Na tarde desta quarta (15), 
ocorreu uma reunião no gabinete da reitora, da Universidade Federal do 
Rio Grande (Furg), a fim de debater ações práticas para melhorar a 
segurança dentro e no entorno do Campus Carreiro. Representantes das 
Polícias Federal, Civil e Militar e o Gabinete de Gestão Integrada 
Municipal (GGIM) participaram da reunião com servidores da Universidade e
 a reitora da Furg, Cleuza Dias.
Segundo a reitora, a reunião foi planejada por ela e pelo superintendente do GGIM, Daniel Nascimento,
 e teve o intuito de pensar ações para a Furg e, também, para as áreas 
de acesso à Universidade – como a rua Padre Nilo Golo, onde, no último 
dia 8, um estudante da Furg foi esfaqueado durante uma tentativa de 
assalto.
– Nós estamos aplicando o 
monitoramento eletrônico, fizemos a aquisição de veículos para os 
vigilantes, começamos a colocar os muros, tudo para qualificar a 
segurança dentro do Campus. Muros esses que não são para segregar ou 
isolar a Universidade da comunidade e, sim, para criar acessos 
qualificados aos estudantes e à comunidade. Queremos melhorar a 
segurança dentro da Furg e, também, nas áreas no entorno do Campus. A 
Furg não é uma ilha, as ações que queremos visam atender toda essa 
região, toda essa comunidade, onde a Universidade está inserida – disse Cleuza.
Para o superintendente do GGIM, Daniel Nascimento,
 a reunião foi uma forma de pensar ações, para garantir a segurança na 
chegada e na saída da universidade, no seu entorno e no interior da 
Furg. “Queremos alternativas cabíveis, para coibir esses crimes 
que têm acontecido de formas isoladas, porém, que têm aumentado o grau 
de violência”, relatou Nascimento.
Policiamento ostensivo
Durante a reunião, foram debatidas ações
 que poderão ser realizadas dentro do Câmpus, e foi ressaltado o fato de
 que a Brigada Militar pode, sim, patrulhar no interior da Universidade –
 muitas pessoas têm dúvidas da legalidade do patrulhamento, por se 
tratar de uma área federal – e segundo o delegado, chefe da delegacia de Polícia Federal do Rio Grande, Gabriel Leite, esse tipo de proibição nunca existiu:
– Não existe empecilho para a BM
 não fazer esse controle, a Constituição Federal determina que quem deve
 fazer polícia ostensiva são as polícias militares dos estados. A 
Polícia Federal é a polícia judiciária da União, ela age após os fatos e
 não tem a função de patrulhar. Ficará a cargo da PF um crime contra o 
patrimônio da Furg ou se um aluno agredir um professor da Universidade, 
por exemplo – explicou Leite.
Inclusive, segundo o subcomandante do 6ºBPM, Major Moura,
 a BM é a única que tem competência para realizar o policiamento 
ostensivo e, agora, Polícia Comunitária e Pelotão de Operações Especiais
 irão intensificar – pois, segundo ele, já acontece – o patrulhamento 
ostensivo dentro do Câmpus e nos entornos da Universidade, como nos 
bairros Vila Maria, Cibrazém e Castelo Branco II.

 
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