O estudo será realizado durante 5 anos em 156 km de praia, de Aracruz a Conceição da Barra. Possíveis danos provocados pela lama da Samarco serão avaliados.
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| Filhotes de tartaruga da foz do Rio Doce, no Espírito Santo, em 2015 (Foto: Divulgação/ Arquivo Projeto Tamar) | 
As tartatugas marinhas que costumam visitar o litoral Norte do Espírito
 Santo serão monitoradas durante cinco anos, pelo projeto Tamar e pela 
Fundação Renova. O estudo será realizado em 156 km de praia, de Aracruz a
 Conceição da Barra. Possíveis danos aos animais provocados pela lama da
 barragem da Samarco serão avaliados. 
A ideia é avaliar aspectos como reprodução, alimentação e desova, por 
exemplo, para identificar se houve mudanças na dinâmica das tartarugas 
do litoral capixaba. 
Por serem espécies ameaçadas de extinção, podem ser mais sensíveis a 
mudanças no ambiente. Por isso, o resultado desse monitoramento é um 
indicador fundamental para avaliar as ações de reparação ambiental 
executadas pela Renova, após o rompimento da barragem da Samarco em 
Mariana, que levou lama com sedimentos de minério do Rio Doce até o mar. 
Como será o estudo
Os trabalhos começam nos próximos dias e os primeiros resultados serão 
compartilhados com os órgãos ambientais seis meses após o início do 
estudo. 
O levantamento será realizado durante todo o ano e reforçado no período
 de desova das tartarugas, de setembro a março, quando o monitoramento 
ocorrerá durante o dia e também no período da noite.
Entre os locais monitorados estão áreas como Reserva Biológica de 
Comboios, a Terra Indígena de Comboios, Povoação, Monsarás, Cacimbas, 
Ipiranga, Ipiranguinha, Pontal do Ipiranga, Barra Seca/Urussuquara, 
Campo Grande, Barra Nova e Guriri. 
A execução das atividades irá mobilizar mão de obra local – pescadores e
 moradores tradicionais da costa – para detecção e monitoramento das 
fêmeas, ninhos e filhotes, levando em conta também o conhecimento 
tradicional da população. 
Todo o trabalho será supervisionado por técnicos e estagiários para 
possibilitar os estudos de distribuição espacial e temporal dos ninhos, 
proteção, identificação das espécies e avaliação do sucesso reprodutivo.
 
As equipes serão alocadas nas bases do Tamar ao longo da área a ser 
estudada e serão geridas pelos técnicos do Centro Tamar/Instituto Chico 
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 
FONTE: G1 / NATUREZA 
 
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