Políticas públicas propostas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o protagonismo do gerenciamento costeiro, o lixo no mar e os limites dos oceanos, e o papel da ciência para desenvolver estratégias de preservação de ecossistemas foram os principais assuntos abordados na abertura do 10º Encontro Nacional de Gerenciamento Costeiro (Encogerco) na noite da última quarta-feira, 21,
 no Cidec-Sul. A solenidade contou com a presença de Milton Asmus, 
presidente do evento, de Osmar Möller, diretor do Instituto de 
Oceanografia (IO), da capitã-de-fragata Ana Lucia Costalunga, da 
Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar 
(Secirm), de Eduardo Morrone, secretário de município do Meio Ambiente, 
de Jair Tannus, secretário de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do
 Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da reitora Cleuza Dias, além do 
pronunciamento em vídeo de José Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente.
O professor Régis de Lima, egresso do 
curso de Oceanologia da FURG, ministrou palestra em que compartilhou os 
resultados dos últimos nove meses do trabalho realizado na gerência do 
Gerenciamento Costeiro do MMA. Régis falou sobre atribuições e ações do 
ministério, os compromissos do Brasil com as diretrizes que estão sendo 
discutidas internacionalmente e a necessidade de repensar e fortalecer o
 gerenciamento costeiro para que assuma protagonismo na junção do Plano 
Nacional de Gerenciamento Costeiro com o Plano Nacional de Adaptação à 
Mudança do Clima.
Para Régis, encarar a zona costeira como 
território exige planejamento, educação e a contribuição da ciência, uma
 compreensão que precisa, em nível federal, ser introduzida em vários 
ministérios além do MMA, de forma que seja possível “fazer essa 
discussão com a neutralidade necessária para que os setores todos possam
 sentar numa mesa e discutir um rumo, não só pensando em seu plano 
setorial”, explica.
O planejamento das ações dos ministérios 
com enfoque em desenvolvimento sustentável é uma perspectiva em 
consonância com o que Régis vivenciou na Conferência de Paris, que tinha
 por objetivo alertar os países para a urgência de uma agenda global que
 trate dos oceanos. “A impressão que eu saí de lá foi de que pelo menos 
os compromissos prioritários que os países levaram e apresentaram ficam 
como o link que a gente precisava para trazer para dentro do país e 
fazer essa sensibilização de todos os setores: universidades, gestores, 
setor privado”, conta. O desafio, segundo Régis, é somar inteligências 
para criar novos mecanismos de proteção natural dessas áreas urbanas da 
zona costeira.
O 10º Encogerco é promovido pelo MMA e 
FURG, por meio do Programa de Pós-Graduação em Gerenciamento Costeiro do
 Instituto de Oceanografia. O evento, que reúne pesquisadores, 
profissionais, gestores, estudantes, instituições públicas e empresas em
 debates sobre a costa e Gerenciamento Costeiro integrado no Brasil, vai
 até 24 de junho.
FONTE: FURG 
 
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