pesquisadores brasileiros. Este indicador apresenta um crescimento de 30% quando comparado aos anos anteriores, além de ser o dobro da média global.
O relatório apresenta um índice de impacto de citação nas áreas de Ciências da Vida, Física e Engenharias, o que coloca cada vez mais a pesquisa nacional em posição de excelência no cenário global. Em consonância a essa informação, o documento também discorre a respeito da colaboração internacional, uma vez que, durante o período observado, a comunidade científica brasileira colaborou com pesquisadores de inúmeros países. Quando posto em análise, tem-se a estimativa de que cerca de um terço dos cientistas brasileiros são coautores de trabalhos internacionais.
A pesquisa na FURG
Como comumente falado nos mais diversos 
canais da universidade, a pesquisa – juntamente ao ensino e à extensão –
 é um dos pilares de sustentação do ensino superior. É por meio das 
pesquisas realizadas na instituição que se contribui, direta e 
indiretamente, para o avanço tecnológico e social. A FURG, por sua vez, 
representa um polo importante para a região sul do estado, e ocupa 
posição de referência internacional quando o assunto está relacionado 
aos ecossistemas oceânicose costeiros – sua vocação.
Para ilustrar essa importância, de 2013 a
 2019 foram criados 18 novos programas de pós-graduação distribuídos 
entre especializações, mestrados e doutorados, promovendo maior 
diversidade de conhecimento e, consequentemente, maior e mais frequente 
produção científica ligada à universidade, seus grupos e projetos de 
pesquisa.
Grupos de Pesquisa
Um grupo de pesquisa é definido, segundo
 o CNPq, como um conjunto de indivíduos organizados hierarquicamente por
 experiência, no qual existe envolvimento profissional e permanente com 
atividades de pesquisa, reunidos em torno de uma temática comum e que, 
para desenvolver suas pesquisas, compartilham de equipamento, local e 
conhecimento.
Atualmente, a FURG conta com 122 grupos 
de pesquisa devidamente registrados junto ao CNPq, abrangendo todas as 
unidades acadêmicas, de forma que, interdisciplinar e horizontalmente, 
promova-se o incentivo à pesquisa e à produção científica.
Projetos de Pesquisa
Os projetos de pesquisa da FURG, 
conforme definido por regimento interno, são conduzidos pelos seus 
servidores e aprovados pelas suas unidades de lotação. Segundo dados da 
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp), foram registrados, 
até 2017, 3.640 projetos de pesquisa. O número é expressivo, e apresenta
 os anseios de produção acadêmica e desenvolvimento científico por parte
 da comunidade docente e discente da universidade. Em 2019, estão em 
atividade 940 projetos de pesquisa.
Repositório institucional
Outra ação que pode medir a produção 
científica na universidade é o sistema de Repositório Institucional da 
FURG. Este espaço – digital e acessível - visa gerir e disseminar a 
produção intelectual produzida na instituição. O ambiente virtual – que 
você pode acessar clicando aqui–compreende
 toda e qualquer produção técnico-científico-cultural realizada no meio 
acadêmico. O conteúdo, portanto, se encontra disponível para consulta, o
 que, além de quantificar o que se produz na universidade, também serve 
para ampliar publicamente a produção intelectual, promovendo a 
visibilidade institucional.
Atualmente estão disponíveis no 
repositório 7.156 trabalhos produzidos pelas unidades acadêmicas da 
universidade, e, também, 46 trabalhos produzidos por duas Pró-reitorias.
 No site, os trabalhos estão divididos por abas, sendo a principal 
responsável pelas produções de artigos publicados em periódicos, livros,
 capítulos de livros, e, ainda, trabalhos apresentados em eventos. As 
outras abas são referentes aos trabalhos de conclusão de curso de 
graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Em 2019, considerando o período compreendido de janeiro a fevereiro, a 
Propesp registrou um total de 2.678 alunos matriculados nos programas de
 pós-graduação da FURG, os quais envolvem Residência Médica, 
Especialização, Mestrado e Doutorado. No gráfico abaixo, pode-se 
observar o crescimento do número de matriculados nos cursos de mestrado e
 doutorado na universidade de 2013 a 2019.
O cenário atual
Recentemente, foi anunciado também pela 
Capes o corte de diversas bolsas de mestrado e doutorado nas 
universidades brasileiras. De acordo com ofício circular enviado aos 
pró-reitores de Pós-Graduação das instituições de Ensino Superior do 
Brasil, o órgão justificou a medida como parte das restrições 
orçamentárias impostas pelo governo.
Na FURG, de acordo com Propesp, 12 
bolsas não estão mais disponíveis, sendo onze de mestrado e uma de 
doutorado. Embora diversos programas tenham sido afetados, o maior 
impacto deste bloqueio está nos programas de pós-graduação com notas 
três e quatro, como os programas de pós-graduação em Geografia, 
Modelagem Computacional, Enfermagem e Biologia de Ambientes Aquáticos 
Continentais.
Em posicionamento institucional, a FURG,
 por meio da Propesp, afirma que o confisco das bolsas traz prejuízos 
aos alunos e danos imensuráveis à produção científica brasileira, uma 
vez que a pós-graduação representa a extensa maioria da produção 
científica do país, sendo a bolsa uma garantia da realização deprojetos 
com qualidade e excelência, visto que, para tal, os estudantes precisam 
se dedicar-se de forma integral às pesquisas e, ainda, precisam arcar 
com alimentação, aluguel e outras despesas básicas. Em sua fala na 
oportunidade, o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Eduardo Secchi, 
afirmou que a situação é especialmente dramática para quem possui baixa 
renda e vem de outras regiões do país.
Fonte: Site da FURG 



 
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