quarta-feira, 27 de abril de 2016

Tubarão que brilha no escuro pode usar luz para se comunicar, diz estudo

Luz emitida por tubarões da família Scyliorhinidae é invisível para humanos.
Cientistas montaram câmera que simula visão dos animais debaixo d'agua. 

Tubarão fluorescente da espécie Scyliorhinus rotifer (Foto: J. Sparks, D. Gruber, and V. Pieribone)
Uma pesquisa, liderada pelos cientistas do Museu Americano de História Natural, mostra que tubarões da família Scyliorhinidae emitem e são capazes de enxergar luz fluorescente emitida por seus corpos. É possível que eles usem essa capacidade para se comunicar com membros da mesma espécie em águas profundas. A experiência, publicada na revista "Scientific Reports", usou câmeras especiais que imitam os olhos do tubarão para registrar o fenômeno, que não pode ser visto pelos olhos humanos
O estudo focou na habilidade visual desses animais, mostrando que os seus olhos eram capazes de absorver a luz emitida pelos corpos dos outros. Usando uma técnica chamada microespectrofotometria, os pesquisadores conseguiram identificar uma variedade de pigmentos que permite que enxerguem em ambiente de pouca luz.
“Os olhos dos tubarões podem ser cem vezes mais eficientes que os nossos em condições de pouca luz. Eles nadam em áreas que são incrivelmente difíceis para o ser humano conseguir ver algo. Mas é onde eles têm vivido por mais de 400 milhões de anos, então eles se adaptaram a essa condição de luz”, contou David Gruber, autor do estudo e pesquisador do Museu Americano de História Natural.
Com essas informações, foi possível construir uma câmera especial que simula como os tubarões enxergam embaixo d’água. As imagens captadas mostraram contrastes nos padrões de fluorescência. A luz emitida era mais forte quanto maior a profundidade dos animais, sugerindo que eles não só podem enxergar a luz como conseguem usá-la para se comunicar com outros.
Tubarão da espécie Cephaloscyllium ventriosum em seu ambiente natural sob luz branca (acima), luz natural (meio) e luz azul de alta intensidade (abaixo) (Foto: Gruber et al.)

Fonte: G1 Natureza, acesso em 
 
 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário