quarta-feira, 30 de maio de 2018

Acidificação dos Oceanos, culpa da nossa geração

Acidificação dos Oceanos – a culpa maior é da nossa geração.

A maioria das pessoas acha que os problemas do meio ambiente não são causados por sua ação cotidiana, e que  serão resolvidos pelos governos, ONGs, ou por um ‘messias’ que surgirá  do nada. Não é verdade. A culpa é nossa, não duvide, aprenda com este vídeo-aula. O aquecimento global, e conseqüente acidificação dos oceanos, é causado pelo excesso de consumo dos 7.4 bilhões de habitantes da Terra, incluindo eu e você; metade dos quais moram na zona costeira, a grande maioria emitindo gás carbônico causador do efeito estufa ao usar seus automóveis movidos a energia fóssil: gasolina  ou diesel (além de gás e carvão usados em fábricas, usinas, aquecimento de residências, entre outros).
Se você entende inglês esqueça este texto e vá direto pro vídeo. Para aqueles que não dominam a ‘língua de Shakespeare’ aqui vai uma tradução (capenga…não sou profissional da área) das partes mais importantes desta que é, ao mesmo tempo, a mais perfeita aula que já tive sobre o assunto.
O mar e o alimento para parte da população mundial.
 Para começar repare na quantidade de PhDs (listagem ao final)  atestando o a gravidade do aquecimento global para os Oceanos. Poucas vezes vi tantos  craques alertando sobre o assunto ao mesmo tempo.
Criaturas ainda pouco conhecidas.

Acidificação dos Oceanos: diariamente são 22 milhões de toneladas!

Atenção à cifra mastodôntica: diariamente 22 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o  CO2, se misturam com a água dos Oceanos. VINTE E DOIS MILHÕES DE TONELADAS POR DIA!
Este assombro provocado pela queima de combustíveis fósseis é recebido pelas águas do mar tornando-as mais ácidas. Saiba que a água dos Oceanos são alcalinas mas,  devido à nossa ação, estão cada vez mais ácidas.
Emissão de Dióxido de Carbono.

A quantidade de dióxido de carbono que emitimos, dizem os cientistas, comparando com o início da revolução industrial (séculos XVIII e XIX), deve dobrar até o fim deste século. Ou seja, em 2999 serão 44 milhões de toneladas ao dia, se não mudarmos nossos hábitos.
Lisa Suatoni diz que “desde a Revolução Industrial a acidificação dos Oceanos aumentou em 30%”.
Automóvel e mais dióxido de carbono.

Acidificação dos Oceanos pode dizimar a vida marinha em escala que não ocorria há milhões de anos

O vídeo reforça os benefícios que os Oceanos nos proporcionam: “eles regulam o clima na Terra, produzem o oxigênio que respiramos, nos dão   a proteína de que necessitamos para viver (alimentos), geram empregos e renda“. E prossegue: “mas a capacidade dos Oceanos de criar vida está ameaçada por nossa própria ação.” “A crescente acidificação dos Oceanos pode dizimar a vida marinha numa escala que não ocorria há milhões de anos.”
Plancton Terrapod
 A atriz  Sigourney  Weaver afirma: nós nos confrontamos com escolhas urgentes. Ou mudamos nossa dependência de combustíveis fósseis (causadores do efeito estufa, aquecimento global, e consequente acidificação dos Oceanos), ou os Oceanos se tornarão um mar vazio. Um mar de ventos.”
Os mares austrais estão ameaçados

Haverá tempo para a vida marinha se adaptar à acidificação dos oceanos?

Os cientistas explicam que “milhares de criaturas marinhas constroem conchas, ou espécies de armaduras que servem como proteção natural, entre elas certos tipos de algas, os corais, ostras, ouriços-do-mar, camarões, lagostas, caranguejos, e um sem-número de outras espécies. Algumas são tão numerosas que podem ser vistas do espaço (terrapods). Mas a acidificação dissolve, ou dificulta a criação desta casca protetora. Mais CO2 significa que estes organismos marinhos consumirão mais energia para criar sua proteção natural. O esforço extra pode resultar em menos energia para conseguirem seu alimento, ou para o ciclo da reprodução.” E finaliza: “a velocidade da acidificação pode fazer com que muitos destes seres não tenham tempo para se adaptarem.”
A Terra e o dióxido de carbono.

Outro cientista que diz que “no norte da Califórnia o nível de acidez do mar já é tão alto que está dissolvendo a casca de muitos animais marinhos.”

Desde a extinção dos dinossauros não acontecia hecatombe semelhante no planeta

Até alguns tipos de algas, base da cadeia alimentar, usam esta proteção de cálcio. Mas elas estão perdendo a espessura de sua proteção natural. O vídeo mostra imagens microscópicas que evidenciam esta diminuição. Em seguida o alerta: desde a extinção dos dinossauros não acontecia hecatombe semelhante no planeta.”
“Na altura da metade deste século (XXI), se nós continuarmos a emitir dióxido de carbono como estamos fazendo, enormes áreas dos Oceanos austrais (Ártico e Antártica) serão tão corrosivos que causarão a dissolução das ‘cascas’ protetoras de milhares de animais marinhos. Criaturas que usam esta ‘casca’ como certos tipos de plâncton (terrapods), e recifes de corais, têm papel fundamental na cadeia de vida marinha. Este tipo de plâncton (terrapods) vive em  toda parte dos Oceanos mas é extremamente abundante nas águas polares.”
Corrosão do Terrapod

Os depoentes chamam a atenção para o fato de que em muitos lugares da Terra os peixes são a única fonte de renda e alimentação. “Como ficarão as pessoas que dependem deles para sobreviverem?”
A conclusão desta parte do vídeo é que os Oceanos podem suportar temperaturas mais altas, ou até o aumento da acidificação. Mas sucumbirão ao enfrentarem os dois fenômenos ao mesmo tempo.
Recifes de corais mortos por corrosão.

Os recifes de coral e a acidificação dos oceanos

Entre os vários ecossistemas marinhos o mais importante são os recifes de coral. Uma, entre quatro criaturas marinhas, dependem dos corais para sobreviver. O problema é que eles estão morrendo. Sim, corais são animais, e estão desaparecendo devido a acidificação. Corais também usam o cálcio para construírem suas colônias.

O Homo Sapiens surgiu há ‘apenas’ 250 mil anos

A apresentadora, Sigourney Weaver, faz um retrospecto que não deixa dúvidas sobre nossa ação. Diz ela: “a Terra se formou há 4 e meio bilhões de anos. Para entender nossa ação no dia a dia é preciso enxergá-las num contexto maior.” E prossegue: “ há 3 e meio bilhões de anos começou a vida no planeta (a vida na Terra começou nos Oceanos). Duzentos e cinquenta milhões de anos atrás os dinossauros foram extintos. O Homo Sapiens surgiu há apenas 250 mil anos. Considerando que a Terra se formou há mais de 4 bilhões de anos, e o homem surgiu apenas há 250 mil anos, podemos dizer que a civilização como a conhecemos é muito recente. ‘Nova em folha’.
Nossa sociedade industrial foi um átimo de tempo nesta longa história do planeta. Mesmo assim conseguimos alterar o curso da natureza esquentando a superfície da Terra, provocando a acidificação dos Oceanos, e consumindo mais que a biosfera é capaz de produzir.”

Os oceanos são resilientes…é preciso dar uma chance

Se destruirmos os ecossistemas vai demorar milhões de anos para eles se recuperarem. Nós somos os responsáveis por este problema, portanto temos que ter a capacidade de resolvê-lo. E conclui: “os Oceanos são resilientes. Se nós dermos um pequeno tempo, e uma única chance, eles serão capazes de se recuperar. Como podemos dar esta chance aos Oceanos?. Resposta: “criando áreas marinhas protegidas através de parques nacionais” (no caso brasileiro Unidades de Conservação marinhas).

 A questão é: queremos?

O cientista conclui: “os Oceanos poderiam se defender sozinhos se seus ecossistemas estiverem saudáveis e se reduzirmos a poluição no litoral. A questão é: queremos?”
“A única solução é ir além da energia fóssil, assegurando assim um futuro promissor para todos.”
Assista ao vídeo e compartilhe estas informações.

Fonte: Mar Sem Fim

 


 

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