Mexico protege seus corais. Esta é 
apenas mais uma prova da importância dos corais, e das ameaças que eles 
sofrem com o turismo desordenado, aquecimento dos Oceanos, a 
acidificação, que matou um terço dos corais da Grande Barreira; tempestades e furacões.
Para amenizar novos acidentes o México mostra pioneirismo ao segurar seus corais. Quem trouxe a notícia foi o the guardian.com.
Entenda como funciona o seguro
“Um trecho de recifes de corais ao largo
 da Cidade do México é o campo de testes para uma nova idéia que poderia
 proteger os ambientes sensíveis ao redor do mundo: o seguro”.
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| Foto: The Guardian | 
“Os recifes, ao largo da costa de 
Cancun, serão os primeiros a serem protegidos sob um regime de seguro 
pelos quais o prêmio será pago pelos hotéis locais e o governo. Dinheiro
 será liberado para pagar danos aos recifes caso sejam atingidos por 
furacões ou tempestades”.
A proteção à costa oferecida pelos recifes
Os benefícios dos recifes de coral não se restringem à vida marinha.
 Eles formam uma barreira protetora à costa em caso de tempestades com 
ondas grandes. Nestes casos, as ondas perdem impacto ao atingirem as 
barreiras de corais. Mas, se protegem a costa, perdem simultaneamente 
parte de sua estrutura nos casos de tempestades severas.
The Guardian explica que ” segundo a 
apólice de seguro de Cancun, feita pela companhia Swiss Re e a ONG The 
Nature Conservancy, as organizações de turismo locais serão as empresas 
que pagarão o prêmio. A área protegida pelo seguro tem 40 milhas de 
extensão, a um custo que vai de US$ 1 milhões de dólares, até US$ 7.5 
 milhões”.
“Se quaisquer tempestades destrutivas 
danificarem o sistema de recifes, a seguradora irá pagar um prêmio que 
pode oscilar entre   US $ 25 milhões, a US$ 70 milhões num dado ano”.
Como ‘curar’ os recifes em caso de tempestades
Sempre é bom lembrar que recifes de 
corais são animais. Por isso o termo ‘cura-los’ em caso de danos. The 
Guardian: “Quaisquer pagamentos serão usados para a restauração do 
recife, por exemplo através da construção de estruturas artificiais que 
podem aumentar a altura do recife em caso de danos causados por 
tempestades”.
E como fazer isso? The Guardian explica:
 “pedaços de corais danificados  podem ser removidos.  Eles descansam 
numa espécie de ‘UTI’ por um período de semanas ou meses, o que 
contribui para que os danos  regridam  até o ponto em que possam ser 
 recolocados no seu habitat natural”.
E quais as vantagens?
“As vantagens de tal restauração vão 
muito além de contribuir com a economia gerada pelo turismo. Os recifes 
proporcionam um bom freio natural  contra tempestades destrutivas. Eles 
são viveiros para peixes quando estão crescendo, e formam uma parte 
vital do ecossistema marinho. Sua saúde ou declínio  é vista como uma 
dos principais indicadoras do estado do meio ambiente global”.
O pioneirismo de Cancun pode ser um exemplo para o mundo
“O esquema de Cancun,  a ser executado 
pela Swiss Re e a Nature Conservancy, com o apoio do governo mexicano, é
 pensado para ser um dos primeiros no mundo a amarrar os benefícios 
ambientais e os “serviços ecossistémicos” fornecidos pelo  conjunto de 
características físicas, químicas e biológicas que influenciam a 
existência de uma espécie animal ou vegetal, firmando custos monetários e
 recompensas. Se der certo pode se tornar um modelo para projetos 
semelhantes no futuro, ligando a proteção e preservação do meio ambiente
 a pagamentos em caso de desastres”.
Parcerias Público Privadas
“As parcerias público-privadas são a 
chave”, disse Mark Tercek, executivo-chefe da Nature Conservancy, em uma
 entrevista com ao Guardian. “Tercek disse que o esquema Cancun vai 
dar um exemplo de parceria entre as empresas privadas, governos e 
empresas de seguros. E seria possível repicar o modelo mundo afora”.
Como se vê, não são apenas os ambientalistas brasileiros que pedem urgência às Parcerias Público Privadas para
 áreas protegidas. Enquanto no Brasil a ideia causa repulsa aos 
atrasados mentais (veja as mensagens recebidas pelo Mar Sem Fim ao post 
acima grifado), o Mexico sai na frente e põe em prática a ideia.
Manguezais, os próximos a receberem seguros
The Guardian diz que “a meta futura pelos produtos de seguro  poderiam ser manguezais,
 que também  protegem a costa contra  danos causados por tempestades, e 
estão sob ameaça idêntica aos corais. São destruídos para abrir caminho 
 ao crescimento de cidades costeiras, ou para agricultura. Para não 
citar as ameaças em razão das mudanças climáticas”.
FONTE: Mar Sem Fim 
 
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